COLUNA DO JAECI »
Ufa! Chegamos às oitavas
"Os chilenos realmente têm uma de suas
melhores seleções nos últimos tempos, com futebol superior ao nosso, mas
jamais perdemos deles em Copas"
Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 24/06/2014
Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 24/06/2014
O Brasil chegou lá.
Está nas oitavas de final da Copa, mesmo aos trancos e barrancos, com
futebol pobre, que não convence nem os mais otimistas. A atuação contra
Camarões confirmou os erros anteriores: falta de criatividade e de
qualidade. Neymar, com alguns lampejos e outras firulas, fez dois gols.
Fred desencantou, conforme previ, e Fernandinho selou os 4 a 1. Felipão
voltou com o time da estreia. Conhecendo-o bem, antecipei isso na coluna
de ontem. Só espero que sua previsibilidade não nos tire do Mundial
mais cedo.
O time continuou burocrático, com buracos entre os setores. E olhem que o adversário, já eliminado e com problemas internos, não estava nem aí para a partida. É lamentável como tem gente querendo tapar o sol com a peneira ao tentar encher a bola dessa Seleção. Um armador que não arma, Oscar. Um atacante que não pega na bola, Fred. E volantes que não sabem conduzi-la ou fazer um lançamento.
Neymar pintou e bordou, marcou dois gols, deu chapéu, fez gracinhas. Quero ver o mesmo diante de adversários fortes. E a zaga, para muitos a melhor do mundo, falhou no gol camaronês e em outros lances. Eu tinha certeza da vitória, mas mais pelo desinteresse de Camarões, que esteve até sob suspeita de manipular o resultado.
Vejam que só pegamos equipes de segunda linha. Como o Chile, próximo adversário, sábado, no Mineirão. Os chilenos realmente têm uma de suas melhores seleções nos últimos tempos, com futebol superior ao nosso, mas jamais perdemos deles em Copas. Lembro-me bem das oitavas de 1998, no Parque dos Príncipes: uma goleada por 4 a 1, com dois gols de César Sampaio e dois de Ronaldo. O problema é que não temos mais o Fenômeno nem um volante do nível do outro. Para avançar, o Brasil terá de jogar pelo menos o dobro do que tem jogado. Não vejo como esse time possa melhorar, com um treinador ranzinza, que não admite erros, e jogadores limitados.
Felipão deve olhar para o grupo e perceber que errou ao apostar somente em um suposto criador de jogadas: Oscar, reserva no Chelsea e ainda por se firmar na Europa. Gostaria muito de apostar no Brasil, mas, sinceramente, até o Chile eu temo. Num futebol em que a condição física anda parando jogadores técnicos, fica tudo muito igual. Mas em casa seria inadmissível cairmos aqui no Gigante da Pampulha.
Tenho recebido mensagens de leitores dizendo que ando muito pessimista. Respeito todas as opiniões, mas me baseio na experiência de 25 anos cobrindo a Seleção. Na minha sexta Copa, preferi não cobrir os três primeiros jogos agora para cuidar do Alterosa no ataque. Vi apenas Bélgica 2 x 1 Argélia, no Mineirão. Irei à partida contra o Chile e, se avançarmos, na seguinte. Competir com Globo, Band e TVs a cabo, que mostram jogos ao vivo, e ainda assim arrancar pontos importantes no Ibope me enche de orgulho. E como é bom poder acompanhar todos os jogos, pois nas cinco Copas anteriores fiquei grudado no Brasil.
O importante mesmo para a torcida é que a Seleção tem a faca e o queijo na mão para liquidar Alexis Sánchez e cia. e chegar às quartas. Nelas, poderemos encarar Itália, Uruguai ou Colômbia. Prefiro a última. Mesmo atuando bem, não é páreo para o Brasil, em termos de tradição.
Vi uma luz no fim do túnel quando Felipão trocou Paulinho por Fernandinho. Talvez esteja aí a chance de organizar melhor o meio-campo. No mais, não há mesmo no que mexer. Resta saber se essa turma pode mudar da água para o vinho até sábado, às 13h, no Mineirão. Se mudar, vou aplaudir e torcer muito para continuarmos avançando. Por enquanto, fico com a realidade de um futebol sofrido, longe de representar a condição de único pentacampeão do planeta.
O time continuou burocrático, com buracos entre os setores. E olhem que o adversário, já eliminado e com problemas internos, não estava nem aí para a partida. É lamentável como tem gente querendo tapar o sol com a peneira ao tentar encher a bola dessa Seleção. Um armador que não arma, Oscar. Um atacante que não pega na bola, Fred. E volantes que não sabem conduzi-la ou fazer um lançamento.
Neymar pintou e bordou, marcou dois gols, deu chapéu, fez gracinhas. Quero ver o mesmo diante de adversários fortes. E a zaga, para muitos a melhor do mundo, falhou no gol camaronês e em outros lances. Eu tinha certeza da vitória, mas mais pelo desinteresse de Camarões, que esteve até sob suspeita de manipular o resultado.
Vejam que só pegamos equipes de segunda linha. Como o Chile, próximo adversário, sábado, no Mineirão. Os chilenos realmente têm uma de suas melhores seleções nos últimos tempos, com futebol superior ao nosso, mas jamais perdemos deles em Copas. Lembro-me bem das oitavas de 1998, no Parque dos Príncipes: uma goleada por 4 a 1, com dois gols de César Sampaio e dois de Ronaldo. O problema é que não temos mais o Fenômeno nem um volante do nível do outro. Para avançar, o Brasil terá de jogar pelo menos o dobro do que tem jogado. Não vejo como esse time possa melhorar, com um treinador ranzinza, que não admite erros, e jogadores limitados.
Felipão deve olhar para o grupo e perceber que errou ao apostar somente em um suposto criador de jogadas: Oscar, reserva no Chelsea e ainda por se firmar na Europa. Gostaria muito de apostar no Brasil, mas, sinceramente, até o Chile eu temo. Num futebol em que a condição física anda parando jogadores técnicos, fica tudo muito igual. Mas em casa seria inadmissível cairmos aqui no Gigante da Pampulha.
Tenho recebido mensagens de leitores dizendo que ando muito pessimista. Respeito todas as opiniões, mas me baseio na experiência de 25 anos cobrindo a Seleção. Na minha sexta Copa, preferi não cobrir os três primeiros jogos agora para cuidar do Alterosa no ataque. Vi apenas Bélgica 2 x 1 Argélia, no Mineirão. Irei à partida contra o Chile e, se avançarmos, na seguinte. Competir com Globo, Band e TVs a cabo, que mostram jogos ao vivo, e ainda assim arrancar pontos importantes no Ibope me enche de orgulho. E como é bom poder acompanhar todos os jogos, pois nas cinco Copas anteriores fiquei grudado no Brasil.
O importante mesmo para a torcida é que a Seleção tem a faca e o queijo na mão para liquidar Alexis Sánchez e cia. e chegar às quartas. Nelas, poderemos encarar Itália, Uruguai ou Colômbia. Prefiro a última. Mesmo atuando bem, não é páreo para o Brasil, em termos de tradição.
Vi uma luz no fim do túnel quando Felipão trocou Paulinho por Fernandinho. Talvez esteja aí a chance de organizar melhor o meio-campo. No mais, não há mesmo no que mexer. Resta saber se essa turma pode mudar da água para o vinho até sábado, às 13h, no Mineirão. Se mudar, vou aplaudir e torcer muito para continuarmos avançando. Por enquanto, fico com a realidade de um futebol sofrido, longe de representar a condição de único pentacampeão do planeta.
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