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Adiós, hermanos!
Depois de se curvar à Argentina nos últimos 12 anos, Seleção Brasileira faz partida histórica, vence por 20 pontos de vantagem e se garante nas quartas do Mundial
Estado de Minas: 08/09/2014
Contraste assim que o relógio zerou em Madri. A festa brasileira e a decepção dos jogadores argentinos, eliminados da competição |
Depois de sucessivas derrotas nas principais competições internacionais, a Seleção Brasileira Masculina de Basquete, enfim, exorcizou o trauma e venceu a Argentina, ontem, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, na Espanha. E o tão esperado triunfo veio em alto estilo: 85 a 65, com atuação consistente no segundo tempo e desempenho brilhante do mineiro Raulzinho, caçula do grupo, que saiu do banco para terminar o confronto como cestinha, com 21 pontos. O Brasil, de volta às quartas de final de um Mundial, enfrenta a Sérvia, quarta-feira, às 13h. Na primeira fase, os brasileiros venceram por 81 a 73.
Foi a vitória do alívio. Há mais de uma década que a geração argentina – formada justamente sob a batuta do atual treinador do Brasil, o argentino Rubén Magnano –, levava a melhor sobre os brasileiros. Foi assim nos Mundiais de Indianápolis’2002 e Turquia’2010; nos pré-olímpicos de 2007 e 2011 e na Olimpíada de Londres’2012. Ontem, Magnano foi o responsável por enterrar a geração que ele mesmo criou, já que atletas como Luis Scola, Andrés Nocioni e Pablo Prigioni, todos veteranos, não devem ter vida longa na alviceleste.
Não foi um triunfo tranquilo. No primeiro tempo, os argentinos dominaram, com bons arremessos de três pontos. O time do técnico Julio Lamas venceu o primeiro quarto por 21 a 13 e foi para o intervalo vencendo por 36 a 33. No segundo tempo, brilhou a estrela de Raulzinho, que substituiu Marcelinho Huertas, que tem feito um campeonato apenas regular. O mineiro ficou 24 minutos em quadra e estava com a pontaria afiada: acertou nove de 10 arremessos, sendo um de três pontos, além de dois lances livres.
ACERTO Além de Raulzinho, o Brasil se destacou pelo excelente jogo dos pivôs que, além dos pontos e rebotes, anularam o antigo algoz brasileiro, Luis Scola, que fez apenas nove pontos, acertando apenas dois arremessos no jogo. Tiago Splitter fez 10 pontos e pegou nove rebotes e Nenê e Varejão, além do importante trabalho no garrafão, ainda distribuíram quatro assistências cada.
“Fizemos uma aposta de jogar nossos jogadores mais altos contra os mais baixos do adversário. E felizmente isso deu resultado. Todos sabem da importância desse resultado”, afirmou o técnico Rubén Magnano, que destacou a força do grupo e a importância de se concentrar para enfrentar a Sérvia. “Nós temos 12 jogadores que estão preparados para entrar e jogar. E o Raulzinho é um deles. A Sérvia é uma grande seleção e não podemos imaginar que ganharemos novamente. Precisamos jogar muito”, analisou.
Brasil: Marcelinho Huertas (0 pontos), Leandrinho (10), Marquinhos (13), Varejão (8) e Splitter (10). Entraram: Raulzinho (21), Larry Taylor (4), Alex (5), Giovannoni (7) e Nenê (7). Técnico: Rubén Magnano
Argentina: Campazo (11), Prigioni (18), Gutiérrez (6), Nocioni (4) e Scola (7). Entraram: Mata (0), Laprovittola (0), Delia (2), Herrmann (5) e Safar (10). Técnico: Julio Lamas.
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