A classe C vai ao exterior
Virgínia Câmara
Estado de Minas: 19/07/2014
Virgínia Câmara
Estado de Minas: 19/07/2014
Neste ano, a chamada
classe média, ou classe C, pretende consumir 8,5 milhões de viagens
nacionais e traçar 3,2 milhões de roteiros internacionais, segundo o
estudo “Faces da classe média”, realizado pela Serasa Experian e o
Instituto Data Popular. Esses números são excelente notícia não apenas
para o setor de turismo, que está mais aquecido com o aumento do poder
aquisitivo desse público, mas também para os novos turistas, que podem
agora se aventurar mundo afora. Em suma, caiu por terra a ideia de que
fazer turismo fora do Brasil é artigo de luxo entre a população.
A pesquisa considera classe C as famílias cuja renda mensal per capita (por pessoa) varia de R$ 320 a R$ 1.120. Consumindo cada vez mais, essa parcela da população, que atualmente é composta por aproximadamente 108 milhões de pessoas no Brasil, gastou mais de R$ 1,17 trilhão em 2013 e movimentou 58% do crédito no país.
Já há alguns anos, a classe média deixou de ser mera classificação de segmento de mercado e, para a maioria das categorias, incluindo o setor de turismo, tornou-se um dos principais públicos consumidores. Dessa forma, a tendência é a de que redes hoteleiras, operadoras de turismo e companhias aéreas aproveitem essa expansão do turismo popular para aumentar as ações dirigidas a essa fatia da população. Mas é bom lembrar que o crescimento deve vir acompanhado por um atendimento de qualidade: a classe C está ciente de seu papel na economia e cada vez mais exigente com os produtos e serviços a que tem acesso, buscando qualidade e excelência.
Países vizinhos ao Brasil, na América do Sul, como Chile, Argentina e Peru, são excelentes opções de turismo, por terem passagens mais acessíveis e câmbio favorável.
Outra pesquisa sobre a classe média encomendada pelo Ministério do Turismo, o projeto “Classe C e D, o novo mercado para o turismo brasileiro”, revela que, de modo geral, esses turistas têm comportamento e visão específicos de passeios, viagens, excursões e turismo. Eles costumam viajar em grupo e percebem a experiência como uma forma de fortalecer laços de sociabilidade.
Uma curiosidade é que 92% das viagens realizadas por pessoas desse segmento são pagas à vista, ou seja, os consumidores pouparam dinheiro para realizar esse sonho. Outra constatação do Ministério do Turismo é que o desejo de viajar para o exterior é mais forte junto ao público jovem, que tem tendência a querer conhecer novas culturas e se aventurar pelo mundo.
Essa informação revela o potencial dos jovens da classe C para estudar em outros países, indo além do turismo de lazer, e engrossar as estatísticas da Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta). Conforme a pesquisa “Mercado de educação internacional e intercâmbio do Brasil”, o brasileiro nunca viajou tanto para estudar no exterior. Em 10 anos, o número cresceu seis vezes; em 2014, cerca de 230 mil estudantes farão as malas – 15% a mais do que no ano passado.
É certo que o custo de vida no local de destino, o câmbio favorável à moeda brasileira e as oportunidades de trabalho são fatores decisivos. Por exemplo, Austrália e Nova Zelândia são os países mais interessantes para brasileiros trabalharem; sobre o câmbio, a Cidade do Cabo tem a moeda local barata em relação ao real. Ou seja, para realizar esse objetivo, basta adequar o sonho ao orçamento.
A pesquisa considera classe C as famílias cuja renda mensal per capita (por pessoa) varia de R$ 320 a R$ 1.120. Consumindo cada vez mais, essa parcela da população, que atualmente é composta por aproximadamente 108 milhões de pessoas no Brasil, gastou mais de R$ 1,17 trilhão em 2013 e movimentou 58% do crédito no país.
Já há alguns anos, a classe média deixou de ser mera classificação de segmento de mercado e, para a maioria das categorias, incluindo o setor de turismo, tornou-se um dos principais públicos consumidores. Dessa forma, a tendência é a de que redes hoteleiras, operadoras de turismo e companhias aéreas aproveitem essa expansão do turismo popular para aumentar as ações dirigidas a essa fatia da população. Mas é bom lembrar que o crescimento deve vir acompanhado por um atendimento de qualidade: a classe C está ciente de seu papel na economia e cada vez mais exigente com os produtos e serviços a que tem acesso, buscando qualidade e excelência.
Países vizinhos ao Brasil, na América do Sul, como Chile, Argentina e Peru, são excelentes opções de turismo, por terem passagens mais acessíveis e câmbio favorável.
Outra pesquisa sobre a classe média encomendada pelo Ministério do Turismo, o projeto “Classe C e D, o novo mercado para o turismo brasileiro”, revela que, de modo geral, esses turistas têm comportamento e visão específicos de passeios, viagens, excursões e turismo. Eles costumam viajar em grupo e percebem a experiência como uma forma de fortalecer laços de sociabilidade.
Uma curiosidade é que 92% das viagens realizadas por pessoas desse segmento são pagas à vista, ou seja, os consumidores pouparam dinheiro para realizar esse sonho. Outra constatação do Ministério do Turismo é que o desejo de viajar para o exterior é mais forte junto ao público jovem, que tem tendência a querer conhecer novas culturas e se aventurar pelo mundo.
Essa informação revela o potencial dos jovens da classe C para estudar em outros países, indo além do turismo de lazer, e engrossar as estatísticas da Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta). Conforme a pesquisa “Mercado de educação internacional e intercâmbio do Brasil”, o brasileiro nunca viajou tanto para estudar no exterior. Em 10 anos, o número cresceu seis vezes; em 2014, cerca de 230 mil estudantes farão as malas – 15% a mais do que no ano passado.
É certo que o custo de vida no local de destino, o câmbio favorável à moeda brasileira e as oportunidades de trabalho são fatores decisivos. Por exemplo, Austrália e Nova Zelândia são os países mais interessantes para brasileiros trabalharem; sobre o câmbio, a Cidade do Cabo tem a moeda local barata em relação ao real. Ou seja, para realizar esse objetivo, basta adequar o sonho ao orçamento.
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