HISTÓRIA ESCRITA »
O Mundial de A a Z
Lances fora e dentro de campo que marcaram o Mundial do Brasil como o maior de todos
Lances fora e dentro de campo que marcaram o Mundial do Brasil como o maior de todos
Daniel Camargos
Estado de Minas: 14/07/2014
A
Alfredo Di Stéfano
Nascido na Argentina, o craque defendeu seu país natal, a Espanha e a Colômbia, mas nunca disputou uma Copa do Mundo. Ironia do destino foi ter morrido, aos 88 anos, durante aquela que é considerada a Copa das Copas, realizada no Brasil. Na semifinal entre Holanda e Argentina foi feito um minuto de silêncio pela memória de La Saeta Rubia (a Flecha Loira, em português) como ficou conhecido.
B
Barbosa
A alma e o nome do goleiro da fatídica final de 1950, quando o Brasil foi derrotado pelo Uruguai, poderão, finalmente, ter paz. Com o vexame dos comandados de Luiz Felipe Scolari, Barbosa, Bigode, Friaça e os outros jogadores amaldiçoados pelo fantasma do Maracanazzo não terão que carregar mais o peso da pior derrota da Seleção Brasileira de todos os tempos.
C
Costa Rica
Os Ticos, como são conhecidos os jogadores da seleção da América Central, foram a sensação do torneio. Passaram fácil pelo grupo da morte, após vencer o Uruguai e a Itália, além de empatar com os ingleses. Na raça e nos pênaltis conseguiram bater a Grécia e chegar às quartas de final. Porém, faltou sorte e foram eliminados nos pênaltis pela Holanda.
D
Dentada
A mordida de Luiz Suárez entrará em todas edições dos momentos mais marcantes da Copa. Quando cravou os caninos no ombro do italiano Chiellini, o atacante repetia a dentada que já havia dado quando jogava pelo Ajax e mais recentemente pelo Liverpool. A Fifa aplicou punição de nove partidas oficiais, proibiu o uruguaio de participar de qualquer atividade relacionada ao futebol por quatro meses e até de frequentar estádios.
E
Elefantes brancos
Um desafio para os gestores públicos e comandantes do futebol brasileiro – além de reerguer o moral destroçado pelos alemães – é não deixar que algumas das arenas do Mundial se transformem em elefantes brancos, ou seja, monumentos de concreto sem utilidade. As candidatas a vitrines do desperdício são a Arena Pantanal (Cuiabá), Mané Garrincha (Brasília), Castelão (Fortaleza), Arena Amazônia (Manaus) e Arena das Dunas (Natal).
F
Faryd Mondragón
Quando o goleiro colombiano nasceu, Pelé ainda vestia a camisa 10 do Santos. Mondragón entrou em campo quando a Seleção Colombiana vencia o Japão por 3 a1, em Cuiabá, e se tornou o jogador mais velho a atuar em um Mundial. Aos 43 anos, superou o camaronês Roger Milla, que jogou com 42 anos em 1994.
G
Götze
O armador Mario Götze entrou para a história do futebol mundial ao marcar o gol que deu à Alemanha o título da Copa do Mundo 2014. O jogador, que nasceu em Memmingen, em 3 de junho de 1992, começou a carreira nas categorias de base do Ronsberg-ALE quando tinha apenas 5 anos. Hoje atua pelo Bayern de Munique. Fez sua estreia como atleta profissional em 21 de novembro de 2009, com apenas 17 anos.
H
Hermanos
A festa maior nas ruas e estádios ficou por conta deles, os hermanos, como nos referimos carinhosamente aos latinos que falam espanhol e comandaram a alegria. Chilenos, uruguaios, colombianos, mexicanos, equatorianos e costarriquenhos deram uma lição aos brasileiros sobre como torcer com alegria e criatividade. No caso dos argentinos, com músicas criativas, que preenchem os minutos de silêncio e alentam durante o jogo.
