quarta-feira, 18 de setembro de 2013

CARAS E BOCAS » Para não perder

Estado de Minas: 18/09/2013 



Nelson Xavier interpreta o líder espiritual budista Ananda, em Joia rara  (Renato Rocha Miranda/TV Globo)
Nelson Xavier interpreta o líder espiritual budista Ananda, em Joia rara


Parecia um filme. O primeiro capítulo de Joia rara (Globo), sem nenhum exagero, foi coisa de cinema. As chamadas da trama de Duca Rachid e Thelma Guedes, que estreou anteontem em substituição a Flor do Caribe, davam pistas do tratamento diferenciado que já caracteriza o trabalho de direção da dupla Ricardo Waddington, diretor de núcleo, e Amora Mautner, diretora- geral. Eles bebem mesmo nas águas da sétima arte e o resultado repetiu o impacto de outras novelas conduzidas pela dupla, Cordel encantado, das mesmas autoras, e Avenida Brasil, de João Emanuel Carneiro.

As imagens iniciais do Himalaia e sua beleza atraíram o telespectador de cara. O ritmo de cinema dita as próximas cenas. Impossível não acompanhar a escalada de Franz (Bruno Gagliasso), o mocinho, e sua turma rumo ao topo. Depois, uma sabotagem logo identifica o vilão: Manfred, vivido por Carmo Dalla Vecchia, corta a corda com que Franz vai fazer a descida. E ele despenca. Uma avalanche, em seguida, faz duas vítimas e os protagonistas se salvam sem saber um do outro. Franz vai parar em um mosteiro budista e Manfred logo está de volta à casa, no Rio de Janeiro. É o ano de 1934.


Franz tem o seu primeiro encontro com o líder espiritual do templo, Ananda (Nelson Xavier). E ali vê muitas de suas crenças caírem por terra. No Rio, as imagens, agora escuras, fazem sentido: afinal, a fotografia quer retratar o Rio antigo e seu passado. Ernest (José de Abreu), pai de Franz, acredita que o filho querido morreu. Dono de uma fábrica de joias, comunica aos funcionários que agora quem vai dirigir os negócios é Manfred, que ninguém sabe tratar-se de seu filho bastardo. Mas o rapaz e sua mãe Gertrude, a como sempre impecável Ana Lúcia Torre, comemoram.  Na fábrica, em tom mais escuro ainda, já se desenha quem são os líderes dos operários: Mundo (Domingos Montagner) e Toni (Thiago Lacerda). Um homem quase morre e eles questionam a falta de assistência do patrão. Também está na luta a mocinha, Amélia, personagem de Bianca Bin, que decide tirar satisfações com o dono da fábrica. Corta. Franz, recuperado, chega ao Brasil, para alegria da família. Menos de Manfred, claro. No caminho de volta à casa, ele e o pai são surpreendidos por, Amélia, que, debaixo de chuva, tenta ser ouvida, já despertando a atenção do jovem.


Quando o seu carro a atinge e ela vai parar no chão, Franz a socorre. Ela se levanta e vai embora. Mas ele a chama pelo nome. Amélia era o objeto da paixão de um dos rapazes que morreram no Himalaia e havia mostrado uma foto dela para Franz. Começa aí a história de amor dos protagonistas. Joia rara deu mostras de trazer uma boa trama, um elenco de peso –  Marcos Caruso como Arlindo, dono de um cabaré, já mostrou a que veio –, apelo cinematográfico e ritmo dinâmico. A abertura  é linda, embalada pela faixa Joia rara, cantada por Gilberto Gil, retratando os principais acontecimentos da novela.
Assim como foi em Cordel encantado. Aliás, no geral, a trilha é primorosa.Como cinema, parece uma  ótima novela. Que venham os próximos capítulos.



HEIDI KLUM CURTE  PREMIAÇÃO INÉDITA

A top model Heidi Klum recebeu um Emmy, premiação dos melhores da TV, realizada, no domingo, em Los Angeles, nos Estados Unidos. A cerimônia distribuiu os prêmios técnicos, o Creative Arts Emmy Awards. Ela levou como Melhor apresentadora. Heidi comanda o reality show Project runaway. 


É FILHO DE QUEM?

Pois é, Niko (Thiago Fragoso) não sabe, mas o filho que carregará nos braços, em breve, no salto em que Amor à vida (Globo) dará no tempo, é fruto de uma transa entre seu companheiro, Eron (Marcello Antony), e sua melhor amiga, Amarilys (Danielle Winits), a barriga de aluguel que ele mesmo encomendou.


E como ela não conseguirá ficar longe da criança, os dois viverão às turras sobre a educação do menino,
batizado de Fabrício. Quando ela o repreender por excesso de mimo, ele rebaterá que não a quer censurando-o na criação do filho. Mas Amarilys dirá que por ser mulher entende melhor do assunto. Pronto: o bate-boca é inflamado e Eron é chamado para apaziguar os ânimos. Imagine, quando Niko souber quem é a verdadeira mãe de Fabrício. 


VIVA

Sophie Charlotte, que segura muito bem as cenas densas e emotivas ao extremo de Amora, em Sangue bom (Globo). 


VAIA

Excesso de Joia rara em outras atrações da Globo, como Globo repórter e Encontro com Fátima Bernardes.  

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