"O Mineirão está lindo. Levou 10 com louvor, mas também sofreu com o futebol ruim"
Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 29/06/2014
Um time medíocre,
venho dizendo. Sem jogadas, criatividade e poder ofensivo. Mais parece
um bando, mal distribuído e treinado. A maior esperança, Neymar, só joga
contra equipes pequenas. E olhem que o Chile nunca foi do mesmo nível,
mas bastou um pouco de organização para complicar. Da sorte, porém,
Felipão jamais poderá reclamar. No último chute chileno, a bola explodiu
no travessão, levando a disputa da vaga para os pênaltis. E aí brilhou a
estrela de Júlio César, com duas defesas belíssimas. Era a consagração
de um goleiro execrado nos últimos quatro anos pela falha contra a
Holanda em 2010, que ajudou a eliminar o Brasil. Fico feliz por ele, um
cara exemplar, de boa família e ótimo profissional. Só acho que Victor
vive melhor fase. Mas quem vai contestar o herói da classificação às
quartas de final? Ele já foi vilão, agora é herói e tem a confiança de
200 milhões de brasileiros.
Na saída do Mineirão, encontrei Marcos Uchoa, correspondente da Globo em Paris. Amigo de longa data, ele brincou: “Se me botar nesse time, jogo mais do que muitos aí”. Retruquei: “Eu também”. Oscar é muito ruim. Willian, pior ainda. Hulk até que atuou bem, mas também acrescenta pouco. Restam os zagueiros, o goleiro e Neymar, que tem DNA para ser craque, embora, quando marcado, não faça gracinha, não dê chapéu e não apareça. Ele tropeçou na bola várias vezes e não deu aquelas arrancadas, como fez contra o fraco Camarões.
Estou feliz pela vaga, mas só. Felipão deve olhar para o banco e pensar: “Que besteira não chamar R10 e Robinho. Contar com Ramires, Oscar e Willian é perda de tempo”. Mas o que importa é que estamos nas quartas. Vamos jogar em Fortaleza, onde a torcida é pura festa. Por falar em torcida, os mineiros deram show e apoiaram sempre. Fizeram sua parte e empurraram o time nas penalidades. Sim, leitores e leitoras, pode parecer inacreditável, mas o Brasil se classificou contra o Chile nos pênaltis. O futebol mudou, não tem mais bobo, como dizem os treinadores. Bobo é quem paga R$ 2 mil por um ingresso na mão de cambista para ver futebol tão ruim.
Comentei com um amigo a diferença entre o jogo de ontem e a semifinal de 1998 contra a Holanda, também decidida nos pênaltis, em Marselha: 1 a 1 no tempo normal, 0 a 0 na prorrogação. Nas penalidades, Taffarel fez como Júlio César ontem. Vibramos ontem, embora eu continue achando que não vamos longe. Poderemos vencer na sexta-feira e voltar ao Mineirão no dia 8. Aí, a parada será contra Alemanha ou França. Mas a sorte de Felipão é impressionante. Se Deus é brasileiro, como dizem, o papa é argentino, e, para nossa sorte, só podemos cruzar com os hermanos na final. Como não acredito que cheguemos, vamos bater palmas para eles ou para os alemães. Eu sempre disse: a decisão será Alemanha x Argentina.
O Mineirão está lindo. Levou 10 com louvor, mas também sofreu com o futebol ruim. Já escrevi: nem Ronaldo, Ronaldinho ou Romário se consagrariam nessa equipe. A bola não chega e o coitado do Fred sofre. Felipão trocou seis por meia dúzia. Jô também não suportou a incompetência de Oscar.
Pena que logo na Copa na nossa casa tenhamos time tão previsível e sem inspiração. Quem sabe ele cresça em Fortaleza e nos dê mais confiança? É difícil escrever uma coluna mostrando nossos erros e fragilidade. Mas é a minha função. Vamos torcer, só nos resta isso. Se não der certo, teremos feito nossa parte. Como cantou boa parte da torcida: “Ah, eu acredito”. Quem sou eu para duvidar dela?.
Vamos aos trancos e barrancos. Podemos comemorar, sim. Afinal, faltam somente três jogos para o objetivo maior. A caminhada será árdua e longa. Um pouquinho mais de sorte nos manterá vivos. Júlio César, obrigado por nos manter na Copa. Ontem você apagou o vilão de 2010.
Na saída do Mineirão, encontrei Marcos Uchoa, correspondente da Globo em Paris. Amigo de longa data, ele brincou: “Se me botar nesse time, jogo mais do que muitos aí”. Retruquei: “Eu também”. Oscar é muito ruim. Willian, pior ainda. Hulk até que atuou bem, mas também acrescenta pouco. Restam os zagueiros, o goleiro e Neymar, que tem DNA para ser craque, embora, quando marcado, não faça gracinha, não dê chapéu e não apareça. Ele tropeçou na bola várias vezes e não deu aquelas arrancadas, como fez contra o fraco Camarões.
Estou feliz pela vaga, mas só. Felipão deve olhar para o banco e pensar: “Que besteira não chamar R10 e Robinho. Contar com Ramires, Oscar e Willian é perda de tempo”. Mas o que importa é que estamos nas quartas. Vamos jogar em Fortaleza, onde a torcida é pura festa. Por falar em torcida, os mineiros deram show e apoiaram sempre. Fizeram sua parte e empurraram o time nas penalidades. Sim, leitores e leitoras, pode parecer inacreditável, mas o Brasil se classificou contra o Chile nos pênaltis. O futebol mudou, não tem mais bobo, como dizem os treinadores. Bobo é quem paga R$ 2 mil por um ingresso na mão de cambista para ver futebol tão ruim.
Comentei com um amigo a diferença entre o jogo de ontem e a semifinal de 1998 contra a Holanda, também decidida nos pênaltis, em Marselha: 1 a 1 no tempo normal, 0 a 0 na prorrogação. Nas penalidades, Taffarel fez como Júlio César ontem. Vibramos ontem, embora eu continue achando que não vamos longe. Poderemos vencer na sexta-feira e voltar ao Mineirão no dia 8. Aí, a parada será contra Alemanha ou França. Mas a sorte de Felipão é impressionante. Se Deus é brasileiro, como dizem, o papa é argentino, e, para nossa sorte, só podemos cruzar com os hermanos na final. Como não acredito que cheguemos, vamos bater palmas para eles ou para os alemães. Eu sempre disse: a decisão será Alemanha x Argentina.
O Mineirão está lindo. Levou 10 com louvor, mas também sofreu com o futebol ruim. Já escrevi: nem Ronaldo, Ronaldinho ou Romário se consagrariam nessa equipe. A bola não chega e o coitado do Fred sofre. Felipão trocou seis por meia dúzia. Jô também não suportou a incompetência de Oscar.
Pena que logo na Copa na nossa casa tenhamos time tão previsível e sem inspiração. Quem sabe ele cresça em Fortaleza e nos dê mais confiança? É difícil escrever uma coluna mostrando nossos erros e fragilidade. Mas é a minha função. Vamos torcer, só nos resta isso. Se não der certo, teremos feito nossa parte. Como cantou boa parte da torcida: “Ah, eu acredito”. Quem sou eu para duvidar dela?.
Vamos aos trancos e barrancos. Podemos comemorar, sim. Afinal, faltam somente três jogos para o objetivo maior. A caminhada será árdua e longa. Um pouquinho mais de sorte nos manterá vivos. Júlio César, obrigado por nos manter na Copa. Ontem você apagou o vilão de 2010.
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