quinta-feira, 3 de julho de 2014

COLUNA DO JAECI » Um voto de confiança para o Brasil‏

COLUNA DO JAECI » Um voto de confiança para o Brasil
A Colômbia está com a bola toda e futebol de primeira linha, mas somos o Brasil, de tantas goleadas nesse confronto

Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 03/07/2014



 (Marcelo Régua/Reuters)

Todos conhecem minha opinião e postura em relação à Seleção Brasileira: fraca, mal treinada e dirigida. Mas hoje vou dar uma aliviada, justamente por querer muito que, em casa, o time levante o caneco. Se lá no sorteio dos grupos, em dezembro, soubéssemos que depois de Croácia, México e Camarões enfrentaríamos Chile nas oitavas de final e Colômbia nas quartas, teríamos dado pulos de alegria. Os adversários sul-americanos nada mais são do que velhos fregueses de caderno, como dizem os torcedores. E já que passamos pelos chilenos, ainda que na sorte e nas defesas de Júlio César, podemos também passar pelos colombianos impondo nossa camisa e tradição.
A Colômbia está com a bola toda e futebol de primeira linha, mas somos o Brasil, de tantas goleadas nesse confronto. Não seria numa quarta de final de Copa que a temeríamos. Se jogarmos um pouquinho do que sabemos, não terei dúvidas da classificação. Não me perguntem como mudar o time da água para o vinho. É problema para o trio Felipão-Parreira-Murtosa, que custa aos cofres da CBF R$ 900 mil mensais – R$ 350 mil para cada um dos dois primeiros, R$ 200 mil para o terceiro. Então, que se virem e arranjem um jeito de fazer a equipe jogar bola. Não importa se no 4-4-2, no 3-5-2 ou no 3-6-1 nem que substituições vão fazer, e sim chegar à semifinal, contra França ou Alemanha.

A pedidos, vou dar uma trégua ao Brasil e tentar ajudá-lo a vencer os colombianos. Primeiro por sermos brasileiros. Segundo porque ter uma semifinal contra França ou Alemanha no Mineirão seria o máximo. O torcedor mineiro sonha com isso, ainda mais depois que BH foi a cidade mais bem avaliada em todos os itens neste Mundial.

Serei o Jaeci paz e amor, pela Seleção pentacampeã, que não pode nem deve fazer a torcida sofrer. Sei que temos problemas mil, que o emocional está no chão, que o time não treina e não tem esquema, que Felipão tem pedido ajuda à imprensa, mas é preciso apoiá-lo para ir à semifinal. Nela, perder para Alemanha ou França seria doído, mas bem menos do que para os colombianos, que não participaram das últimas três Copas. Já nós, nas cinco últimas, ganhamos duas e chegamos à final em outra. Este é o Brasil que conhecemos, que se supera nas grandes adversidades e sai de zero a 100 como uma Ferrari. É nele que devemos confiar. Que cada voz em Fortaleza e no resto do país feche com a Seleção, cante o hino a capela e acredite até o fim.

Já que o regulamento permite, que sejá nos 90 minutos, nos 120 ou nos pênaltis. Quem sabe não será o dia de Neymar, com grandes arrancadas e dois golaços? Quem sabe Paulinho e Fernandinho não deixam James Rodríguez jogar? Se estivemos mal até agora, que amanhã seja o dia de nos redimir e conseguir uma grande vitória. É tudo o que desejamos: mais uma estrela na gloriosa camisa. Se ao fim não der certo, que pequemos por excesso, jamais por omissão.

A Copa tem se caracterizado pela aproximação entre equipes médias e grandes. Mas os craques estão fazendo a diferença: o holandês Robben, o argentino Messi, o alemão Müller, o francês Benzema... Falta Neymar. Bola ele tem, mas que pare de cair e aposte mais nas arrancadas, que terminam na área adversária. Para mim, já disse, a Copa dele será a de 2018, mas se puder antecipar etapas, que seja logo. Vamos lá, Neymar. Vamos lá, Hulk (foto). Vamos lá, Fred. O país inteiro precisa de vocês, sei que não vão decepcioná-lo. Não podemos menosprezar a Colômbia, mas também não devemos temê-la. Queremos o Brasil na final do dia 13, no Maraca

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