I
Imagem
O abraço do zagueiro brasileiro David Luiz no craque colombiano James Rodríguez, após o Brasil eliminar a Colômbia nas quartas de final, foi a imagem da Copa. O carismático brasileiro consolou o habilidoso canhoto e pediu que a torcida presente no estádio em Fortaleza aplaudisse o camisa 10 colombiano. Tudo, como foi de praxe na Copa, com muitas lágrimas derramadas.
J
João Pedro Sabino
O garoto de 13 anos é um representante da alegria do brasileiro em receber a Copa. Três dias antes de o Mundial começar, vários jornalistas aguardavam a chegada da Seleção de Honduras em um hotel em Porto Feliz (SP). Com o atraso do voo, os jornalistas reclamavam da fome. João Pedro e seu avô, Benedito Sabino, escutaram os lamentos, foram em casa fritar salgadinhos e alimentaram (gratuitamente) a imprensa.
K
Klose
Nascido na Polônia, o atacante que defende a Alemanha entrou definitivamente para história ao bater, na semifinal ante o Brasil, o recorde até então estabelecido por Ronaldo, de 15 gols. Klose marcou o décimo sexto e sem muita técnica e pouco marketing é dono de uma eficiência única e de um recorde gigante.
L
Lionel Messi
O atacante Lionel Messi, eleito pela Fifa quatro vezes o melhor jogador do mundo (2009-2010-2011-2012) e atual jogador do Barcelona, foi o responsável por conduzir a Seleção Argentina à final da Copa do Mundo. Após a partida de ontem com a Alemanha, o argentino recebeu da entidade máxima do futebol a Bola de Ouro, título dado ao melhor jogador do Mundial 2014.
M
Mineiratzen
Uma variação do Maracanazzo de 1950, porém com um toque cruel do idioma dos alemães, que impuseram um vexame ao time brasileiro no Gigante da Pampulha. Vale lembrar que a letra M é também de Mick Jagger, o vocalista dos Rolling Stones, considerado o maior pé-frio do futebol moderno e que estava lá – provavelmente sem meias – sentado na tribuna do Mineirão, ou melhor, Mineiratzen.
N
Não Vai ter Copa
O movimento que surgiu durante a Copa das Confederações no ano passado deixou a classe política estarrecida e abalou a popularidade de todos os governantes. Porém, com a chegada do Mundial, as vozes contrárias à realização da Copa e, principalmente, aos gastos exagerados, perdeu força. Houve protestos, mas pontuais e sem o apoio das massas que foram às ruas em junho do ano passado.
O
Ovo
Ingrediente fundamental do agora famoso mundialmente tropeiro do Mineirão, o ovo voltou em grande estilo – frito e com gema reluzente – no cardápio da Copa. Vale lembrar que após a inauguração do novo Mineirão, em janeiro de 2013, o tropeiro sofreu uma mutação drástica, gerando críticas e mais críticas. Na Copa, o prato recuperou a dignidade, mas o preço, infelizmente, seguiu o padrão Fifa.
P
Pataxós
Antes de alcançar o recorde, o atacante alemão Klose foi saudado com um parabéns inusitado para o padrão alemão. Índios de uma aldeia pataxó, localizada próxima a Santa Cruz Cabrália, no Sul do Bahia, onde os alemães ficaram concentrados, foram até o Centro de Treinamento e fizeram uma roda em torno do jogador para comemorar a chegada dos 36 anos do polonês naturalizado alemão.
Q
Queridinho
O título de mais simpático da Copa do Mundo pode ser disputado por vários nomes. Desde o camaronês Eto’o, que chorou ao se despedir de uma criança, fã do jogador. Passando pelo alemão Podolski, com postagens nas redes sociais descoladas e simpáticas. Outro que pode levar o troféu de Mister Simpatia é David Luiz, que fez caretas em fotos nas redes sociais, consolou adversários e foi poupado pela torcida após o vexame no Mineirão.
