Zero Hora - 16/09/2013
Marina Silva disse, em um artigo publicado na Folha de S. Paulo, que, se
a internet mudou nossa concepção de viajar, de estudar, de nos
comunicarmos e fazermos compras, inevitavelmente ela também mudaria a
nossa concepção de fazer política (Marina falava das manifestações de
rua no país). Pois é neste espírito – a internet está aí pra
revolucionar a vida, e para melhor – que a Tetê Pacheco, publicitária
gaúcha radicada em São Paulo, teve uma ideia genial: o Museu do Filho.
Tudo começou dentro de casa, com Bento e Otto, os filhos da Tetê.
Mas esse espaço digital, seguro e e organizado, logo ganhou a
participação dos filhos dos amigos e amigos dos amigos, em uma corrente
que se multiplica com a velocidade que só a internet – aliada a uma boa
ideia – é capaz de gerar.
Afinal, quem é pai sabe que não existe gaveta no mundo que possa
abarcar os trabalhos artísticos que nossos filhotes fazem ao longo da
vida. As cores, os traços, a ousadia, as marcas pessoais que as nossas
crianças, amadurecendo e desbravando este mundo maluco e incrível,
deixam no papel podem ser maravilhosas para além de qualquer corujice.
É por isso que vale a pena conferir o Museu do Filho – tudo que é
postado passa pela Tetê Pacheco: são obras de pequenos artistas,
selecionadas com critério de curadora e carinho de mãe.
O Museu do Filho é uma gaveta digital. Uma gaveta, sim, mas também
uma vitrine do mundo que palpita dentro das cabeças dos nossos filhotes.
Tetê criou o museu para guardar e para mostrar, mas também para
valorizar a arte dentro de casa, no convívio entre pais e filhos.
A gente fica louco de orgulho quando uma obra entra para o acervo e
pode ser vista e compartilhada por um monte de gente. Resultado? Tem
filho aí saindo das gavetas para o mundo (como bem disse a Tetê, os pais
são gavetas de lembranças das suas crianças).
Vale a pena conhecer, mesmo se você não é o orgulhoso papai de um
Picasso de fraldas. O Museu do Filho tem uma fanpage na qual, além das
obras, a Tetê dá dicas de exposições, arte e cultura pelo mundo afora.
Há também uma conexão entre artistas, que participam contando dos seus
começos, tropeços e experiências.
O Museu do Filho está no Facebook, no Instagram e no Pinterest,
cumprindo a sua missão de aproximar a arte dos adultos do olhar infantil
e a arte infantil do olhar adulto. É lindo de ver. É emocionante de
participar.
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