Pesquisadora questiona ações contra black blocs
Proposta do governo de juizado especial e diálogo é vista com desconfiança
Étore Medeiros
Estado de Minas: 08/11/2013
Brasília –
As propostas apresentadas ontem pelo Ministério da Justiça como
resposta à violência de grupos mascarados nas manifestações de rua foram
questionadas por Esther Gallego, pesquisadora que estuda o
comportamento dos black blocs, principais responsáveis pelo vandalismo
durante os protestos. O governo anunciou a criação de Fóruns de Diálogos
Sociais para debater as manifestações e quer implementar o Pronto
Atendimento Judicial, que funcionará como os juizados criminais
especiais presentes em estádios de futebol, com a presença de juízes e
de representantes do Ministério Público.
A ideia do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é que os Fóruns de Diálogos Sociais sejam espaços para que os cidadãos denunciem “arbítrios e violência oriundas do mundo privado ou do público”. “Como vai ser levado a cabo o fórum de debates se os black blocs não admitem ter liderança, se eles não têm representantes?”, questiona Esther, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que acompanha e pesquisa, desde junho, as manifestações nas ruas paulistanas. Nos últimos meses, ela entrevistou dezenas de jovens mascarados.
Esther também não sabe se a presença de juizados especiais nas manifestações será eficaz. Segundo ela, boa parte dos black blocs com quem conversou disse que a indignação com a violência policial foi o que os levou para a rua. “Precisamos do debate da reforma policial e de como o governo é incapaz de resolver o problema da violência sistêmica.”
Comitê O fórum de debates e os juizados foram anunciados por Cardozo após reunião com os secretários estaduais de segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, e de São Paulo, Fernando Grella, e representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na próxima segunda-feira, um comitê executivo, composto por seis representantes desses órgãos, será instaurado.
O grupo terá até o próximo dia 29 para apresentar projetos consolidados, sejam de mudança nas leis, de unificação de protocolos de atuação policial, sejam de tentativa de diálogo com os manifestantes. Segundo o ministro, somente depois dessa data será possível ver os resultados do comitê nas ruas e poderão ser apresentadas ao Congresso Nacional propostas de mudança na legislação.
A ideia do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é que os Fóruns de Diálogos Sociais sejam espaços para que os cidadãos denunciem “arbítrios e violência oriundas do mundo privado ou do público”. “Como vai ser levado a cabo o fórum de debates se os black blocs não admitem ter liderança, se eles não têm representantes?”, questiona Esther, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que acompanha e pesquisa, desde junho, as manifestações nas ruas paulistanas. Nos últimos meses, ela entrevistou dezenas de jovens mascarados.
Esther também não sabe se a presença de juizados especiais nas manifestações será eficaz. Segundo ela, boa parte dos black blocs com quem conversou disse que a indignação com a violência policial foi o que os levou para a rua. “Precisamos do debate da reforma policial e de como o governo é incapaz de resolver o problema da violência sistêmica.”
Comitê O fórum de debates e os juizados foram anunciados por Cardozo após reunião com os secretários estaduais de segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, e de São Paulo, Fernando Grella, e representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na próxima segunda-feira, um comitê executivo, composto por seis representantes desses órgãos, será instaurado.
O grupo terá até o próximo dia 29 para apresentar projetos consolidados, sejam de mudança nas leis, de unificação de protocolos de atuação policial, sejam de tentativa de diálogo com os manifestantes. Segundo o ministro, somente depois dessa data será possível ver os resultados do comitê nas ruas e poderão ser apresentadas ao Congresso Nacional propostas de mudança na legislação.
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