quinta-feira, 17 de outubro de 2013

MOSTRA » Mestre do documentário‏

Estado de Minas: 17/10/2013 



Eduardo Coutinho completa 80 anos e ganha livro e retrospectiva em São Paulo (Walter Craveiro/Flip Divulgação)
Eduardo Coutinho completa 80 anos e ganha livro e retrospectiva em São Paulo

A 37ª Mostra Internacional de Cinema, que será promovida de sexta-feira até o dia 31, em São Paulo, fará homenagem Eduardo Coutinho, o mestre do documentário brasileiro, que completa 80 anos. Além de mostra retrospectiva com filmes do cineasta, haverá o lançamento de livro fruto de parceria das Edições Sesc e Cosac Naify. O livro reúne textos em que Coutinho opinou sobre cinema – o seu e o de outros. São dois textos sobre documentário; 40 críticas cinematográficas, escritas para o Jornal do Brasil entre 1973 e 1974, inéditas em livro; e dois textos memorialísticos. Traz, também, depoimentos do cineasta – 10 entrevistas longas cobrindo um arco de tempo que vai de 1976 a 2012 – e de quem conviveu com ele em filmagens, revelando a figura humana e seu processo de trabalho. Na parte final, 27 críticos de várias gerações dissecam seus principais filmes, em um conjunto de textos antológicos e outro de inéditos, especialmente escritos para esse livro. Completam a obra uma cronologia com imagens de arquivo e uma filmografia detalhada.

Coutinho começou sua carreira como roteirista em meio ao Cinema Novo, época em que dirigiu seus únicos longas ficcionais, como O homem que comprou o mundo (1968) e Faustão (1971). No anos 1970 passou a trabalhar no Globo repórter, onde realizou seus primeiros documentários, entre os quais Seis dias de Ouricuri (1976) e Theodorico, o imperador do sertão (1978). A partir dos anos 1980, com Cabra marcado para morrer (1984), sua carreira como documentarista se solidificou. Ele realizou filmes como Santo forte (1999), Edifício Master (2002) e Jogo de cena (2007), obras essenciais da cinematografia brasileira. Os filmes citados estão entre os 20 selecionados pelo próprio Coutinho para a sua retrospectiva, que contém obras raras como o curta-metragem Porrada (2000).

Durante duas semanas, serão exibidos na Mostra Internacional de Cinema cerca de 350 títulos de variados países e diversas cinematografias em mais de 20 espaços, entre cinemas, espaços culturais e museus espalhados pela capital paulista. A seleção deste ano faz apanhado do que o cinema contemporâneo mundial está produzindo, além das principais tendências, temáticas, narrativas e estéticas produzidas em todo o mundo. São cinco seções: Competição novos diretores – que exibe títulos de diretores que tenham realizado até dois longas (os mais bem votados pelo público serão vistos pelo júri internacional, que escolhe posteriormente os que vão receber o Troféu Bandeira Paulista); Perspectiva internacional – que apresenta panorama do recente cinema mundial; Retrospectivas – seção com obras de diretores importantes ou mesmo desconhecidos; Apresentações especiais – exibição de clássicos ou de filmes de diretores que estão sendo homenageados pela mostra; Mostra Brasil – títulos brasileiros inéditos em São Paulo.

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