terça-feira, 30 de outubro de 2012

Apego exagerado ao celular não é doença, criticam especialistas


Fernanda Nasser/Arquivo Pessoal
A blogueira mineira Viviane Gomide, viciada assumida
A blogueira mineira Viviane Gomide, viciada assumida

Que medo de te perder!

DENISE MOTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Você sente o chão se abrir sob seus pés diante da suspeita de estar sem celular? Você e a maioria: 83% dos brasileiros usuários de smartphones disseram se sentir "perdidos", "nervosos" ou "ansiosos" ao perceber que saíram sem o aparelho.
Na pesquisa, feita em oito países pela revista "Time" e pela Qualcomm, 35% dos brasileiros disseram consultar o celular a cada dez minutos ou menos; e 74% afirmaram dormir com ele perto da cama.
Comportamentos do tipo vêm sendo grosseiramente enfeixados sob o termo "nomofobia" (derivado do inglês, "no mobile", medo da falta do celular). Mas especialistas pedem calma com isso.
"A nomofobia é uma dependência patológica do celular -diferente de uma dependência normal, associada ao uso intenso por conta do trabalho ou por necessidades reais de comunicação", diz Anna Lucia Spear King, doutora em saúde mental e pesquisadora do Laboratório de Pânico e Respiração da UFRJ.
"É como qualquer outra fobia, com sintomas típicos de um transtorno de ansiedade", diz ela, que investigou o tema em sua tese de doutorado, defendida em março.
King comparou pessoas consideradas sadias com pacientes de síndrome do pânico. Entre os "saudáveis", 34% afirmaram experimentar alto grau de ansiedade sem o telefone e 54% disseram ter "pavor" de passar mal na rua e não ter o celular.
"Os sintomas são alteração da respiração, angústia, ansiedade e nervosismo provocados pela falta do aparelho."
A pesquisa da "Time" ouviu 5.000 consumidores de tecnologias móveis no Brasil, nos EUA, na China, na Índia, na Indonésia, na Coreia do Sul, no Reino Unido e na África do Sul entre 29 de junho e 28 de julho. Do total de consultados, 79% afirmaram sentir-se incomodados sem o celular. Na China e na Indonésia, o índice chega a 90%.
O Brasil aparece como o país de pais mais liberais: 11 anos foi a idade mínima indicada aqui para que uma criança tenha seu primeiro celular. A média internacional foi de 13 anos. A margem de erro da pesquisa é de 2,5%.
PÂNICO
Outro estudo, encomendado pela empresa americana de tecnologia Lookout, confirma a escalada do apego ao celular. Questionários respondidos on-line por 2.097 pessoas de 18 anos ou mais mostraram que 73% dos usuários de smartphones nos EUA "entram em pânico" quando não acham o seu.
Na pesquisa, 58% disseram que não conseguem ficar mais de uma hora sem acessar seus telefones. E 54% declararam que continuam a consultar o aparelho depois de se deitar, antes de se levantar e na madrugada; 40% afirmaram não abandonar o celular nem para ir ao banheiro e 24% admitiram consultá-lo enquanto dirigem.
Os dados confirmam uma tendência já detectada no Reino Unido no início do ano, pela companhia de tecnologia SecurEnvoy. O estudo concluiu que 66% dos usuários de celular têm medo de ficar desconectados. Há quatro anos, pesquisa parecida registrara 53% de "nomofóbicos" entre os britânicos.
VÍCIO CONSCIENTE
No Brasil, onde o número de celulares ativos (quase 259 milhões até setembro) supera com folga a população total, estudos sobre o problema devem ser feitos no primeiro semestre de 2013 pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, que também prevê a criação de um grupo de atendimento para quem sofre de apego exagerado ao celular.
A blogueira mineira Viviane Gomide, 28, por exemplo. Ela, que escreve sobre tecnologia, diz ter consciência do seu vício em smartphone. Mas conta que a experiência de passar um mês sem o telefone, por uma questão técnica, foi um tratamento de choque. "Achava que não conseguiria viver sem ele. Nos primeiros dias me sentia fora do mundo. Tinha tiques. Ia até a bolsa, procurava nos bolsos das roupas e depois me lembrava de que ele não estava lá. Mas superei. Sabia que o teria de volta", diz.
Dona de um smarthphone desde 2010, a blogueira tem mais de 200 aplicativos instalados nele, mas afirma que não usa todos. "Eu provo, vejo coisas. Não conheço ninguém mais viciado em celular do que eu."
Formada em relações internacionais, ela acorda com o "bip" do aparelho e, ainda na cama, começa a checar e-mails e redes sociais. É o "momento da preguiça". A caminho do trabalho, em transporte público, lê notícias, manda mensagens etc. "Sei que também existe vida sem um smartphone, mas essa vida eu não quero."

