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Terapia ameniza os efeitos da gripe
Flávia Franco
Estado de Minas: 11/07/2014
Flávia Franco
Estado de Minas: 11/07/2014
A gripe afeta milhões
de pessoas anualmente. Epidemias das versões comuns e das mais letais,
como a temida gripe aviária, provocam todos os anos até 500 mil mortes
no mundo, segundo Maziar Divangahi, pesquisador da Universidade McGill,
no Canadá. Em busca de formas que amenizem o problema, ele propõe
intervenções sobre a ação da molécula prostaglandina, o PGE2,
aumentando, assim, a taxa de sobrevivência de infectados.
O estudo, publicado na revista Immunity, foi desenvolvido com camundongos, que receberam doses letais de H1N1, o vírus da influenza A, também chamada de gripe aviária. A inibição do PGE2 auxilia no combate a doenças decorrentes de infecções virais porque reduz a morte dos macrófagos, células integrantes do sistema imunológico. Quando a ação do PGE2 é inibida, essas células conseguem cumprir a função com mais intensidade, reduzindo a quantidade de vírus nos pulmões. “Os resultados abrem as portas para tratamentos altamente efetivos não só contra a influenza, mas também contra outras formas de infecções virais”, avalia Divangahi.
O infectologista Alberto Chebabo concorda com Divangahi que o estudo amplia as linhas de investigação, mas faz ressalvas pelo fato de que ainda é preciso comprovar a eficácia da terapia proposta com humanos. “Novos estudos são necessários para comprovar esse estudo atual, e drogas deverão ser pesquisadas para atuar diretamente na inibição do PGE2”, aponta.
Segundo Divangahi, a busca por remédios que visam especificamente aos caminhos do PGE2 não é novidade entre os cientistas. Ele afirma que medicamentos desse tipo foram desenvolvidos e até testados em animais, o que colabora para que o estudo canadense prossiga para testes clínicos em humanos.
Aspirina Um exemplo de medicamento autorizado e que provoca a inibição da prostaglandina é a aspirina. “Na pandemia de 1918, também conhecida como gripe espanhola, ela teve muito sucesso como alternativa de tratamento”, afirma Ricardo Martins, pneumologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB). “O que esses pesquisadores do Canadá fizeram foi pegar uma fração da ação da aspirina para combater a destruição de células de defesa”, compara.
Segundo Martins, um dos motivos para a eficácia do tratamento por inibição do PGE2 proposto pela instituição canadense está relacionado ao fato de que, reduzindo a liberação da prostaglandina, diminui-se a eliminação de células de defesa do organismo.
“Medicamentos que visam inibir todos os tipos de prostaglandina impedem toda a cadeia inflamatória, e isso pode tornar a pessoa mais sensível a outros agentes de infecções. Mas o interessante de inibir apenas o PGE2 é que, além de combater a influenza, existe um potencial para usar essa linha contra outros tipos de infecção”, comenta.
O estudo, publicado na revista Immunity, foi desenvolvido com camundongos, que receberam doses letais de H1N1, o vírus da influenza A, também chamada de gripe aviária. A inibição do PGE2 auxilia no combate a doenças decorrentes de infecções virais porque reduz a morte dos macrófagos, células integrantes do sistema imunológico. Quando a ação do PGE2 é inibida, essas células conseguem cumprir a função com mais intensidade, reduzindo a quantidade de vírus nos pulmões. “Os resultados abrem as portas para tratamentos altamente efetivos não só contra a influenza, mas também contra outras formas de infecções virais”, avalia Divangahi.
O infectologista Alberto Chebabo concorda com Divangahi que o estudo amplia as linhas de investigação, mas faz ressalvas pelo fato de que ainda é preciso comprovar a eficácia da terapia proposta com humanos. “Novos estudos são necessários para comprovar esse estudo atual, e drogas deverão ser pesquisadas para atuar diretamente na inibição do PGE2”, aponta.
Segundo Divangahi, a busca por remédios que visam especificamente aos caminhos do PGE2 não é novidade entre os cientistas. Ele afirma que medicamentos desse tipo foram desenvolvidos e até testados em animais, o que colabora para que o estudo canadense prossiga para testes clínicos em humanos.
Aspirina Um exemplo de medicamento autorizado e que provoca a inibição da prostaglandina é a aspirina. “Na pandemia de 1918, também conhecida como gripe espanhola, ela teve muito sucesso como alternativa de tratamento”, afirma Ricardo Martins, pneumologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB). “O que esses pesquisadores do Canadá fizeram foi pegar uma fração da ação da aspirina para combater a destruição de células de defesa”, compara.
Segundo Martins, um dos motivos para a eficácia do tratamento por inibição do PGE2 proposto pela instituição canadense está relacionado ao fato de que, reduzindo a liberação da prostaglandina, diminui-se a eliminação de células de defesa do organismo.
“Medicamentos que visam inibir todos os tipos de prostaglandina impedem toda a cadeia inflamatória, e isso pode tornar a pessoa mais sensível a outros agentes de infecções. Mas o interessante de inibir apenas o PGE2 é que, além de combater a influenza, existe um potencial para usar essa linha contra outros tipos de infecção”, comenta.
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