segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Meu retrato aos 67 - Carlos Emilio Faraco

Poesia
MEU RETRATO AOS 67


Cada linha
Da minha mão
É um fio de contradição:
Traz um sim,
Traz um não,
Um parto,
Uma negação.

O sim do que fiz,
O não do que contive,
O sim do que quis,
O não do que detive.

Uma só admite
Um tímido talvez:
Aquela que limita,
No começo e ao cabo,
O nascimento de Deus,
O batizado do Diabo.

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