DEPOIMENTO

Não dá pra não ter

MARION STRECKER

COLUNISTA DA FOLHA

Claro que dá pra não ter. Mas não ter é só para radicais, libertários, desprendidos ou os que têm uma vida regrada junto a telefones fixos.
A maioria acha que não dá pra não ter um celular. Eu também, embora saiba que dá. Virou dependência. Nós achamos que precisamos e os outros também esperam isso de nós. "Como? Você não tem celular?", perguntam, como se a pessoa fosse um ET.
Uns têm um. Outros têm dois ou mais. Ainda mais no Brasil, com esses planos de telefonia complexos e incomparáveis. Para driblar os preços absurdos o consumidor é levado a ter linhas diferentes, de modo a só ligar do seu Tim para os amigos que usam Tim, do seu Vivo para os que usam Vivo e assim por diante. Parece loucura. Mas é uma tentativa de economizar.
Digo tentativa porque nunca gastamos tanto com telecomunicação quanto na atualidade. Virou item de primeira necessidade.
Quanto tempo, dinheiro e energia gastos com aparelhos que quebram, ligações interrompidas ou inaudíveis e contas difíceis de entender.
Lojas cheias. Filas e senhas para sermos atendidos, que aceitamos como cupons de comida em tempo de guerra.
Um amigo comparou a importância de seu celular à do maço de cigarro, quando fumava. Até o tamanho é parecido, observou. Checar o celular é a primeira e a última coisa que faz todos os dias. Como era com o cigarro.
O celular é uma das coisas mais íntimas que alguém pode ter, reunindo e revelando as relações pessoais, seus dias, suas horas, suas vozes, suas frases, seus conteúdos.
Perder ou achar um traz emoções e angústias. "Back-ups", para quem pode e consegue fazê-los, não resolvem. Perder o aparelho ou tê-lo roubado é como vestir uma saia que se levanta ao vento: vai bem para as Marilyns Monroes. Não para a maioria.
O aparelho está sempre fazendo volume no bolso, vibrando, emitindo sons, interrompendo a conversa, atrapalhando os outros.
O mito é ter o mundo nas mãos. A realidade é se tornar um escravo do aparelho.
Uma forma de mostrar quem manda nessa relação é manter o celular desligado. E só ligar quando quiser usá-lo. Mas os outros, as empresas, os aplicativos não deixam. Ficam com demandas e provocações, alertas e buzinaços.
Meu celular dito inteligente me causa alta ansiedade. Se está por perto, ligado e à vista, sinto toda hora a tentação de checar o que se passa ali. Então escondo, desligo e às vezes "esqueço" em casa.
Meu filho teve dois celulares roubados quando era adolescente: um na porta de casa, na mesma rua Sabará onde Caroline Silva Lee, 15, foi assassinada por um ladrão de celular semana passada. Outro roubo ele sofreu no banco de um ônibus, quando teve sangue frio para negociar com o ladrão que o deixasse com o chip. Conseguiu.
Minha filha de 14 anos é mais viciada do que eu. Brinco que a geração dela ficará com patolas enormes no lugar dos dedões, de tanto digitar. Ela também dorme e acorda com ele (o álibi é o despertador). Leva o fulano para a escola, o banheiro, a praia, a neve, onde for. Só não surfou com ele, ainda.
O aparelho dela faz movimentos e sons o tempo todo, o que acho infernal, mas ela, não. Teme ser roubada, mas não se preocupa com quebra de privacidade. Confia na senha que colocou ali e conta que seu aparelho promove apagão geral de conteúdo na décima vez que alguém tenta usar uma senha inválida.
Mas a história mais inusitada que ouvi foi a de uma amiga que levou o aparelho no bolsinho do avental para dentro da sala de parto. Seu primeiro filho nasceu. Enquanto ela era costurada, começou a digitar para contar as novidades aos familiares.
Ela já foi multada muitas vezes por usar o celular ao dirigir e teve muitas brigas com o marido por causa do aparelho, que considera uma espécie de amante. "Ou ele ou eu", o marido disse várias vezes em discussões. Hoje, ela acha que a pressão do marido a educou.
Mas, quando ele a flagrou com o aparelho na mão ao ser costurada, ela teve medo de perdê-lo justo no dia em que seu filho nascia. No entanto, o marido decidiu fotografar a cena para ficar na história.


