COLUNA DO JAECI »
Manutenção inadmissível
"Não perdemos de 2 a 1 da Alemanha, mas
de 7 a 1. Viramos chacota no mundo, principalmente entre os argentinos,
que estão deitando e rolando"
Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 12/07/2014
Parreira e Felipão (foto) disseram ser inadmissível o Brasil não ganhar a Copa em casa. Por incompetência própria e pela safra ruim dos convocados, ficarão no máximo em terceiro lugar, se vencerem a Holanda hoje, no que não acredito. Acho absurdo que eles aceitem como resultado normal os 7 a 1 que a Alemanha impôs à Seleção. Em outra época, a dupla já estaria na rua da amargura. Aliás, amargura não, porque ambos são milionários. Mas é lamentável que ainda se apeguem ao cargo depois do vexame no Mineirão.
Pior é saber que a direção da CBF ainda não os demitiu. Eu poria até o roupeiro para dirigir o time em Brasília, mas jornalistas puxa-sacos já forçam a barra para dizer que o comando será mantido. Só se o atual e o próximo presidentes da CBF estiverem fora de suas faculdades mentais. Manter fracassados que ajudaram a sujar o nome do futebol brasileiro com o maior vexame da história o torcedor jamais aceitará.
Não perdemos de 2 a 1 da Alemanha, mas de 7 a 1. Viramos chacota no mundo, principalmente entre os argentinos, que estão deitando e rolando. Sei que quando a Alemanha for tetra amanhã, vai nos restar o consolo de saber que os hermanos também não ergueram a taça, mas lembremos: começaremos a perder a condição de únicos pentas, em 2018, quando os germânicos voltarão fortes.
Não me canso de dizer: os treinadores gaúchos mataram o futebol do país, com palavras de ordem como: marca, pega, diminui, dá porrada... Eles e os vários enganadores que dirigem os nossos times. Não existe um nome de referência, ninguém inovador. São os mesmos esquemas ultrapassados, que não levam a lugar nenhum. Cansamos dessa gente que ganha salários irreais, engana aqui e ali e deixa o clube falido. Culpa de dirigentes irresponsáveis, que gastam o que não lhes pertence. Essa bola de neve terá de se desfazer em breve. Os clubes, de pires na mão, devem bilhões ao fisco e pedem parcelamento da dívida.
As divisões de base, antigamente treinadas por pessoas competentes, como Cilinho e Pepe, agora têm gente saindo da faculdade sem nunca ter dado um chute na bola, mas que se acha dona do mundo. Esses acadêmicos também ajudaram a matar o futebol brasileiro. Muita teoria e pouca prática. Nós, da imprensa, somos outros culpados, por endeusar qualquer treinador que surge, comparando-o a um Telê Santana.
Por isso defendo um técnico estrangeiro, até mesmo argentino, para dirigir a Seleção. Precisamos mudar a mentalidade, o conceito de futebol, mas, com esses técnicos daqui, não há nenhuma chance. São incapazes de fazer um estágio na Europa, para aprender e se modernizar. Adotam táticas das décadas de 1960 e 1970, sem a competência daquela. Meros distribuidores de camisa, faturam fortunas e em dois anos fazem a vida. Quem ganha R$ 5 milhões por ano, em duas temporadas terá R$ 10 milhões. Se não quiser trabalhar mais, aplicará na poupança e viverá com R$ 60 mil mensais. Dá ou não para viver?
Ou se dá um choque no nosso futebol, reduzindo salários de técnicos e jogadores, investindo na base de forma eficiente, ou acabaremos com o pouco que resta. É melhor pagar mais a formadores de talentos do que a essa turma que comanda as equipes do país. Chegamos ao fundo do poço, mas, sem mudar a filosofia, conseguiremos afundar ainda mais. Lembro que, se não fosse o árbitro japonês da estreia contra a Croácia, poderíamos ter sido eliminados bem antes. Pelo menos não passaríamos pelo vexame de tomar sete dos alemães.
Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 12/07/2014
Parreira e Felipão (foto) disseram ser inadmissível o Brasil não ganhar a Copa em casa. Por incompetência própria e pela safra ruim dos convocados, ficarão no máximo em terceiro lugar, se vencerem a Holanda hoje, no que não acredito. Acho absurdo que eles aceitem como resultado normal os 7 a 1 que a Alemanha impôs à Seleção. Em outra época, a dupla já estaria na rua da amargura. Aliás, amargura não, porque ambos são milionários. Mas é lamentável que ainda se apeguem ao cargo depois do vexame no Mineirão.
Pior é saber que a direção da CBF ainda não os demitiu. Eu poria até o roupeiro para dirigir o time em Brasília, mas jornalistas puxa-sacos já forçam a barra para dizer que o comando será mantido. Só se o atual e o próximo presidentes da CBF estiverem fora de suas faculdades mentais. Manter fracassados que ajudaram a sujar o nome do futebol brasileiro com o maior vexame da história o torcedor jamais aceitará.
Não perdemos de 2 a 1 da Alemanha, mas de 7 a 1. Viramos chacota no mundo, principalmente entre os argentinos, que estão deitando e rolando. Sei que quando a Alemanha for tetra amanhã, vai nos restar o consolo de saber que os hermanos também não ergueram a taça, mas lembremos: começaremos a perder a condição de únicos pentas, em 2018, quando os germânicos voltarão fortes.
Não me canso de dizer: os treinadores gaúchos mataram o futebol do país, com palavras de ordem como: marca, pega, diminui, dá porrada... Eles e os vários enganadores que dirigem os nossos times. Não existe um nome de referência, ninguém inovador. São os mesmos esquemas ultrapassados, que não levam a lugar nenhum. Cansamos dessa gente que ganha salários irreais, engana aqui e ali e deixa o clube falido. Culpa de dirigentes irresponsáveis, que gastam o que não lhes pertence. Essa bola de neve terá de se desfazer em breve. Os clubes, de pires na mão, devem bilhões ao fisco e pedem parcelamento da dívida.
As divisões de base, antigamente treinadas por pessoas competentes, como Cilinho e Pepe, agora têm gente saindo da faculdade sem nunca ter dado um chute na bola, mas que se acha dona do mundo. Esses acadêmicos também ajudaram a matar o futebol brasileiro. Muita teoria e pouca prática. Nós, da imprensa, somos outros culpados, por endeusar qualquer treinador que surge, comparando-o a um Telê Santana.
Por isso defendo um técnico estrangeiro, até mesmo argentino, para dirigir a Seleção. Precisamos mudar a mentalidade, o conceito de futebol, mas, com esses técnicos daqui, não há nenhuma chance. São incapazes de fazer um estágio na Europa, para aprender e se modernizar. Adotam táticas das décadas de 1960 e 1970, sem a competência daquela. Meros distribuidores de camisa, faturam fortunas e em dois anos fazem a vida. Quem ganha R$ 5 milhões por ano, em duas temporadas terá R$ 10 milhões. Se não quiser trabalhar mais, aplicará na poupança e viverá com R$ 60 mil mensais. Dá ou não para viver?
Ou se dá um choque no nosso futebol, reduzindo salários de técnicos e jogadores, investindo na base de forma eficiente, ou acabaremos com o pouco que resta. É melhor pagar mais a formadores de talentos do que a essa turma que comanda as equipes do país. Chegamos ao fundo do poço, mas, sem mudar a filosofia, conseguiremos afundar ainda mais. Lembro que, se não fosse o árbitro japonês da estreia contra a Croácia, poderíamos ter sido eliminados bem antes. Pelo menos não passaríamos pelo vexame de tomar sete dos alemães.
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