Alcoolismo e trabalho
Pedidos de auxílio-doença por causa do vício crescem 19% em quatro anos
Pedidos de auxílio-doença por causa do vício crescem 19% em quatro anos
Frederico Gasperin
Médico do trabalho da Gestão em Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional (Contrei)
Estado de Minas: 01/06/2014
O consumo de álcool
cresceu 20% no Brasil em seis anos, conforme o 2º Levantamento Nacional
de Álcool e Drogas (Lenad), divulgado pela Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp). A estimativa é que, pelo menos, 11,7 milhões de
brasileiros sejam dependentes de álcool, sendo que, entre 2006 e 2012, o
número de pessoas que passou a beber com frequência subiu de 45% para
54%. O consumo de álcool depois do trabalho, ou nos fins de semana, é
comum no Brasil, sendo parte da cultura ligada ao lazer e à
sociabilidade. Contudo, é preciso ter cuidado, pois o uso abusivo do
álcool pode gerar diversas consequências à saúde e às relações sociais e
profissionais. O alcoolismo é caracterizado pelo consumo compulsivo de
álcool, com progressiva tolerância à intoxicação e sinais e sintomas de
abstinência. O uso excessivo pode provocar um comportamento prejudicial à
vida pessoal, familiar, social ou profissional, gerando doenças
psicológicas e fisiológicas, assim como a morte, quando não tratado
adequadamente.
As causas do alcoolismo são multifatoriais e podem estar associadas à predisposição genética, ansiedade, angústia e insegurança. Ainda de acordo com o estudo publicado pela Unifesp, 15% dos profissionais brasileiros são dependentes de drogas e álcool no trabalho, ou os consomem com frequência. Conforme dados do Ministério do Trabalho, esses profissionais são os que mais faltam ao trabalho sem justificativa, aproximadamente 26 dias por ano, o triplo do número de faltas de um funcionário comum. Outro reflexo é a redução da produtividade em 30% e o aumento do risco de acidentes de trabalho, em cinco vezes. O alcoolismo se tornou uma doença passível de afastamento, quando comprovada a dependência e a incapacidade de exercer as atividades laborais, garantindo ao profissional o seguro do INSS e o auxílio-doença, após ser incluído na Classificação Internacional de Doenças, Lesões e Causa de Óbitos (CID) pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A concessão do benefício é um avanço para os trabalhadores, pois mantém o vínculo empregatício durante o período de tratamento e garante a manutenção financeira da família. O funcionário deve ter, pelo menos, 12 meses de contribuição e comprovar, por meio de perícia médica, a dependência do álcool, incapacitando-o de exercer o trabalho para pedir o auxílio-doença. O valor do benefício pode variar de acordo com o recolhimento à Previdência Social. Contudo, a grande quantidade de pedidos de auxílio-doença é preocupante. Um levantamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelou o alcoolismo como a principal causa de pedidos de auxílio-doença por transtornos mentais e comportamentais por uso de substância psicoativa.
O aumento do número de pessoas que pediram o auxílio, devido ao uso abusivo de álcool, foi de 19%, nos últimos quatro anos. Em 2009, foram contabilizados 12.055 pedidos de auxílios-doença e, em 2013, subiu para 14.420 pedidos. Apesar dos danos causados pelo alcoolismo, é cada vez mais comum o consumo do álcool entre jovens e mulheres, independentemente da classe social. Isso pode ocorrer devido à escassez de políticas públicas sobre o consumo de bebidas alcoólicas. Algumas delas conseguem controlar o consumo, mas ainda faltam fiscalização e regras mais rígidas para a venda e publicidade nos meios de comunicação.
As causas do alcoolismo são multifatoriais e podem estar associadas à predisposição genética, ansiedade, angústia e insegurança. Ainda de acordo com o estudo publicado pela Unifesp, 15% dos profissionais brasileiros são dependentes de drogas e álcool no trabalho, ou os consomem com frequência. Conforme dados do Ministério do Trabalho, esses profissionais são os que mais faltam ao trabalho sem justificativa, aproximadamente 26 dias por ano, o triplo do número de faltas de um funcionário comum. Outro reflexo é a redução da produtividade em 30% e o aumento do risco de acidentes de trabalho, em cinco vezes. O alcoolismo se tornou uma doença passível de afastamento, quando comprovada a dependência e a incapacidade de exercer as atividades laborais, garantindo ao profissional o seguro do INSS e o auxílio-doença, após ser incluído na Classificação Internacional de Doenças, Lesões e Causa de Óbitos (CID) pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A concessão do benefício é um avanço para os trabalhadores, pois mantém o vínculo empregatício durante o período de tratamento e garante a manutenção financeira da família. O funcionário deve ter, pelo menos, 12 meses de contribuição e comprovar, por meio de perícia médica, a dependência do álcool, incapacitando-o de exercer o trabalho para pedir o auxílio-doença. O valor do benefício pode variar de acordo com o recolhimento à Previdência Social. Contudo, a grande quantidade de pedidos de auxílio-doença é preocupante. Um levantamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelou o alcoolismo como a principal causa de pedidos de auxílio-doença por transtornos mentais e comportamentais por uso de substância psicoativa.
O aumento do número de pessoas que pediram o auxílio, devido ao uso abusivo de álcool, foi de 19%, nos últimos quatro anos. Em 2009, foram contabilizados 12.055 pedidos de auxílios-doença e, em 2013, subiu para 14.420 pedidos. Apesar dos danos causados pelo alcoolismo, é cada vez mais comum o consumo do álcool entre jovens e mulheres, independentemente da classe social. Isso pode ocorrer devido à escassez de políticas públicas sobre o consumo de bebidas alcoólicas. Algumas delas conseguem controlar o consumo, mas ainda faltam fiscalização e regras mais rígidas para a venda e publicidade nos meios de comunicação.
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