Frio chegando e corpo
doendo. Acontece quase sempre e a dor, difusa, é difícil de identificar
sem ajuda médica. Essa canseira se chama fibromialgia e é uma síndrome
clínica, crônica, caracterizada por dor difusa e outros sintomas
associados, principalmente fadiga (cansaço), sono não reparador,
alteração de memória e concentração. De cada 10 pacientes com
fibromialgia, de sete a nove são mulheres. Não se sabe a razão pela qual
isso acontece. Não parece haver uma relação com hormônios, pois a
fibromialgia afeta as mulheres tanto antes quanto depois da menopausa.
Talvez os critérios utilizados hoje no diagnóstico da fibromialgia
tendam a incluir mais mulheres. A idade de aparecimento da síndrome é,
geralmente, entre os 30 e 60 anos. Porém, existem casos em pessoas mais
velhas e também em crianças e adolescentes.
Ela foi classificada como doença reumática em 1990, quando foram lançados os critérios de diagnósticos que até hoje são utilizados pelo Colégio Americano de Reumatologia. A síndrome é associada à sensibilidade diante de um estímulo doloroso, que é descrito por pacientes como dores pelo corpo todo. Com linguagem bastante simples e de fácil compreensão, a cartilha educativa desenvolvida pelos reumatologistas da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), que tem como objetivo conscientizar sobre a doença e levar o paciente ao diagnóstico e tratamento com mais rapidez, está disponível para download ou pode ser encontrada nas unidades públicas de saúde.
Para o coordenador da Comissão de Dor, Fibromialgia e outras Síndromes Dolorosas de Partes Moles da Sociedade Brasileira de Reumatologia, o reumatologista Marcelo Cruz Rezende, existe uma associação muito forte com o aspecto psicológico, com quadros depressivos e ansiedade, mas não é possível afirmar que se trata somente de fundo emocional. “Hoje, sabemos que é um distúrbio relacionado à alteração nos sistemas de controle de dor, devendo ser considerado como síndrome de amplificação dolorosa.” O especialista explica ainda que a fibromialgia pode ter patologias associadas, como tendinites, bursites e neuropatias, entre outras, que podem ser detectadas por métodos complementares. Como raio-x e ultrassonografia.
O diagnóstico é eminentemente clínico. Em 2010, foram lançados novos critérios critérios, retirando a necessidade da contagem de pontos dolorosos e colocando um índice de dor generalizado e de grau de severidade de sintomas, mas que ainda estão sendo questionados pelos especialistas. Não existem exames complementares que ajudem na identificação da fibromialgia, somente para diagnósticos diferenciais e de patologias associadas.
Por se tratar de uma condição médica crônica, ela não tem cura. “Existe um controle da sintomatologia. Entretanto, pode ser confortador saber que a fibromialgia é uma doença benigna”, destaca Resende. Existem várias medicações com fortes evidências científicas que melhoram os sintomas da fibromialgia, como a amitriptilina. Fluoxetina, duloxetina e pregabalina são algumas substâncias utilizadas para o controle de dor, ansiedade e depressão. Para distúrbio de sono, a própria amitriptilina e o uso de alguns benzodiazepínicos podem ajudar. Existem alguns trabalhos isolados sobre o uso de ritalina para fadiga.
A fibromialgia é um problema bastante comum, presente em pelo menos 5% dos pacientes que vão a um consultório de clínica médica e em 10% a 15% dos pacientes que vão a um consultório de reumatologia. A maior dificuldade a respeito do diagnóstico e do tratamento da síndrome está no desconhecimento da doença pelas várias especialidades médicas, pois elas não consideram os critérios necessários para diagnóstico.
Ela foi classificada como doença reumática em 1990, quando foram lançados os critérios de diagnósticos que até hoje são utilizados pelo Colégio Americano de Reumatologia. A síndrome é associada à sensibilidade diante de um estímulo doloroso, que é descrito por pacientes como dores pelo corpo todo. Com linguagem bastante simples e de fácil compreensão, a cartilha educativa desenvolvida pelos reumatologistas da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), que tem como objetivo conscientizar sobre a doença e levar o paciente ao diagnóstico e tratamento com mais rapidez, está disponível para download ou pode ser encontrada nas unidades públicas de saúde.
Para o coordenador da Comissão de Dor, Fibromialgia e outras Síndromes Dolorosas de Partes Moles da Sociedade Brasileira de Reumatologia, o reumatologista Marcelo Cruz Rezende, existe uma associação muito forte com o aspecto psicológico, com quadros depressivos e ansiedade, mas não é possível afirmar que se trata somente de fundo emocional. “Hoje, sabemos que é um distúrbio relacionado à alteração nos sistemas de controle de dor, devendo ser considerado como síndrome de amplificação dolorosa.” O especialista explica ainda que a fibromialgia pode ter patologias associadas, como tendinites, bursites e neuropatias, entre outras, que podem ser detectadas por métodos complementares. Como raio-x e ultrassonografia.
O diagnóstico é eminentemente clínico. Em 2010, foram lançados novos critérios critérios, retirando a necessidade da contagem de pontos dolorosos e colocando um índice de dor generalizado e de grau de severidade de sintomas, mas que ainda estão sendo questionados pelos especialistas. Não existem exames complementares que ajudem na identificação da fibromialgia, somente para diagnósticos diferenciais e de patologias associadas.
Por se tratar de uma condição médica crônica, ela não tem cura. “Existe um controle da sintomatologia. Entretanto, pode ser confortador saber que a fibromialgia é uma doença benigna”, destaca Resende. Existem várias medicações com fortes evidências científicas que melhoram os sintomas da fibromialgia, como a amitriptilina. Fluoxetina, duloxetina e pregabalina são algumas substâncias utilizadas para o controle de dor, ansiedade e depressão. Para distúrbio de sono, a própria amitriptilina e o uso de alguns benzodiazepínicos podem ajudar. Existem alguns trabalhos isolados sobre o uso de ritalina para fadiga.
A fibromialgia é um problema bastante comum, presente em pelo menos 5% dos pacientes que vão a um consultório de clínica médica e em 10% a 15% dos pacientes que vão a um consultório de reumatologia. A maior dificuldade a respeito do diagnóstico e do tratamento da síndrome está no desconhecimento da doença pelas várias especialidades médicas, pois elas não consideram os critérios necessários para diagnóstico.
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