Apego exagerado ao celular não é doença, criticam especialistas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

DE SÃO PAULO

Cresce a popularidade do termo "nomofobia", mas o distúrbio não é catalogado.
Em geral, a dependência de celular é enquadrada como transtorno do controle dos impulsos, ao lado de outras patologias, como piromania ou tricotilomania (arrancar os próprios cabelos).
Essa classificação como transtorno do impulso é "um pouco forçada" na visão de Andrea Jotta, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP. "Há diferenças entre vícios em jogos, compras ou tecnologia. Não há como patologizar o vício em tecnologia só por conta do acesso", diz.
Essa pesquisadora não usa "vício", e sim "hard uso". E explica: "Não há como dizer que há vício puro em tecnologia no Brasil: ele aparece associado a outras doenças".
Jotta considera "precipitadíssimo" tratar alguém por esse vício. "É complicado falar que o vício em tecnologia é doença, nem sei quais características seriam citadas nesse diagnóstico", diz.
Segundo ela, até hoje não surgiu, no núcleo de pesquisas, uma só pessoa viciada em celular. "Em pelo menos cem casos, o uso exagerado da tecnologia surgiu como sintoma, não como causa. A pessoa tem depressão, dificuldade no trabalho e ocupa a lacuna com tecnologia."
No entanto, é possível que o transtorno apareça no próximo DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, que deve ser publicado em maio de 2013), segundo Cristiano Nabuco, que coordena o Grupo de Dependência de Internet do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de SP.
"As pessoas ainda não se deram conta de que é problema de saúde pública", diz ele.
O psicólogo prepara, com a pesquisadora americana Kimberly Young, livro no qual revisam a literatura científica que trata da dependência de celular incluindo casos que, na maioria, aparecem ligados com depressão, fobia social ou transtorno bipolar.
"Dependente de celular sofre mais de ansiedade, frustração e irritação do que o de internet. Tem transtornos menos duradouros, mas impactantes", compara Nabuco.
COLA SOCIAL
Um fator-chave dessa dependência seria a sensação de conexão e proteção que o celular oferece. "Dá senso de pertencimento, funciona como cola social", diz Nabuco.
Já o psicanalista e pesquisador Roberto Calazans, da Universidade Federal de São João Del Rei (MG), critica a classificação do apego ao celular. "Antes de sair catalogando toda e qualquer manifestação de época como sintoma, doença ou transtorno é preciso avaliar que função esses novos eventos têm na vida de um sujeito", diz.
Ele questiona o fato de partidários da noção de transtorno mental o definirem mais como a perturbação de uma ordem sem se questionarem sobre o papel desse sintoma no funcionamento da pessoa. "Desse modo, vemos fenômenos como a timidez, o uso de celulares e o consumo de cafeína serem patologizados."
(DENISE MOTA E JULIANA vines)

