3D EM ALTA »
Películas com dias contados
Mariana Peixoto
Estado de Minas: 28/12/2013
Noventa e dois por cento do público que assistiu Gravidade no Brasil viu o filme de Alfonso Cuarón, estrelado por Sandra Bullock e George Clooney, em 3D. É uma percentagem impressionante, muito superior à de outros sucessos do formato, como os longas-metragens Avatar (62%) e A vida de Pi (56%). Mesmo assim, o mercado em três dimensões no Brasil ainda tem longo caminho a percorrer, segundo afirma o norte-americano Sean Spencer, diretor de cinema na América Latina da RealD, empresa de tecnologia ótica baseada nos EUA que fornece equipamento para as principais redes de cinema no país.
Trinta e seis por cento de suas 2.092 (em números de outubro) têm equipamento que permite a exibição em 3D. E ela só ocorre em salas que são digitalizadas. “Até o fim de 2014, os grandes fornecedores de conteúdo para cinema (os estúdios) não terão mais película. Isso quer dizer que as salas terão que digitalizar seus equipamentos”, continua Spencer, comentando que o número de salas digitais no país é muito semelhante ao de salas em 3D (no mercado norte-americano, mais de 90% das salas foram digitalizadas).
O crescimento das salas digitais tem sido rápido nos últimos anos. “Até porque o 3D tem um papel muito importante no mercado, já que é o ingresso que dá mais lucro para os exibidor (ele custa 25% mais)”, acrescenta Spencer. Na verdade, a questão, que vem movimentando o mercado nos últimos cinco anos, é mais abrangente.
Uma cópia em 35mm custa em torno de US$ 2 mil. “E cada filme precisa de seis a sete latas para fazer a película”, explica. Com a digitalização, os filmes passaram a ser enviados por disco rígido, o que barateou e muito o processo. Houve, por um lado, a economia das distribuidoras e dos estúdios. Mas as exibidoras, para entrarem no jogo, têm que investir. “Um projetor digital novo custa entre US$ 100 mil e US$ 200 mil.” Um valor muito alto, ainda mais se falarmos em pequenas salas, que não pertencem a grandes grupos de exibição. Tal investimento vem sendo subsidiado pelos próprios fornecedores de equipamento ou distribuidoras por meio do chamado Virtual Print Fee (VPF).
Mariana Peixoto
Estado de Minas: 28/12/2013
No Brasil, 92% do público que assistiu ao filme Gravidade, optou pelo 3D |
Noventa e dois por cento do público que assistiu Gravidade no Brasil viu o filme de Alfonso Cuarón, estrelado por Sandra Bullock e George Clooney, em 3D. É uma percentagem impressionante, muito superior à de outros sucessos do formato, como os longas-metragens Avatar (62%) e A vida de Pi (56%). Mesmo assim, o mercado em três dimensões no Brasil ainda tem longo caminho a percorrer, segundo afirma o norte-americano Sean Spencer, diretor de cinema na América Latina da RealD, empresa de tecnologia ótica baseada nos EUA que fornece equipamento para as principais redes de cinema no país.
Trinta e seis por cento de suas 2.092 (em números de outubro) têm equipamento que permite a exibição em 3D. E ela só ocorre em salas que são digitalizadas. “Até o fim de 2014, os grandes fornecedores de conteúdo para cinema (os estúdios) não terão mais película. Isso quer dizer que as salas terão que digitalizar seus equipamentos”, continua Spencer, comentando que o número de salas digitais no país é muito semelhante ao de salas em 3D (no mercado norte-americano, mais de 90% das salas foram digitalizadas).
O crescimento das salas digitais tem sido rápido nos últimos anos. “Até porque o 3D tem um papel muito importante no mercado, já que é o ingresso que dá mais lucro para os exibidor (ele custa 25% mais)”, acrescenta Spencer. Na verdade, a questão, que vem movimentando o mercado nos últimos cinco anos, é mais abrangente.
Uma cópia em 35mm custa em torno de US$ 2 mil. “E cada filme precisa de seis a sete latas para fazer a película”, explica. Com a digitalização, os filmes passaram a ser enviados por disco rígido, o que barateou e muito o processo. Houve, por um lado, a economia das distribuidoras e dos estúdios. Mas as exibidoras, para entrarem no jogo, têm que investir. “Um projetor digital novo custa entre US$ 100 mil e US$ 200 mil.” Um valor muito alto, ainda mais se falarmos em pequenas salas, que não pertencem a grandes grupos de exibição. Tal investimento vem sendo subsidiado pelos próprios fornecedores de equipamento ou distribuidoras por meio do chamado Virtual Print Fee (VPF).
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