Licenciamento no futebol
O exemplo de Leônidas, o Diamente Negro, é hoje uma inspiração
Flávio Janones
Mestre em marketing, professor do Centro Universitário Una
Estado de Minas: 14/11/2013 04:00
A utilização das
marcas dos clubes brasileiros de futebol, dos seus mascotes, de imagens
de atletas e símbolos para estampar produtos como mochilas, materiais
escolares, bolsas, entre outros tantos fabricados sob licença, aumenta
cada ano. Trata-se de um mercado que cresce acima da média e que atrai
novas empresas dispostas a usar uma marca ou personagem conhecido para
alavancar as vendas e conseguir maior apelo entre o público. A
expectativa do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de
2016, por exemplo, é de que a venda de produtos licenciados ligados ao
evento movimente R$ 1 bilhão no varejo brasileiro. O objetivo do Rio
2016 é contar com 60 empresas licenciadas, desenvolver 12 mil produtos e
ter 6 mil postos de venda, sendo 80% deles apenas no Rio de Janeiro. A
expectativa é de que o auge de vendas dos produtos aconteça durante os
Jogos. Para isso, entre 2014 e 2016, serão abertas mais de 150 lojas
oficiais espalhadas por locais como aeroportos, quiosques em shoppings,
hotéis, Vila Olímpica e Paraolímpica e todas as instalações para as
competições.
Engana-se quem acredita que ao firmar um contrato terá o direito de uso de uma marca ou personagem para sempre. Os contratos de licenciamento variam entre um e três anos. Cabe à empresa licenciada fazer uma estimativa de produção ao longo desse período. A partir do volume estimado serão calculados os royalties, cujo percentual varia de 4% a 12% do valor total das vendas. Quando o assunto é marketing esportivo é necessário voltar ao passado e destacar o primeiro jogador de futebol no Brasil a utilizar-se dessas técnicas. Leônidas da Silva, que completaria 100 anos de vida este ano, não foi só o principal jogador do país na era pré-Pelé como foi pioneiro nas ações de marketing no futebol brasileiro. Entre os feitos do craque, ele se destaca como o primeiro brasileiro artilheiro de uma Copa do Mundo (1938) e pelos belos gols de bicicleta. Atualmente é fácil imaginarmos a associação de atletas nas mais diversas ações de marketing, mas em 1938 Leônidas foi o primeiro no país. O lançamento do chocolate Diamante Negro, na esteira dos sete gols que levaram a Seleção à primeira boa campanha em Copas (3º lugar em 1938), abriu as portas para que o atacante lucrasse também com sua imagem.
Para ceder de forma definitiva o apelido pelo qual era conhecido à Lacta, Leônidas recebeu 2 contos de réis (menos de R$ 2 mil em valores atuais). Quase nada: 0,005% dos cerca de R$ 38 milhões que Neymar ganhou na temporada 2012/13 só de patrocinadores.
Lêonidas faturou como marca de relógio, e foi até nome de cigarro. Deixou o futebol aos 37 anos, depois de jogar pelo Flamengo, Botafogo e São Paulo e de atuar em duas Copas do Mundo. Aposentado, foi técnico do São Paulo e funcionário público. Também de forma pioneira entre os ex-jogadores, tornou-se comentarista de futebol, primeiro no rádio, depois na televisão. Em decorrência do mal de Alzheimer, deixou a carreira na década de 1970. Morreu em 2004, com 90 anos. Que os clubes de futebol possam se inspirar cada vez mais nesses bons exemplos e abrir suas fronteiras do marketing.
Engana-se quem acredita que ao firmar um contrato terá o direito de uso de uma marca ou personagem para sempre. Os contratos de licenciamento variam entre um e três anos. Cabe à empresa licenciada fazer uma estimativa de produção ao longo desse período. A partir do volume estimado serão calculados os royalties, cujo percentual varia de 4% a 12% do valor total das vendas. Quando o assunto é marketing esportivo é necessário voltar ao passado e destacar o primeiro jogador de futebol no Brasil a utilizar-se dessas técnicas. Leônidas da Silva, que completaria 100 anos de vida este ano, não foi só o principal jogador do país na era pré-Pelé como foi pioneiro nas ações de marketing no futebol brasileiro. Entre os feitos do craque, ele se destaca como o primeiro brasileiro artilheiro de uma Copa do Mundo (1938) e pelos belos gols de bicicleta. Atualmente é fácil imaginarmos a associação de atletas nas mais diversas ações de marketing, mas em 1938 Leônidas foi o primeiro no país. O lançamento do chocolate Diamante Negro, na esteira dos sete gols que levaram a Seleção à primeira boa campanha em Copas (3º lugar em 1938), abriu as portas para que o atacante lucrasse também com sua imagem.
Para ceder de forma definitiva o apelido pelo qual era conhecido à Lacta, Leônidas recebeu 2 contos de réis (menos de R$ 2 mil em valores atuais). Quase nada: 0,005% dos cerca de R$ 38 milhões que Neymar ganhou na temporada 2012/13 só de patrocinadores.
Lêonidas faturou como marca de relógio, e foi até nome de cigarro. Deixou o futebol aos 37 anos, depois de jogar pelo Flamengo, Botafogo e São Paulo e de atuar em duas Copas do Mundo. Aposentado, foi técnico do São Paulo e funcionário público. Também de forma pioneira entre os ex-jogadores, tornou-se comentarista de futebol, primeiro no rádio, depois na televisão. Em decorrência do mal de Alzheimer, deixou a carreira na década de 1970. Morreu em 2004, com 90 anos. Que os clubes de futebol possam se inspirar cada vez mais nesses bons exemplos e abrir suas fronteiras do marketing.
Nenhum comentário:
Postar um comentário