TEste*

Veja se a sua relação com o celular é saudável; quanto mais respostas positivas você somar, mais vulnerável está
1. Já disseram que você passa tempo demais usando o celular?
2. Seus amigos e familiares se queixam da maneira como usa o aparelho?
3. Tenta esconder de conhecidos a quantidade de tempo que gasta acessando o celular?
4. Acaba usando o celular por um tempo maior do que gostaria?
5. Acredita que nunca passa tempo suficiente usando o seu celular?
6. Já tentou usar menos o telefone, mas não conseguiu?
7. Perde horas de sono por conta do tempo que passa usando o celular?
8. Quando você está longe do aparelho por algum tempo, fica preocupado com a possibilidade de haver perdido ligações?
9. Sente-se ansioso se não checou mensagens ou se o celular permaneceu desligado por algum tempo?
10. Acha difícil desligar seu celular?
11. Sente-se perdido sem seu celular?
12. Já usou o telefone celular para conversar com pessoas quando se sente isolado em algum lugar ou circunstância?
13. Já usou o aparelho para conversar com outras pessoas quando se sente sozinho?
14. Já usou seu celular para se sentir melhor quando está triste?
15. Você usa o telefone celular quando deveria estar fazendo outras coisas e isso lhe acarreta problemas?
16. Sua produtividade caiu como resultado direto do tempo que gasta no celular?
17. Acontece de você preferir usar o celular para não ter de lidar com questões mais urgentes?
RESULTADOS:
a) Até 7 respostas positivas: Cuidado. Você pode estar perdendo o controle do uso de seu aparelho;
b) De 8 a 11 respostas positivas: É possível que o uso do celular já esteja lhe causando problemas. Considere buscar ajuda profissional;
c) De 12 a 17 respostas positivas: Você perdeu o controle do uso do celular em sua vida. Busque ajuda imediatamente.
  • Esta é uma versão resumida e adaptada livremente da "Mobile Phone Problem Usage Scale", escala elaborada por Adriana Bianchi e James G. Phillips (Monash University, Austrália) e publicada no artigo científico "Psychological Predictors of Problem Mobile Phone Use", incluído no periódico "CyberPsychology & Behavior" em 2005; seu objetivo é identificar alguns comportamentos indicativos de uma possível dependência de celular; o "score" não possui validade de diagnóstico, algo que apenas pode ser aferido corretamente por um profissional de saúde.


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

DE SÃO PAULO

Cresce a popularidade do termo "nomofobia", mas o distúrbio não é catalogado.
Em geral, a dependência de celular é enquadrada como transtorno do controle dos impulsos, ao lado de outras patologias, como piromania ou tricotilomania (arrancar os próprios cabelos).
Essa classificação como transtorno do impulso é "um pouco forçada" na visão de Andrea Jotta, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP. "Há diferenças entre vícios em jogos, compras ou tecnologia. Não há como patologizar o vício em tecnologia só por conta do acesso", diz.
Essa pesquisadora não usa "vício", e sim "hard uso". E explica: "Não há como dizer que há vício puro em tecnologia no Brasil: ele aparece associado a outras doenças".
Jotta considera "precipitadíssimo" tratar alguém por esse vício. "É complicado falar que o vício em tecnologia é doença, nem sei quais características seriam citadas nesse diagnóstico", diz.
Segundo ela, até hoje não surgiu, no núcleo de pesquisas, uma só pessoa viciada em celular. "Em pelo menos cem casos, o uso exagerado da tecnologia surgiu como sintoma, não como causa. A pessoa tem depressão, dificuldade no trabalho e ocupa a lacuna com tecnologia."
No entanto, é possível que o transtorno apareça no próximo DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, que deve ser publicado em maio de 2013), segundo Cristiano Nabuco, que coordena o Grupo de Dependência de Internet do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de SP.
"As pessoas ainda não se deram conta de que é problema de saúde pública", diz ele.
O psicólogo prepara, com a pesquisadora americana Kimberly Young, livro no qual revisam a literatura científica que trata da dependência de celular incluindo casos que, na maioria, aparecem ligados com depressão, fobia social ou transtorno bipolar.
"Dependente de celular sofre mais de ansiedade, frustração e irritação do que o de internet. Tem transtornos menos duradouros, mas impactantes", compara Nabuco.
COLA SOCIAL
Um fator-chave dessa dependência seria a sensação de conexão e proteção que o celular oferece. "Dá senso de pertencimento, funciona como cola social", diz Nabuco.
Já o psicanalista e pesquisador Roberto Calazans, da Universidade Federal de São João Del Rei (MG), critica a classificação do apego ao celular. "Antes de sair catalogando toda e qualquer manifestação de época como sintoma, doença ou transtorno é preciso avaliar que função esses novos eventos têm na vida de um sujeito", diz.
Ele questiona o fato de partidários da noção de transtorno mental o definirem mais como a perturbação de uma ordem sem se questionarem sobre o papel desse sintoma no funcionamento da pessoa. "Desse modo, vemos fenômenos como a timidez, o uso de celulares e o consumo de cafeína serem patologizados."
(DENISE MOTA E JULIANA VINES)