R
Rojo
O lateral-esquerdo argentino entrou no Mundial como um dos patinhos feios da seleção de Messi. Com boas atuações, conquistou espaço e o respeito da torcida. Fez um gol e entrou para o hall das estatísticas sem relevância ao ser o segundo lateral-esquerdo com nome de cor de um país latino-americano a marcar em uma Copa. A saber: Rojo é vermelho em espanhol e o primeiro da lista é o brasileiro Branco, que fez um golaço de falta em 1994.
S
Savassi
Começou com a febre amarela dos colombianos, depois vieram os belgas, argelinos, os milhares de argentinos, as belas iranianas, os beberrões ingleses, os simpáticos costarriquenhos, os fervorosos chilenos e os implacáveis alemães. A Savassi recebeu as torcidas que jogaram no Mineirão – e muitas outras nacionalidades – de braços abertos e foi palco de um carnaval temporão e multicultural que agradou de gregos aos muçulmanos.
T
Tim Krul
O goleiro reserva da Holanda foi personagem de uma substituição inusitada promovida pelo treinador Louis van Gaal. Nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação contra a Costa Rica, pelas quartas de final, o gigante (1,93m), que atua no Newcastle, substituiu o goleiro titular para representar os Laranjas nos pênaltis. Fez bonito e defendeu duas cobranças. Na semifinal, Van Gaal não quis usá-lo e os argentinos levaram a melhor nos pênaltis.
U
Urina
Na Savassi, nem tudo fui festa. Para quem precisava trabalhar ou passar pelo bairro no dia seguinte às grandes comemorações, o cheiro de urina era quase onipresente. A prefeitura não projetou que o local seria palco de multidões de até 20 mil pessoas e faltou infraestrutura, principalmente banheiros químicos. A combinação de muita cerveja e poucos banheiros resultou em uma multidão de mijões em muros, portões e árvores.
V
Vaias
No primeiro jogo da Copa, em São Paulo, parte da torcida vaiou a presidente Dilma Rousseff. Aliás, mais do que vaias, alguns torcedores xingaram a presidente. No Mineirão, no jogo entre Brasil e Chile, a torcida vaiou o hino chileno. Os apupos foram calorosamente discutidos, principalmente na arena moderna das redes sociais, e a educação de quem vaiou e xingou foi contestada.
W
Webb
O árbitro inglês Howard Webb foi escolhido para entrar neste abecedário por ser o mais famoso do Mundial, pois apitou a final de 2010. Nem o inglês careca escapou dos severos questionamentos à arbitragem. No jogo do Brasil contra o Chile, ele invalidou um gol de Hulk alegando que o atacante brasileiro dominou a bola com o braço. Foi muito criticado pela marcação, assim como outras arbitragens durante toda a Copa.
X
Xavi
O meia do Barcelona chegou à Copa como símbolo da geração vencedora da Espanha, e uma das armas da Fúria para tentar o bicampeonato. Fracassou junto com toda a equipe. Os campeões de 2010 foram massacrados pelos holandeses na estreia e se despediram ao perder do Chile. O desafio agora do futebol espanhol é reinventar o tiki-taka, o toque de bola incansável e preciso que dominou o futebol, mas não foi imbatível.
Y
Y: geração internet
A letra dá nome à geração nascida após os anos 1980, também conhecida como geração da internet ou do milênio. Os jogadores da Seleção Brasileira se encaixam perfeitamente nesse perfil. Dos 10 atletas mais populares da Copa no Instagram, seis deles são brasileiros. A lista é liderada por Neymar, que tem mais de 8 milhões de seguidores. Já a Seleção tem mais de 21 milhões de seguidores, o dobro da população da Bolívia.
Z
Zúñiga
O lateral colombiano Juan Camilo Zúñiga ficará marcado para sempre na memória do torcedor brasileiro. Foi em uma falta feita por ele que Neymar fraturou a terceira vértebra e ficou de fora das duas últimas partidas da Seleção Brasileira. O colombiano, que atua no Napoli, pediu desculpas e disse que não tinha a intenção de machucar Neymar. Porém, ele sofreu ameaças e ofensas racistas de torcedores brasileiros.
