quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Verônica Ferriani não se limita a cantar.‏

Novo momento
 
Verônica Ferriani não se limita a cantar. Em seu novo CD, a paulista apresenta as próprias composições e diz que adora inventar histórias de amor. Turnê nacional começa este mês

Ailton Magioli

Estado de Minas: 01/01/2014






"Dei-me a liberdade de não seguir a MPB", Verônica Ferriani, cantora e compositora
Depois da dupla estreia, em 2009, com o solo Verônica Ferriani e com Sobre palavras (disco gravado em parceria com Chico Saraiva), a cantora paulista lança o independente Porque a boca fala aquilo do que o coração tá cheio. Além de inédito, o repertório é integralmente autoral.

 “Para mim, faz diferença, sim. É um novo momento, que reflete aprendizado e amadurecimento”, afirma Verônica Ferriani. E admite: Porque a boca fala aquilo do que o coração tá cheio é um disco verborrágico, inclusive em relação às “coisas de dentro”, centrado no coração e no amor.

Produzido por Marcelo Cabral e Gustavo Ruiz, o trabalho está disponível para download gratuito no site www.veronicaferriani.com , enquanto o CD físico é vendido nas lojas. Depois dos shows de lançamento na capital paulista e em Ribeirão Preto, sua cidade natal, Verônica vai iniciar a turnê nacional este mês.

Estampa e só foi escolhida como a faixa de trabalho. De acordo com a artista, Porque a boca fala aquilo do que o coração tá cheio a transportou para seu álbum de estreia, em que ela cantava apenas duas inéditas (Na volta da ladeira e Bem feito), com o acréscimo de releituras de Paulinho da Viola, Assis Valente e Gonzaguinha.

“Sempre gostei de cantar, simplesmente. Agora, senti vontade de ser artista maior do que a intérprete. Escrever o que cantar pode ter um peso”, avalia, ressaltando a contundência do ato de compor. “Desde criança, gostava de inventar histórias de amor. Sou romântica”, revela.

A cantora e compositora paulista salienta que seu novo CD tem um recorte de crônica para discutir as relações amorosas. “A personagem do disco não é heroína, mas humana. Eu me vali dos conflitos dela para falar de amor, um grande incentivo para a gente se conhecer e se compreender”, esclarece.

MPB Na opinião da cantora e compositora, de oito anos para cá a nova geração passou a ter voz no mercado da música brasileira, deixando para trás a pecha de “nova MPB”. “Mesmo porque temos influências de muitas outras linguagens”, lembra Verônica, ao justificar o porquê da recusa de rótulos. “Chegamos com vontade de criação e nos desprendendo de referências únicas”, acrescenta. Tentar repetir a trajetória de uma geração brilhante como a de Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e Elis Regina pode afastar o interesse do público pelo trabalho de novos artistas, pondera.

“No novo disco, dei-me a liberdade de não seguir a MPB. Há, sim, uma geração importante que vai continuar produzindo bacana nessa linha, mas também há muita coisa diferente”, adverte, salientando que ela e seus contemporâneos já se colocaram no mercado, oferecendo mais possibilidades de escolha. “Já não é como nos anos 1990, quando o rádio decidia o que as pessoas iam ouvir. A própria mídia mudou muito”, acredita.

Ao sair da zona de conforto para se arriscar num mercado repleto de “mais do mesmo”, Verônica Ferriani oferece um menu de boas canções, que vão de Zepelim a Lábia palavra, passando por De boca cheia, Ele não volta mais, Era preciso saber, À segunda vista, Dança a menina, Não é não, Esvaziou, C’est la vie e Estampa e só.

http://youtu.be/dr1sNv10uEQ

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