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Não há complô: árbitros são humanos
Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 16/06/2014
Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 16/06/2014
A arbitragem tem sido
o maior problema da Fifa nesta Copa do Mundo. A começar pelo gravíssimo
erro do japonês Yuishi Nishimura, ao marcar pênalti inexistente em
Fred, que mudou o placar de Brasil x Croácia, beneficiando os
brasileiros quando o placar era de 1 a 1. Sexta-feira foi a vez de o
assistente colombiano Humberto Clavijo anular dois gols legítimos do
mexicano Giovanni dos Santos, que poderiam ter dado a seu time a
liderança do Grupo A. No mesmo dia, o italiano Nicola Rizzoli deu
pênalti inexistente de De Vrij em Diego Costa, levando os espanhóis a
abrir o placar. Mas o castigo veio a cavalo: os holandeses marcaram um
gol atrás do outro e arrasaram a campeã do mundo com um 5 a 1
inimaginável. O juiz, porém, errou de novo ao não marcar falta de Van
Persie em Casillas no terceiro gol. Cinco falhas grosseiras em três
jogos, e a Fifa já toma medidas que não admitia tomar. Daqui para a
frente, mesmo que seleções do mesmo continente se enfrentem, o apito
caberá a quem a entidade achar melhor.
O problema é mundial. No Brasil, temos os piores árbitros do mundo, tanto que apenas o medíocre Sandro Meira Ricci está na Copa. Não esperávamos tantos erros primários já na primeira rodada. Tem gente que aposta em complô para favorecer o dono da casa. Outro dia, em conversa com um amigo, muito esclarecido, ele me disse que até hoje acha que a Copa da França foi vendida pelo Brasil ou pela Nike ou por Ricardo Teixeira. Nem dei mais atenção. Como alguém vai combinar com 50 pessoas de cada delegação a compra de um título? As outras 30 seleções também estavam na gaveta? Sugeri ao amigo que revisse aquela final e entendesse que, se jogássemos 10 vezes como jogamos, perderíamos todas. Os franceses atuaram como nunca. Nem mesmo a convulsão de Ronaldo é motivo para lamentarmos. Mesmo com ele inteiro, ninguém superaria Zidane e cia.
No dia em que acreditarmos que uma competição foi vendida, teremos de parar com o futebol. Lamentavelmente, há corrupção em todos os setores, mas daí a dizer que o resultado de uma final de Copa já está determinado, há uma distância abissal. Quanto vale levantar a taça mais cobiçada do planeta? O Brasil é o dono deste Mundial apenas por sediá-lo, jamais por tê-lo comprado. O erro do japonês não foi roubo, como disse a imprensa argentina, que, curiosamente, não usou o mesmo termo quando Maradona marcou com a mão contra a Inglaterra, no México’1986.
Erros de arbitragem sempre vão existir. Os juízes são humanos e não dispõem de 50 câmeras na hora em que têm de decidir sobre um lance em frações de segundos. Penso que foi um erro a escalação do japonês para a abertura. Talvez no subconsciente ele tenha carregado a culpa por não ter dado um pênalti em Kaká em 2010, quando o Brasil ganhava da Holanda de 1 a 0. A declaração de Fred, em vídeo gravado pela CBF, faz parte do show. Ele é reincidente em simular jogadas desse tipo.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, já acena com a possibilidade de imitar o basquete norte-americano, parando o jogo para que o árbitro, com a ajuda de um monitor de TV, possa avaliar melhor a jogada. O problema é que ainda poderá persistir a dúvida. Muitas vezes, vemos o lance 50 vezes e não chegamos a uma conclusão. E o chefe da arbitragem, o italiano Massimo Busacca, é contra tal recurso. Portanto, teremos de conviver com os erros. Desde que sejam humanos, fazem parte do futebol.
Lamento que a Copa comece sob suspeita, mas espero que termine bem, com o campeão sendo quem realmente merecer. Claro que há uma pressão interna para que o Brasil levante o caneco pela sexta vez, mas italianos, espanhóis, argentinos, uruguaios, alemães, ingleses e franceses vão fazer o possível para evitar. Vamos dar um voto de confiança à arbitragem desta Copa. Que ela possa se redimir, principalmente nos jogos decisivos.
O problema é mundial. No Brasil, temos os piores árbitros do mundo, tanto que apenas o medíocre Sandro Meira Ricci está na Copa. Não esperávamos tantos erros primários já na primeira rodada. Tem gente que aposta em complô para favorecer o dono da casa. Outro dia, em conversa com um amigo, muito esclarecido, ele me disse que até hoje acha que a Copa da França foi vendida pelo Brasil ou pela Nike ou por Ricardo Teixeira. Nem dei mais atenção. Como alguém vai combinar com 50 pessoas de cada delegação a compra de um título? As outras 30 seleções também estavam na gaveta? Sugeri ao amigo que revisse aquela final e entendesse que, se jogássemos 10 vezes como jogamos, perderíamos todas. Os franceses atuaram como nunca. Nem mesmo a convulsão de Ronaldo é motivo para lamentarmos. Mesmo com ele inteiro, ninguém superaria Zidane e cia.
No dia em que acreditarmos que uma competição foi vendida, teremos de parar com o futebol. Lamentavelmente, há corrupção em todos os setores, mas daí a dizer que o resultado de uma final de Copa já está determinado, há uma distância abissal. Quanto vale levantar a taça mais cobiçada do planeta? O Brasil é o dono deste Mundial apenas por sediá-lo, jamais por tê-lo comprado. O erro do japonês não foi roubo, como disse a imprensa argentina, que, curiosamente, não usou o mesmo termo quando Maradona marcou com a mão contra a Inglaterra, no México’1986.
Erros de arbitragem sempre vão existir. Os juízes são humanos e não dispõem de 50 câmeras na hora em que têm de decidir sobre um lance em frações de segundos. Penso que foi um erro a escalação do japonês para a abertura. Talvez no subconsciente ele tenha carregado a culpa por não ter dado um pênalti em Kaká em 2010, quando o Brasil ganhava da Holanda de 1 a 0. A declaração de Fred, em vídeo gravado pela CBF, faz parte do show. Ele é reincidente em simular jogadas desse tipo.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, já acena com a possibilidade de imitar o basquete norte-americano, parando o jogo para que o árbitro, com a ajuda de um monitor de TV, possa avaliar melhor a jogada. O problema é que ainda poderá persistir a dúvida. Muitas vezes, vemos o lance 50 vezes e não chegamos a uma conclusão. E o chefe da arbitragem, o italiano Massimo Busacca, é contra tal recurso. Portanto, teremos de conviver com os erros. Desde que sejam humanos, fazem parte do futebol.
Lamento que a Copa comece sob suspeita, mas espero que termine bem, com o campeão sendo quem realmente merecer. Claro que há uma pressão interna para que o Brasil levante o caneco pela sexta vez, mas italianos, espanhóis, argentinos, uruguaios, alemães, ingleses e franceses vão fazer o possível para evitar. Vamos dar um voto de confiança à arbitragem desta Copa. Que ela possa se redimir, principalmente nos jogos decisivos.
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