Da lavra de Giselle Zamboni
E o tempo passava
e a Moça sofria
agora mãe
não mais filha
daquela de quem saiu
que no dia que a pariu
só não quis pensar no dia
em que se sol, noite lhe parecia
e via mãe, avó, tia, que já tinham viajado
num dia raso, fora do combinado
só não queria saber da data
em que não mais presente
aquela filha sozinha
não teria mais a quem
ralhar e servir o leite
e a vida continuava
um dia a mais, um dia a menos
e o relógio implacável
como no dia inaugural
da natureza bonita
em sua crueza
em que o silêncio se faria
último, sepulcral
e neste mesmo instante
nasceria feito semente
na memória daquela vivente
nascendo a cada instante
a mãe, a filha, a irmã
e a certeza de que um dia
vivente em outra esfera
estariam as duas juntas
novamente presentes
nem mais novas, nem mais velhas
na retina o amor de sempre
para o abraço da mais pura verdade
somos, sim, cada um, o eternamente.
e a Moça sofria
agora mãe
não mais filha
daquela de quem saiu
que no dia que a pariu
só não quis pensar no dia
em que se sol, noite lhe parecia
e via mãe, avó, tia, que já tinham viajado
num dia raso, fora do combinado
só não queria saber da data
em que não mais presente
aquela filha sozinha
não teria mais a quem
ralhar e servir o leite
e a vida continuava
um dia a mais, um dia a menos
e o relógio implacável
como no dia inaugural
da natureza bonita
em sua crueza
em que o silêncio se faria
último, sepulcral
e neste mesmo instante
nasceria feito semente
na memória daquela vivente
nascendo a cada instante
a mãe, a filha, a irmã
e a certeza de que um dia
vivente em outra esfera
estariam as duas juntas
novamente presentes
nem mais novas, nem mais velhas
na retina o amor de sempre
para o abraço da mais pura verdade
somos, sim, cada um, o eternamente.
para minha tia, cuja lucidez anda fugindo para brincar noutros quintais
para minha prima, hoje mãe, não mais filha, cuja alegria anda fugindo dos seus carnavais
que a eternidade brinque dentro de ambas, sempre.
para minha prima, hoje mãe, não mais filha, cuja alegria anda fugindo dos seus carnavais
que a eternidade brinque dentro de ambas, sempre.
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