Wilson das Neves conseguiu, afinal, o reconhecimento, aos 78 anos |
Em uma noite dedicada ao mais brasileiro dos ritmos – o samba –, a cerimônia de entrega do 25° Prêmio da Música Brasileira reuniu anteontem grandes nomes das artes no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Artistas renomados marcaram presença entre os agraciados: houve prêmios para figurinhas carimbadas como Ney Matogrosso, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Edu Lobo, Gal Costa e Sérgio Reis.
Um dos destaques principais, até em razão do número de indicações, foi Wilson das Neves, premiado pela melhor canção (Samba para João) e álbum de samba (Se me chamar, ô sorte). Aos 78 anos, ele se disse emocionado com o reconhecimento: “Não pensava em nada disso, ainda mais a esta altura da vida”, disse. “A gente faz o que deixam a gente fazer”, brincou.
Entre os instrumentistas, a noite foi do bandolinista Hamilton de Holanda, premiado como solista e pelo álbum Mundo de Pixinguinha. “Mais do que um prêmio, é uma noite para a gente assistir a artistas que a gente gosta”, disse Holanda, que subiu ao palco para tocar com Paulinho da Viola. Também passaram pelo palco Maria Bethânia, Beth Carvalho, Baby do Brasil, Arlindo Cruz, Almir Guineto e Zeca Pagodinho.
Os pontos altos foram o clássico Vai morar com o diabo, cantada por Riachão e Criolo; e a atração internacional da noite, a beninense Angelique Kidjo, que dividiu o palco com o cantor Péricles – coube a ela representar o continente africano e compartilhar os vocais em inspiradas versões bilíngues para O canto das três raças e Sinfonia da paz.
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