Alfredo Di Stéfano
Nascido na Argentina, o craque defendeu seu país natal, a Espanha e a Colômbia, mas nunca disputou uma Copa do Mundo. Ironia do destino foi ter morrido, aos 88 anos, durante aquela que é considerada a Copa das Copas, realizada no Brasil. Na semifinal entre Holanda e Argentina foi feito um minuto de silêncio pela memória de La Saeta Rubia (a Flecha Loira, em português) como ficou conhecido.
B
Barbosa
A alma e o nome do goleiro da fatídica final de 1950, quando o Brasil foi derrotado pelo Uruguai, poderão, finalmente, ter paz. Com o vexame dos comandados de Luiz Felipe Scolari, Barbosa, Bigode, Friaça e os outros jogadores amaldiçoados pelo fantasma do Maracanazzo não terão que carregar mais o peso da pior derrota da Seleção Brasileira de todos os tempos.
C
Costa Rica
Os Ticos, como são conhecidos os jogadores da seleção da América Central, foram a sensação do torneio. Passaram fácil pelo grupo da morte, após vencer o Uruguai e a Itália, além de empatar com os ingleses. Na raça e nos pênaltis conseguiram bater a Grécia e chegar às quartas de final. Porém, faltou sorte e foram eliminados nos pênaltis pela Holanda.
D
Dentada
A mordida de Luiz Suárez entrará em todas edições dos momentos mais marcantes da Copa. Quando cravou os caninos no ombro do italiano Chiellini, o atacante repetia a dentada que já havia dado quando jogava pelo Ajax e mais recentemente pelo Liverpool. A Fifa aplicou punição de nove partidas oficiais, proibiu o uruguaio de participar de qualquer atividade relacionada ao futebol por quatro meses e até de frequentar estádios.
E
Elefantes brancos
Um desafio para os gestores públicos e comandantes do futebol brasileiro – além de reerguer o moral destroçado pelos alemães – é não deixar que algumas das arenas do Mundial se transformem em elefantes brancos, ou seja, monumentos de concreto sem utilidade. As candidatas a vitrines do desperdício são a Arena Pantanal (Cuiabá), Mané Garrincha (Brasília), Castelão (Fortaleza), Arena Amazônia (Manaus) e Arena das Dunas (Natal).
F
Faryd Mondragón
Quando o goleiro colombiano nasceu, Pelé ainda vestia a camisa 10 do Santos. Mondragón entrou em campo quando a Seleção Colombiana vencia o Japão por 3 a1, em Cuiabá, e se tornou o jogador mais velho a atuar em um Mundial. Aos 43 anos, superou o camaronês Roger Milla, que jogou com 42 anos em 1994.
G
Götze
O armador Mario Götze entrou para a história do futebol mundial ao marcar o gol que deu à Alemanha o título da Copa do Mundo 2014. O jogador, que nasceu em Memmingen, em 3 de junho de 1992, começou a carreira nas categorias de base do Ronsberg-ALE quando tinha apenas 5 anos. Hoje atua pelo Bayern de Munique. Fez sua estreia como atleta profissional em 21 de novembro de 2009, com apenas 17 anos.
H
Hermanos
A festa maior nas ruas e estádios ficou por conta deles, os hermanos, como nos referimos carinhosamente aos latinos que falam espanhol e comandaram a alegria. Chilenos, uruguaios, colombianos, mexicanos, equatorianos e costarriquenhos deram uma lição aos brasileiros sobre como torcer com alegria e criatividade. No caso dos argentinos, com músicas criativas, que preenchem os minutos de silêncio e alentam durante o jogo.
