Bruno Gagliasso e Débora Falabella estrelam série da Globo |
Rio de Janeiro – A partir do dia 19, o perigo vai estar mais perto do que você imagina quando estrear Dupla identidade, nova série da TV Globo. Escrita por Gloria Perez e dirigida por Mauro Mendonça Filho, a produção traz para a televisão aberta o suspense policial, tão comum nos canais fechados, com suas personagens tradicionais: o serial killer e o caçador de mentes.
“Fiz esta série com o mesmo ponto de partida de A diarista. Na época, não havia séries em que o protagonista fosse um personagem do povo. Agora, percebi que nenhum personagem principal é serial killer. Esse tema sempre me interessou. Por que as pessoas precisam ligar a TV a cabo e assistir em inglês? Não tinha nada em português, então escrevi”, comentou Gloria, depois da exibição do primeiro capítulo a convidados em um cinema carioca.
“Qual a diferença de mais uma pessoa no mundo?” – esse é o pensamento do protagonista Edu, vivido por Bruno Gagliasso, um cara bonito, inteligente, sedutor, sensível, bem-sucedido e de gosto requintado que dedica seu tempo livre a trabalhos voluntários. O homem ideal na vida de qualquer mulher, não fosse um detalhe: é um criminoso sádico, frio e calculista. Já no primeiro episódio, ele dá cabo de Mariana (Yanna Lavigne). “Ele quer o poder, quer ser Deus e ter o controle da vida e da morte de alguém. O papel tem sido um desafio como ser humano e como ator. Gloria sempre faz isso comigo. Ela está me testando, como fez em América, quando interpretei um homossexual, e em Caminho das índias, quando fiz um esquizofrênico”, destacou Bruno.
De volta à TV depois do sucesso em Avenida Brasil (2012) como a vingativa Nina, Débora Falabella contou que a pausa foi importante para repor as energias. Ela faz o papel de Ray, que se apaixona por Edu sem imaginar que ele é um assassino. “Minha história é completamente diferente das outras dentro do seriado. É uma história de amor, não tenho que pensar nele como serial killer”, conta.
A personagem sofre do transtorno de bordeline, o que obrigou a atriz a pesquisar o tema. “Li livros e assisti a palestras para entender um pouco disso. Entrei em contato com uma blogueira que tem esse transtorno. Ray vive imersa num caldeirão de emoções em busca de sua identidade, o que só se realiza na ligação afetiva com o outro, seja um amor ou um amigo. Ela não consegue suportar rupturas afetivas. Quando o outro se afasta, sua identidade vai junto. Daí as explosões, destemperos e tresloucados gestos”, explica.
Com 13 episódios, o seriado estreia depois do Globo repórter. Será a primeira produção da teledramaturgia a utilizar a tecnologia 4K, que corresponde a quatro vezes a resolução do Full HD. “É muito próximo da película de cinema”, explica o diretor Mauro Mendonça Filho. (ACB)
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