Poesia
MEU RETRATO AOS 67
Da minha mão
É um fio de contradição:
Traz um sim,
Traz um não,
Um parto,
Uma negação.
O sim do que fiz,
O não do que contive,
O sim do que quis,
O não do que detive.
Uma só admite
Um tímido talvez:
Aquela que limita,
No começo e ao cabo,
O nascimento de Deus,
O batizado do Diabo.
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