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Façam suas apostas
Estado de Minas: 08/09/2014
Nova Iorque – Nos despedimos de Miami ontem, quando os jogadores brasileiros fizeram um treinamento visando a partida de amanhã, contra o Equador, em Nova Jérsei, a segunda sob o comando de Dunga (foto). O papo entre nós, da imprensa, é até quando Dunga continuará como “Dunguinha Paz e Amor”? A alguns jornalistas, ele sequer dá bom-dia, mas com outros ainda consegue manter um relacionamento amistoso. Sou da filosofia de que ninguém muda. É possível uma trégua, por conveniência de ambas as partes, mas a personalidade e o jeito de ser serão revelados no momento oportuno, e no futebol sabemos que esse momento atende por derrotas. É nelas que conseguimos detectar o equilíbrio das pessoas. E como por aqui poucos acreditam no sucesso da nova era Dunga, dificilmente esse momento deixará de chegar.
Acho que o ponto crucial serão as Eliminatórias. Estamos atrás de Chile, Argentina e Colômbia em preparação, e lado a lado com o Uruguai. Teremos, talvez, as Eliminatórias mais difíceis da história. Mas Dunga tem sorte. Ninguém esperava um jogo tão bom, de nossa parte, contra os colombianos. Bom pelas circunstâncias, pois estamos resgatando um trabalho, depois de irmos ao fundo do poço com aqueles 10 a 1. Sim, não foram apenas os 7 a 1, impiedosamente aplicados pelos alemães, que nos mataram. Aqueles 3 a 0 da Holanda, sem que tivéssemos qualquer iniciativa, foram o golpe que faltava. E muitos daqueles jogadores estão aqui, tentando provar que aquilo foi um aborto da natureza e que não mais acontecerá. Tenho minhas dúvidas. Sempre gosto de avaliar os jogadores pelo que fazem nos clubes e na Seleção. Diego Tardelli, por exemplo, entrou como se fosse um veterano com a amarelinha. Jogou como se estivesse no Galo, e agradou a todos. Éverton Ribeiro, em pouquíssimo tempo, deu o que falar, e pode assumir uma vaga. Oscar não vai passar disso que temos visto, e não entendo a insistência com ele. Para mim, é aquela água de salsicha, que não serve para nada. Num momento em que Ganso está jogando um bolão, Philippe Coutinho e Éverton Ribeiro estão aqui, não vejo motivos para a vinda de Oscar. O tempo deverá mostrar isso a Dunga.
Outro que não engulo é o bebê chorão David Luiz. Sei que ele tem um marketing incrível, principalmente com os jovens, mas a bola é pequena. Aquele negócio de chorar e dizer que “só queria agradar e levar alegria ao meu povo” foi de lascar. Acho que esse zagueiro limitado ainda não percebeu a bobagem que falou. Ou será que ele se intitula um líder mundial, como o saudoso Nelson Mandela?
Delírios à parte, não foi à toa que José Mourinho o mandou embora do Chelsea, na primeira proposta. Hoje, infelizmente, tem gente que joga muito mais com o marketing do que com o próprio futebol. David Luiz é um exemplo disso. Miranda seria meu titular fácil. E também não sei se daria chance ao outro chorão Tiago Silva. Muitos o consideram o melhor zagueiro do mundo. Discordo veementemente. Sou mais Dedé, 10 vezes mais.
Preferências à parte, acredito numa outra vitória amanhã, o que dará a Dunga a tranquilidade necessária para a continuidade do trabalho. Como ele mesmo disse, tempo é o que não existe na Seleção. É preciso matar um leão por jogo para se manter no cargo, e, neste primeiro momento, todos estão sob rigoroso teste. Como teremos duas Copas América, em 2016, a oficial, no Chile, e a de 2017, pelos 100 anos da Conmebol, Dunga não terá vida fácil, e talvez tenha que matar um leão por treino, e não apenas por jogo. Raramente um técnico que começa o trabalho chega ao Mundial, mas o próprio Dunga contrariou esta regra, ao começar em 2006 e disputar a Copa da África, em 2010. Ele voltou para resgatar seu nome e prestígio. Fez isso como jogador em 1994, depois do fracasso em 1990. Quem sabe o fará agora, como treinador?
Fenômeno
Enquanto na Terra do Tio Sam o futebol está cada vez mais em alta, no Brasil ele vai morrendo aos poucos. Para que vocês tenham uma ideia, a média de público em Seattle, cidade próxima ao Canadá, é de 65 mil pagantes hoje e nos três próximos anos, com os ingressos já vendidos antecipadamente. Isso chama-se organização e qualidade. No país da Copa, o Brasil, os estádios, novinhos em folha, feitos para os ricos, não recebem mais que média de 12 mil pagantes no Brasileiro, nosso principal campeonato. Tem ou não algo errado? Talvez por isso Sérgio Manoel, aquele veterano que atuou, entre outros clubes, pelo Cruzeiro, esteja morando aqui, justamente com o futebol que, ele acredita, estará em alto nível no máximo em 10 anos.
Júnior
Um dos maiores laterais-esquerdos do mundo, Júnior, hoje comentarista, não se cansa de elogiar os três camisas 10 do momento: Éverton Ribeiro, Philippe Coutinho e Paulo Henrique Ganso. Para ele, Ganso já deveria estar no grupo, pois é o único que se assemelha aos camisas 10 de sua geração, que paravam a bola, pensavam e lançavam com perfeição. Ele lembra que esses camisas 10, como Rivelino, por exemplo, quase não entravam na área, mas colocavam a bola onde queriam.
