MANOEL DE BARROS »
Poesia musicada em disco
Ailton Magioli
Estado e Minas: 28/02/2014
A música e o teatro chegaram ao mesmo tempo na vida da fluminense Andreia Mota, de São João de Meriti. Depois de estrear profissionalmente no musical Raul fora da lei, ela lança Paisagem invisível, primeiro disco solo, e conta que sempre teve mais queda pela música. Mas a oportunidade de acesso ao teatro acabou ajudando muito Andreia. “Eu era muito tímida”, conta, daí o fato de as artes cênicas terem aberto porta tão importante. De repente, ela se viu matriculada na universidade, no Rio, em curso de teatro. Mas a queda para a interpretação, como faz questão de salientar, é natural. Só que Andreia planejava ir além.
“Queria criar condição para a música vir à tona”, explica a atriz e cantora, responsável pela dramaturgia de seu show, que, depois das temporadas de 2012 e 2013 resultou no CD. Recém-lançado no Teatro Solar de Botafogo, Paisagem invisível é, originalmente, um show cênico-musical com direito à inclusão de poesia (do mato-grossense Manoel de Barros, fonte de inspiração da criação do espetáculo).
O repertório é o aspecto mais forte no conjunto da obra de Andreia Mota, intérprete às vezes afetada (demais). Da pérola Guardanapos de papel, do uruguaio Leo Masliah, em versão de Carlos Sandroni, à inédita Papoula brava, do carioca Thiago Amud, o disco prima pelo bom gosto poético-musical, incluindo inéditas de Marcelo Fedrá (Flor voadeira e Contumaz, além da faixa-título); Alessandra Gellio (Todo dia eu sonho com uma mulher); e de Andreia Mota (Dos seus olhos), além de clássicos de Nelson Angelo, com Fernando Brant (Canoa, canoa); Tom Jobim, com Aloysio de Oliveira (Inútil paisagem); e de Wilson Baptista, com Germano Augusto Coelho (Boca de siri). De Milton Nascimento, com Paulo Ricardo, ela gravou Feito nós.
A direção cênica do show é de Alessandra Gellio, enquanto os arranjos ficaram a cargo dos músicos Real Júnior e Victor Ribeiro, que também assina a direção musical. “Victor foi muito sensível para captar o que havia de sutil no repertório”, reconhece Andreia Mota, lembrando que o primeiro arranjo feito por ele foi o de Inútil paisagem, “superimagético, com contracantos”. Concebidos em linguagem jazzística, os ritmos brasileiros se sobressaem no trabalho da cantora indepedente, cujo álbum de estreia pode ser encontrado no ITunes e CDBaby, além do site oficial www.andreiamota.com.br.
Ailton Magioli
Estado e Minas: 28/02/2014
A fluminense Andreia Mota lança seu primeiro disco solo, Paisagem invisível |
A música e o teatro chegaram ao mesmo tempo na vida da fluminense Andreia Mota, de São João de Meriti. Depois de estrear profissionalmente no musical Raul fora da lei, ela lança Paisagem invisível, primeiro disco solo, e conta que sempre teve mais queda pela música. Mas a oportunidade de acesso ao teatro acabou ajudando muito Andreia. “Eu era muito tímida”, conta, daí o fato de as artes cênicas terem aberto porta tão importante. De repente, ela se viu matriculada na universidade, no Rio, em curso de teatro. Mas a queda para a interpretação, como faz questão de salientar, é natural. Só que Andreia planejava ir além.
“Queria criar condição para a música vir à tona”, explica a atriz e cantora, responsável pela dramaturgia de seu show, que, depois das temporadas de 2012 e 2013 resultou no CD. Recém-lançado no Teatro Solar de Botafogo, Paisagem invisível é, originalmente, um show cênico-musical com direito à inclusão de poesia (do mato-grossense Manoel de Barros, fonte de inspiração da criação do espetáculo).
O repertório é o aspecto mais forte no conjunto da obra de Andreia Mota, intérprete às vezes afetada (demais). Da pérola Guardanapos de papel, do uruguaio Leo Masliah, em versão de Carlos Sandroni, à inédita Papoula brava, do carioca Thiago Amud, o disco prima pelo bom gosto poético-musical, incluindo inéditas de Marcelo Fedrá (Flor voadeira e Contumaz, além da faixa-título); Alessandra Gellio (Todo dia eu sonho com uma mulher); e de Andreia Mota (Dos seus olhos), além de clássicos de Nelson Angelo, com Fernando Brant (Canoa, canoa); Tom Jobim, com Aloysio de Oliveira (Inútil paisagem); e de Wilson Baptista, com Germano Augusto Coelho (Boca de siri). De Milton Nascimento, com Paulo Ricardo, ela gravou Feito nós.
A direção cênica do show é de Alessandra Gellio, enquanto os arranjos ficaram a cargo dos músicos Real Júnior e Victor Ribeiro, que também assina a direção musical. “Victor foi muito sensível para captar o que havia de sutil no repertório”, reconhece Andreia Mota, lembrando que o primeiro arranjo feito por ele foi o de Inútil paisagem, “superimagético, com contracantos”. Concebidos em linguagem jazzística, os ritmos brasileiros se sobressaem no trabalho da cantora indepedente, cujo álbum de estreia pode ser encontrado no ITunes e CDBaby, além do site oficial www.andreiamota.com.br.
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