I
Imagem
O abraço do zagueiro brasileiro David Luiz no craque colombiano James Rodríguez, após o Brasil eliminar a Colômbia nas quartas de final, foi a imagem da Copa. O carismático brasileiro consolou o habilidoso canhoto e pediu que a torcida presente no estádio em Fortaleza aplaudisse o camisa 10 colombiano. Tudo, como foi de praxe na Copa, com muitas lágrimas derramadas.
J
João Pedro Sabino
O garoto de 13 anos é um representante da alegria do brasileiro em receber a Copa. Três dias antes de o Mundial começar, vários jornalistas aguardavam a chegada da Seleção de Honduras em um hotel em Porto Feliz (SP). Com o atraso do voo, os jornalistas reclamavam da fome. João Pedro e seu avô, Benedito Sabino, escutaram os lamentos, foram em casa fritar salgadinhos e alimentaram (gratuitamente) a imprensa.
K
Klose
Nascido na Polônia, o atacante que defende a Alemanha entrou definitivamente para história ao bater, na semifinal ante o Brasil, o recorde até então estabelecido por Ronaldo, de 15 gols. Klose marcou o décimo sexto e sem muita técnica e pouco marketing é dono de uma eficiência única e de um recorde gigante.
L
Lionel Messi
O atacante Lionel Messi, eleito pela Fifa quatro vezes o melhor jogador do mundo (2009-2010-2011-2012) e atual jogador do Barcelona, foi o responsável por conduzir a Seleção Argentina à final da Copa do Mundo. Após a partida de ontem com a Alemanha, o argentino recebeu da entidade máxima do futebol a Bola de Ouro, título dado ao melhor jogador do Mundial 2014.
M
Mineiratzen
Uma variação do Maracanazzo de 1950, porém com um toque cruel do idioma dos alemães, que impuseram um vexame ao time brasileiro no Gigante da Pampulha. Vale lembrar que a letra M é também de Mick Jagger, o vocalista dos Rolling Stones, considerado o maior pé-frio do futebol moderno e que estava lá – provavelmente sem meias – sentado na tribuna do Mineirão, ou melhor, Mineiratzen.
N
Não Vai ter Copa
O movimento que surgiu durante a Copa das Confederações no ano passado deixou a classe política estarrecida e abalou a popularidade de todos os governantes. Porém, com a chegada do Mundial, as vozes contrárias à realização da Copa e, principalmente, aos gastos exagerados, perdeu força. Houve protestos, mas pontuais e sem o apoio das massas que foram às ruas em junho do ano passado.
O
Ovo
Ingrediente fundamental do agora famoso mundialmente tropeiro do Mineirão, o ovo voltou em grande estilo – frito e com gema reluzente – no cardápio da Copa. Vale lembrar que após a inauguração do novo Mineirão, em janeiro de 2013, o tropeiro sofreu uma mutação drástica, gerando críticas e mais críticas. Na Copa, o prato recuperou a dignidade, mas o preço, infelizmente, seguiu o padrão Fifa.
P
Pataxós
Antes de alcançar o recorde, o atacante alemão Klose foi saudado com um parabéns inusitado para o padrão alemão. Índios de uma aldeia pataxó, localizada próxima a Santa Cruz Cabrália, no Sul do Bahia, onde os alemães ficaram concentrados, foram até o Centro de Treinamento e fizeram uma roda em torno do jogador para comemorar a chegada dos 36 anos do polonês naturalizado alemão.
Q
Queridinho
O título de mais simpático da Copa do Mundo pode ser disputado por vários nomes. Desde o camaronês Eto’o, que chorou ao se despedir de uma criança, fã do jogador. Passando pelo alemão Podolski, com postagens nas redes sociais descoladas e simpáticas. Outro que pode levar o troféu de Mister Simpatia é David Luiz, que fez caretas em fotos nas redes sociais, consolou adversários e foi poupado pela torcida após o vexame no Mineirão.