Estado de Minas: 08/09/2014
Nova Iorque – Nos despedimos de Miami ontem, quando os jogadores brasileiros fizeram um treinamento visando a partida de amanhã, contra o Equador, em Nova Jérsei, a segunda sob o comando de Dunga (foto). O papo entre nós, da imprensa, é até quando Dunga continuará como “Dunguinha Paz e Amor”? A alguns jornalistas, ele sequer dá bom-dia, mas com outros ainda consegue manter um relacionamento amistoso. Sou da filosofia de que ninguém muda. É possível uma trégua, por conveniência de ambas as partes, mas a personalidade e o jeito de ser serão revelados no momento oportuno, e no futebol sabemos que esse momento atende por derrotas. É nelas que conseguimos detectar o equilíbrio das pessoas. E como por aqui poucos acreditam no sucesso da nova era Dunga, dificilmente esse momento deixará de chegar.
Acho que o ponto crucial serão as Eliminatórias. Estamos atrás de Chile, Argentina e Colômbia em preparação, e lado a lado com o Uruguai. Teremos, talvez, as Eliminatórias mais difíceis da história. Mas Dunga tem sorte. Ninguém esperava um jogo tão bom, de nossa parte, contra os colombianos. Bom pelas circunstâncias, pois estamos resgatando um trabalho, depois de irmos ao fundo do poço com aqueles 10 a 1. Sim, não foram apenas os 7 a 1, impiedosamente aplicados pelos alemães, que nos mataram. Aqueles 3 a 0 da Holanda, sem que tivéssemos qualquer iniciativa, foram o golpe que faltava. E muitos daqueles jogadores estão aqui, tentando provar que aquilo foi um aborto da natureza e que não mais acontecerá. Tenho minhas dúvidas. Sempre gosto de avaliar os jogadores pelo que fazem nos clubes e na Seleção. Diego Tardelli, por exemplo, entrou como se fosse um veterano com a amarelinha. Jogou como se estivesse no Galo, e agradou a todos. Éverton Ribeiro, em pouquíssimo tempo, deu o que falar, e pode assumir uma vaga. Oscar não vai passar disso que temos visto, e não entendo a insistência com ele. Para mim, é aquela água de salsicha, que não serve para nada. Num momento em que Ganso está jogando um bolão, Philippe Coutinho e Éverton Ribeiro estão aqui, não vejo motivos para a vinda de Oscar. O tempo deverá mostrar isso a Dunga.
Outro que não engulo é o bebê chorão David Luiz. Sei que ele tem um marketing incrível, principalmente com os jovens, mas a bola é pequena. Aquele negócio de chorar e dizer que “só queria agradar e levar alegria ao meu povo” foi de lascar. Acho que esse zagueiro limitado ainda não percebeu a bobagem que falou. Ou será que ele se intitula um líder mundial, como o saudoso Nelson Mandela?
Delírios à parte, não foi à toa que José Mourinho o mandou embora do Chelsea, na primeira proposta. Hoje, infelizmente, tem gente que joga muito mais com o marketing do que com o próprio futebol. David Luiz é um exemplo disso. Miranda seria meu titular fácil. E também não sei se daria chance ao outro chorão Tiago Silva. Muitos o consideram o melhor zagueiro do mundo. Discordo veementemente. Sou mais Dedé, 10 vezes mais.
Preferências à parte, acredito numa outra vitória amanhã, o que dará a Dunga a tranquilidade necessária para a continuidade do trabalho. Como ele mesmo disse, tempo é o que não existe na Seleção. É preciso matar um leão por jogo para se manter no cargo, e, neste primeiro momento, todos estão sob rigoroso teste. Como teremos duas Copas América, em 2016, a oficial, no Chile, e a de 2017, pelos 100 anos da Conmebol, Dunga não terá vida fácil, e talvez tenha que matar um leão por treino, e não apenas por jogo. Raramente um técnico que começa o trabalho chega ao Mundial, mas o próprio Dunga contrariou esta regra, ao começar em 2006 e disputar a Copa da África, em 2010. Ele voltou para resgatar seu nome e prestígio. Fez isso como jogador em 1994, depois do fracasso em 1990. Quem sabe o fará agora, como treinador?
Fenômeno
Enquanto na Terra do Tio Sam o futebol está cada vez mais em alta, no Brasil ele vai morrendo aos poucos. Para que vocês tenham uma ideia, a média de público em Seattle, cidade próxima ao Canadá, é de 65 mil pagantes hoje e nos três próximos anos, com os ingressos já vendidos antecipadamente. Isso chama-se organização e qualidade. No país da Copa, o Brasil, os estádios, novinhos em folha, feitos para os ricos, não recebem mais que média de 12 mil pagantes no Brasileiro, nosso principal campeonato. Tem ou não algo errado? Talvez por isso Sérgio Manoel, aquele veterano que atuou, entre outros clubes, pelo Cruzeiro, esteja morando aqui, justamente com o futebol que, ele acredita, estará em alto nível no máximo em 10 anos.
Júnior
Um dos maiores laterais-esquerdos do mundo, Júnior, hoje comentarista, não se cansa de elogiar os três camisas 10 do momento: Éverton Ribeiro, Philippe Coutinho e Paulo Henrique Ganso. Para ele, Ganso já deveria estar no grupo, pois é o único que se assemelha aos camisas 10 de sua geração, que paravam a bola, pensavam e lançavam com perfeição. Ele lembra que esses camisas 10, como Rivelino, por exemplo, quase não entravam na área, mas colocavam a bola onde queriam.
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