O QUE É NOMOFOBIA

DEFINIÇÃO

O termo vem sendo usado por leigos, não pela literatura científica. Deriva do inglês "no mobile" e significa fobia de ficar sem o celular; a definição mais usada na literatura científica é "mobile phone addiction" (dependência ou vício em telefone celular)
CLASSIFICAÇÃO
Ainda não há consenso, mas vários especialistas acreditam que esse novo transtorno pode ser mais bem compreendido como pertencente a classificações ligadas ao transtorno do controle dos impulsos (jogo patológico, cleptomania etc.)
SINTOMAS
  • Necessidade de aumentar o tempo de uso do celular para ter a mesma satisfação
  • O celular interfere nas atividades do cotidiano (dormir, estudar, trabalhar etc.)
  • Exibir esforços repetidos para diminuir o tempo de uso do celular, mas não conseguir
  • Ficar irritado ou ansioso quando o uso do celular é restringido
  • Usar o celular mesmo em locais proibidos
  • Usar o celular por mais tempo do que o planejado
  • Ter a impressão de "ouvir" o celular tocar ("toque fantasma")
TESTE*

Veja se a sua relação com o celular é saudável; quanto mais respostas positivas você somar, mais vulnerável está

1. Já disseram que você passa tempo demais usando o celular?
2. Seus amigos e familiares se queixam da maneira como usa o aparelho?
3. Tenta esconder de conhecidos a quantidade de tempo que gasta acessando o celular?
4. Acaba usando o celular por um tempo maior do que gostaria?
5. Acredita que nunca passa tempo suficiente usando o seu celular?
6. Já tentou usar menos o telefone, mas não conseguiu?
7. Perde horas de sono por conta do tempo que passa usando o celular?
8. Quando você está longe do aparelho por algum tempo, fica preocupado com a possibilidade de haver perdido ligações?
9. Sente-se ansioso se não checou mensagens ou se o celular permaneceu desligado por algum tempo?
10. Acha difícil desligar seu celular?
11. Sente-se perdido sem seu celular?
12. Já usou o telefone celular para conversar com pessoas quando se sente isolado em algum lugar ou circunstância?
13. Já usou o aparelho para conversar com outras pessoas quando se sente sozinho?
14. Já usou seu celular para se sentir melhor quando está triste?
15. Você usa o telefone celular quando deveria estar fazendo outras coisas e isso lhe acarreta problemas?
16. Sua produtividade caiu como resultado direto do tempo que gasta no celular?
17. Acontece de você preferir usar o celular para não ter de lidar com questões mais urgentes?
RESULTADOS:
a) Até 7 respostas positivas: Cuidado. Você pode estar perdendo o controle do uso de seu aparelho;
b) De 8 a 11 respostas positivas: É possível que o uso do celular já esteja lhe causando problemas. Considere buscar ajuda profissional;
c) De 12 a 17 respostas positivas: Você perdeu o controle do uso do celular em sua vida. Busque ajuda imediatamente.
  • Esta é uma versão resumida e adaptada livremente da "Mobile Phone Problem Usage Scale", escala elaborada por Adriana Bianchi e James G. Phillips (Monash University, Austrália) e publicada no artigo científico "Psychological Predictors of Problem Mobile Phone Use", incluído no periódico "CyberPsychology & Behavior" em 2005; seu objetivo é identificar alguns comportamentos indicativos de uma possível dependência de celular; o "score" não possui validade de diagnóstico, algo que apenas pode ser aferido corretamente por um profissional de saúde.

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