R
Rojo
O lateral-esquerdo argentino entrou no Mundial como um dos patinhos feios da seleção de Messi. Com boas atuações, conquistou espaço e o respeito da torcida. Fez um gol e entrou para o hall das estatísticas sem relevância ao ser o segundo lateral-esquerdo com nome de cor de um país latino-americano a marcar em uma Copa. A saber: Rojo é vermelho em espanhol e o primeiro da lista é o brasileiro Branco, que fez um golaço de falta em 1994.
S
Savassi
Começou com a febre amarela dos colombianos, depois vieram os belgas, argelinos, os milhares de argentinos, as belas iranianas, os beberrões ingleses, os simpáticos costarriquenhos, os fervorosos chilenos e os implacáveis alemães. A Savassi recebeu as torcidas que jogaram no Mineirão – e muitas outras nacionalidades – de braços abertos e foi palco de um carnaval temporão e multicultural que agradou de gregos aos muçulmanos.
T
Tim Krul
O goleiro reserva da Holanda foi personagem de uma substituição inusitada promovida pelo treinador Louis van Gaal. Nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação contra a Costa Rica, pelas quartas de final, o gigante (1,93m), que atua no Newcastle, substituiu o goleiro titular para representar os Laranjas nos pênaltis. Fez bonito e defendeu duas cobranças. Na semifinal, Van Gaal não quis usá-lo e os argentinos levaram a melhor nos pênaltis.
U
Urina
Na Savassi, nem tudo fui festa. Para quem precisava trabalhar ou passar pelo bairro no dia seguinte às grandes comemorações, o cheiro de urina era quase onipresente. A prefeitura não projetou que o local seria palco de multidões de até 20 mil pessoas e faltou infraestrutura, principalmente banheiros químicos. A combinação de muita cerveja e poucos banheiros resultou em uma multidão de mijões em muros, portões e árvores.
V
Vaias
No primeiro jogo da Copa, em São Paulo, parte da torcida vaiou a presidente Dilma Rousseff. Aliás, mais do que vaias, alguns torcedores xingaram a presidente. No Mineirão, no jogo entre Brasil e Chile, a torcida vaiou o hino chileno. Os apupos foram calorosamente discutidos, principalmente na arena moderna das redes sociais, e a educação de quem vaiou e xingou foi contestada.
W
Webb
O árbitro inglês Howard Webb foi escolhido para entrar neste abecedário por ser o mais famoso do Mundial, pois apitou a final de 2010. Nem o inglês careca escapou dos severos questionamentos à arbitragem. No jogo do Brasil contra o Chile, ele invalidou um gol de Hulk alegando que o atacante brasileiro dominou a bola com o braço. Foi muito criticado pela marcação, assim como outras arbitragens durante toda a Copa.
X
Xavi
O meia do Barcelona chegou à Copa como símbolo da geração vencedora da Espanha, e uma das armas da Fúria para tentar o bicampeonato. Fracassou junto com toda a equipe. Os campeões de 2010 foram massacrados pelos holandeses na estreia e se despediram ao perder do Chile. O desafio agora do futebol espanhol é reinventar o tiki-taka, o toque de bola incansável e preciso que dominou o futebol, mas não foi imbatível.
Y
Y: geração internet
A letra dá nome à geração nascida após os anos 1980, também conhecida como geração da internet ou do milênio. Os jogadores da Seleção Brasileira se encaixam perfeitamente nesse perfil. Dos 10 atletas mais populares da Copa no Instagram, seis deles são brasileiros. A lista é liderada por Neymar, que tem mais de 8 milhões de seguidores. Já a Seleção tem mais de 21 milhões de seguidores, o dobro da população da Bolívia.
Z
Zúñiga
O lateral colombiano Juan Camilo Zúñiga ficará marcado para sempre na memória do torcedor brasileiro. Foi em uma falta feita por ele que Neymar fraturou a terceira vértebra e ficou de fora das duas últimas partidas da Seleção Brasileira. O colombiano, que atua no Napoli, pediu desculpas e disse que não tinha a intenção de machucar Neymar. Porém, ele sofreu ameaças e ofensas racistas de torcedores brasileiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário