Fatos
Eduardo Almeida Reis - eduardo.reis@uai.com.br
Estado de Minas: 06/07/2014
Eduardo Almeida Reis - eduardo.reis@uai.com.br
Estado de Minas: 06/07/2014
A vulgarização e
os preços baixíssimos das lavadoras de roupas fizeram que as mulheres
realmente sérias, para não perder o hábito, passassem a desejar
namorados e maridos com barrigas de tanquinho. O craque madeirense
Cristiano Ronaldo tem barriga de tanquinho e namora modelo russa de
notável beleza. Anos atrás, pulou a cerca à lusitana e obteve um
filhinho pardo. Depois do teste de DNA, comprou o guri de uma senhora
que ninguém sabe quem é, menino que está a criar por uma tia na Ilha da
Madeira.
Lavadoras de roupas são recentes no Brasil. Ainda me lembro da primeira que comprei, já adulto, em prestações mensais, para dar de presente a velhas parentas que só conheciam os tanques. De aço inox, era um tanquinho e custava bom dinheiro. Depois disso, perdi a conta das máquinas que comprei até chegar à LG atual, lavadora e secadora, vidro redondo na frente, que só falta falar: é o tipo do trem danado de chique.
Assunto que veio à baila hoje cedo, diante do espelho, quando me preparava para tomar banho. Macérrimo pelos meus padrões, resta a barriguinha cultivada pelos chopes diários durante séculos. Fosse tanquinho, não adiantaria nada, porque a voltagem, que já foi 220V na dependência da tomada, hoje... deixa isso pra lá.
Duas das maiores emoções estéticas que tive no tempo de antigamente envolveram moças de vestidos transparentes, colantes, sem sutiãs e calcinhas, lavando roupas nas pedras de rios. Uma delas entre Montes Claros e Janaúba, Norte de Minas; outra em Coronel Pacheco, Zona da Mata. Deve ter sido uma tara como outra qualquer. Chego às 264 palavras e acho prudente parar por aqui. Certa memorialística pode ser perigosa.
Perfídia
Numa coluna muito badalada leio notícia que, em matéria de perfídia, de má-fé, deve ser o recorde mundial. Vejamos a nota em itálico: A VÍTIMA É NEGRA. O próximo número do Relatório das Desigualdades Raciais, editado pelo Laeser e coordenado pelo economista Marcelo Paixão, trará uma série de números que mostram, mais uma vez, o grave quadro de desigualdade racial. Veja só. Em 2012, vitimadas por agressão, morreram 56.337 pessoas em todo o Brasil. Em relação ao ano anterior, ocorreu um aumento médio no número total de homicídios de 8%. Do total de vítimas em 2012, 68% eram negros e pardos.
Década perdida...
Segue: no ano de 2002, isso é, dez anos antes, esse mesmo peso relativo foi de 53%. Ou seja, no intervalo, o percentual relativo dos afrodescendentes junto à população vítima de homicídio cresceu 15 pontos.
Analisemos a má-fé do colunista. Se em 2012, do total de vítimas de homicídios, 68% foram de pessoas negras e pardas, é sinal de que estão matando proporcionalmente mais brancos, pois a população negra e parda no Brasil é muito maior do que 68%. O “aumento” de 53% para 68% entre 2002 e 2012 é fácil de explicar: nesses dez anos, o fato de a pessoa declarar-se negra ou parda só faz aumentar, e muito, a possibilidade de entrar nas universidades e no funcionalismo público. É aquela conversa das cotas raciais. Hoje, portanto, até um norueguês nacionalizado brasileiro, que pretenda entrar para o serviço público, vai jurar que é pardo. E não será barrado pela cor da pele, porque sou muito mais branco do que a maioria dos noruegueses e tenho sangue angolano.
Bizu
Na flor dos seus 85 aninhos, famosa socialite brasileira mereceu perfil de página inteira, com foto colorida, num jornal de circulação nacional. Almoçando no restaurante da Maison de France, no Rio, quando a ilustre senhora andaria pelos 45 aninhos, sentei-me próximo de sua mesa e pude constatar que ela tinha mesmo um bizu, um brilho, espargia magnetismo pessoal capaz de derrubar gregos, troianos e cariocas, como este que lhes fala.
Os pormenores de sua vida amorosa, como o filho que teve com o irmão de seu marido, não cabem numa coluna séria escrita por um sujeito seriíssimo. Só posso dizer que foi aluna do Colégio de Sion, no Rio, casou-se com um industrial rico e um dos seus filhos foi providenciado pelo irmão do industrial, fato explicável pela atração cunhadia.
O mundo é uma bola
6 de julho de 1483: Ricardo III é coroado rei da Inglaterra. Reinou até morrer, em 1485. Foi o último rei da Casa de Iorque e o último da Dinastia Plantageneta, derrotado na batalha de Bosworth Field, confronto decisivo da Guerra das Rosas, data que tem sido considerada o fim da Idade Média na Inglaterra.
Em 1560, assinado o Tratado de Edimburgo entre a Escócia e a Inglaterra. Em 1785, o dólar é escolhido para moeda oficial dos Estados Unidos.
