2012 foi marcado
por um novo aumento da concentração de gases de efeito estufa na
atmosfera, que provocam aquecimento global, uma situação que não deve
melhorar este ano, segundo especialistas da Organização Meteorológica
Mundial (OMM), uma agência da ONU.
“A notícia não é boa”, declarou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, ao apresentar ontem à imprensa o último boletim da organização sobre as emissões de gases do efeito estufa sobre 2012. Os três principais gases, responsáveis pelo aquecimento global, registraram novos recordes de concentração na atmosfera no ano passado em todo o mundo.
Os últimos estudos mostram que a concentração de CO2, o gás mais abundante na atmosfera, aumentou 0,56% entre 2011, o ano do recorde anterior, e 2012. Do metano, outro gás do efeito estufa estudado pela OMM, o aumento foi de 0,33%, e de óxido nitroso (N20), o aumento foi de 0,28%.
Segundo Jarraud, “a situação tende a piorar este ano, já que nenhuma decisão foi tomada para acabar com essa tendência. Essa não é uma curva linear, ela continua em ascensão acelerada”, avisa. O secretário-geral alerta que, se o mundo continuar nesse caminho, a temperatura média global até o fim do século poderá exceder 4,6 graus do que era antes da era industrial (em 1750), e ainda mais em algumas regiões as consequências seriam catastróficas.
Para ele, o CO2, ou dióxido de carbono, é a principal causa do aquecimento global. Sua concentração na atmosfera aumentou em 2012, de 2,2 ppm (partes por milhão), em comparação com um aumento de 2,0 ppm em 2011. “O aumento médio nos últimos 10 anos foi de 2,02 ppm e, em 2012, os números mostram uma tendência de aceleração.”
O CO2 provém da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento. “Esse é um gás que permanece na atmosfera por centenas ou mesmo milhares de anos”, revela a OMM, acrescentando que “a maioria dos aspectos das mudanças climáticas persistirá durante séculos, mesmo que as emissões de CO2 parem completamente”. A organização observou também um aumento na concentração de metano (CH4) a partir de 2007, quando tinha estabilizado para um valor próximo de zero entre 1996 e 2006.
CONFERÊNCIA A organização não tem explicações para esse aumento, registrado principalmente no Hemisfério Norte, em latitudes médias e tropicais. “É difícil dizer se esse aumento é devido a fatores humanos ou naturais”, indicou um especialista da OMM. Cerca de 60% das emissões de metano na atmosfera é de origem humana. Elas são causadas pela pecuária, o cultivo de arroz, aterros e queima de biomassa.
Finalmente, o terceiro gás responsável pelo efeito estufa, o óxido nitroso (N2O), é encontrado principalmente nos pesticidas. Para esse gás, a taxa de aumento entre 2011 e 2012 (0,9 ppb) foi superior à média dos últimos 10 anos (0,8 ppb).
O relatório da OMM é publicado no dia seguinte à divulgação de um outro estudo de uma agência da ONU, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, segundo o qual as chances de conter o aquecimento climático em +2°Celsius no século 21 diminuiu sensivelmente. Esses informes do PNUE e da OMM saem a poucos dias da Conferência Anual sobre o Clima, em Varsóvia, na próxima semana.
“A notícia não é boa”, declarou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, ao apresentar ontem à imprensa o último boletim da organização sobre as emissões de gases do efeito estufa sobre 2012. Os três principais gases, responsáveis pelo aquecimento global, registraram novos recordes de concentração na atmosfera no ano passado em todo o mundo.
Os últimos estudos mostram que a concentração de CO2, o gás mais abundante na atmosfera, aumentou 0,56% entre 2011, o ano do recorde anterior, e 2012. Do metano, outro gás do efeito estufa estudado pela OMM, o aumento foi de 0,33%, e de óxido nitroso (N20), o aumento foi de 0,28%.
Segundo Jarraud, “a situação tende a piorar este ano, já que nenhuma decisão foi tomada para acabar com essa tendência. Essa não é uma curva linear, ela continua em ascensão acelerada”, avisa. O secretário-geral alerta que, se o mundo continuar nesse caminho, a temperatura média global até o fim do século poderá exceder 4,6 graus do que era antes da era industrial (em 1750), e ainda mais em algumas regiões as consequências seriam catastróficas.
Para ele, o CO2, ou dióxido de carbono, é a principal causa do aquecimento global. Sua concentração na atmosfera aumentou em 2012, de 2,2 ppm (partes por milhão), em comparação com um aumento de 2,0 ppm em 2011. “O aumento médio nos últimos 10 anos foi de 2,02 ppm e, em 2012, os números mostram uma tendência de aceleração.”
O CO2 provém da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento. “Esse é um gás que permanece na atmosfera por centenas ou mesmo milhares de anos”, revela a OMM, acrescentando que “a maioria dos aspectos das mudanças climáticas persistirá durante séculos, mesmo que as emissões de CO2 parem completamente”. A organização observou também um aumento na concentração de metano (CH4) a partir de 2007, quando tinha estabilizado para um valor próximo de zero entre 1996 e 2006.
CONFERÊNCIA A organização não tem explicações para esse aumento, registrado principalmente no Hemisfério Norte, em latitudes médias e tropicais. “É difícil dizer se esse aumento é devido a fatores humanos ou naturais”, indicou um especialista da OMM. Cerca de 60% das emissões de metano na atmosfera é de origem humana. Elas são causadas pela pecuária, o cultivo de arroz, aterros e queima de biomassa.
Finalmente, o terceiro gás responsável pelo efeito estufa, o óxido nitroso (N2O), é encontrado principalmente nos pesticidas. Para esse gás, a taxa de aumento entre 2011 e 2012 (0,9 ppb) foi superior à média dos últimos 10 anos (0,8 ppb).
O relatório da OMM é publicado no dia seguinte à divulgação de um outro estudo de uma agência da ONU, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, segundo o qual as chances de conter o aquecimento climático em +2°Celsius no século 21 diminuiu sensivelmente. Esses informes do PNUE e da OMM saem a poucos dias da Conferência Anual sobre o Clima, em Varsóvia, na próxima semana.
"A
situação tende a piorar este ano, já que nenhuma decisão foi tomada
para acabar com essa tendência. Essa não é uma curva linear, ela
continua em ascensão acelerada"
Michel Jarraud, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM)
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