Zero Hora - 21/03/2013
O Ricardo Chaves, inquilino da página anterior à minha em ZH, veio me
perguntar anteontem sobre a página que publicou ontem, em que elegeu o
cantor Gasolina como seu personagem.
O Kadão queria subsídios sobre o Gasolina. Dei-lhe-os.
O Gasolina, um gaúcho pretinho simpático de sorriso aberto, fez
sucesso nacional em filmes e emissoras de rádio na década de 50, depois
de ter sido varredor na Rádio Gaúcha.
Foi então que o Kadão me perguntou se o Gasolina já tinha morrido, ele queria anotar esse detalhe em sua página.
E eu respondi: “Mas é claro que o Gasolina já morreu. Eu, que sou eu, já morri, imagina o Gasolina...”.
Quando tive o câncer na rinofaringe há dois anos, fui submetido a 35
sessões de radioterapia no Mãe de Deus (que saudade da equipe que me
atendeu lá durante aquele período preocupante).
A radioterapia me tirou a saliva, o paladar e o apetite e isso fez com que eu emagrecesse 24 quilos.
Então, as pessoas me encontram na rua e dizem que estou esbelto,
magro, elegante. E me perguntam como devem fazer para ficarem elegantes e
magros assim.
E eu lhes respondo rapidamente: “Peguem um câncer!”.
Faleceu agora no Rio de Janeiro o maior cantor brasileiro. Emílio
Santiago era grande sambista, grande jazista de estilo inconfundível,
tinha uma bossa e uma voz incomparáveis.
Quando, ontem, soube de sua morte, senti-me órfão de seu talento.
Vou tentar me consolar e para isso já mandei comprar todos os seus
discos.
Que saudade, Emílio.
Estamos acompanhando aqui em Zero Hora com interesse e atenção o tratamento de saúde do nosso colega David Coimbra.
O que posso dizer é que torcemos avidamente para que o David saia
íntegro desse impasse e volte inteirinho novamente para seus leitores e
para nós.
Tenho experiência com esse tipo de doença e digo ao David que o
maior fator de sucesso para dar a volta por cima é a pertinácia, a
insistência em curar-se e voltar à vida normal, e a observação de todas
as prescrições médicas.
Mas é absolutamente inequívoco que cedo, logo em seguida, o David voltará a trabalhar.
No lançamento do site de venda de vinhos do Vanderlei Luxemburgo, encontrei-me com ele e o treinador Dunga, numa roda.
Foi então que desafiei Dunga na frente do Luxemburgo: “Agora, na
Taça Farroupilha, segundo turno do Gauchão, tu vais ver a força do
carvão de pedra: o Luxemburgo vai escalar titulares e não reservas
contra o Inter, acabou a tua moleza”.
E o Dunga respondeu: “Mas nós vamos jogar com 11 homens”.
Dunga se referia ao Gre-Nal em que o Inter jogou apenas com nove
homens durante quase todo o segundo tempo, e o Grêmio, mesmo assim,
empatou em 0 a 0.
Dunga nocauteou a mim e ao Luxemburgo de corpos presentes.
Jorge Polydoro, presidente do Grupo Amanhã, mandou-me ontem
comunicar oficialmente que fui agraciado pelo 23º ano consecutivo como o
colunista de jornal mais lembrado no RS.
A entrega das láureas será na noite do próximo dia 13 de maio.
Este reconhecimento da Revista Amanhã, pela seriedade da pesquisa popular, é o meu maior orgulho profissional.
Vinte e três anos seguidos e encarreirados! Graças a Deus.
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