Em 1885, Louis Pasteur testa com sucesso sua vacina antirrábica em Joseph Meister, menino mordido por um cão raivoso.
Em 1891, fundação da cidade de Teresópolis, na região serrana do RJ, onde fica a insuportável Granja Comary, muito em evidência desde o dia 26 de maio de 2014.
Ruminanças
“No futebol, a cabeça é o terceiro pé” (Sérgio Porto, 1923-1968).
Lavadoras de roupas são recentes no Brasil. Ainda me lembro da primeira que comprei, já adulto, em prestações mensais, para dar de presente a velhas parentas que só conheciam os tanques. De aço inox, era um tanquinho e custava bom dinheiro. Depois disso, perdi a conta das máquinas que comprei até chegar à LG atual, lavadora e secadora, vidro redondo na frente, que só falta falar: é o tipo do trem danado de chique.
Assunto que veio à baila hoje cedo, diante do espelho, quando me preparava para tomar banho. Macérrimo pelos meus padrões, resta a barriguinha cultivada pelos chopes diários durante séculos. Fosse tanquinho, não adiantaria nada, porque a voltagem, que já foi 220V na dependência da tomada, hoje... deixa isso pra lá.
Duas das maiores emoções estéticas que tive no tempo de antigamente envolveram moças de vestidos transparentes, colantes, sem sutiãs e calcinhas, lavando roupas nas pedras de rios. Uma delas entre Montes Claros e Janaúba, Norte de Minas; outra em Coronel Pacheco, Zona da Mata. Deve ter sido uma tara como outra qualquer. Chego às 264 palavras e acho prudente parar por aqui. Certa memorialística pode ser perigosa.
Perfídia
Numa coluna muito badalada leio notícia que, em matéria de perfídia, de má-fé, deve ser o recorde mundial. Vejamos a nota em itálico: A VÍTIMA É NEGRA. O próximo número do Relatório das Desigualdades Raciais, editado pelo Laeser e coordenado pelo economista Marcelo Paixão, trará uma série de números que mostram, mais uma vez, o grave quadro de desigualdade racial. Veja só. Em 2012, vitimadas por agressão, morreram 56.337 pessoas em todo o Brasil. Em relação ao ano anterior, ocorreu um aumento médio no número total de homicídios de 8%. Do total de vítimas em 2012, 68% eram negros e pardos.
Década perdida...
Segue: no ano de 2002, isso é, dez anos antes, esse mesmo peso relativo foi de 53%. Ou seja, no intervalo, o percentual relativo dos afrodescendentes junto à população vítima de homicídio cresceu 15 pontos.
Analisemos a má-fé do colunista. Se em 2012, do total de vítimas de homicídios, 68% foram de pessoas negras e pardas, é sinal de que estão matando proporcionalmente mais brancos, pois a população negra e parda no Brasil é muito maior do que 68%. O “aumento” de 53% para 68% entre 2002 e 2012 é fácil de explicar: nesses dez anos, o fato de a pessoa declarar-se negra ou parda só faz aumentar, e muito, a possibilidade de entrar nas universidades e no funcionalismo público. É aquela conversa das cotas raciais. Hoje, portanto, até um norueguês nacionalizado brasileiro, que pretenda entrar para o serviço público, vai jurar que é pardo. E não será barrado pela cor da pele, porque sou muito mais branco do que a maioria dos noruegueses e tenho sangue angolano.
Bizu
Na flor dos seus 85 aninhos, famosa socialite brasileira mereceu perfil de página inteira, com foto colorida, num jornal de circulação nacional. Almoçando no restaurante da Maison de France, no Rio, quando a ilustre senhora andaria pelos 45 aninhos, sentei-me próximo de sua mesa e pude constatar que ela tinha mesmo um bizu, um brilho, espargia magnetismo pessoal capaz de derrubar gregos, troianos e cariocas, como este que lhes fala.
Os pormenores de sua vida amorosa, como o filho que teve com o irmão de seu marido, não cabem numa coluna séria escrita por um sujeito seriíssimo. Só posso dizer que foi aluna do Colégio de Sion, no Rio, casou-se com um industrial rico e um dos seus filhos foi providenciado pelo irmão do industrial, fato explicável pela atração cunhadia.
O mundo é uma bola
6 de julho de 1483: Ricardo III é coroado rei da Inglaterra. Reinou até morrer, em 1485. Foi o último rei da Casa de Iorque e o último da Dinastia Plantageneta, derrotado na batalha de Bosworth Field, confronto decisivo da Guerra das Rosas, data que tem sido considerada o fim da Idade Média na Inglaterra.
Em 1560, assinado o Tratado de Edimburgo entre a Escócia e a Inglaterra. Em 1785, o dólar é escolhido para moeda oficial dos Estados Unidos.
Em 1885, Louis Pasteur testa com sucesso sua vacina antirrábica em Joseph Meister, menino mordido por um cão raivoso.
Em 1891, fundação da cidade de Teresópolis, na região serrana do RJ, onde fica a insuportável Granja Comary, muito em evidência desde o dia 26 de maio de 2014.
Ruminanças
“No futebol, a cabeça é o terceiro pé” (Sérgio Porto, 1923-1968).
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