Eduardo Tristão Girão
Estado de MInas: 08/02/2013
Uma notícia ruim: o programa Larica total, misto de culinária e humor que é sucesso no Canal Brasil, talvez tenha chegado ao fim. Uma notícia boa: o talentoso ator Paulo Tiefenthaler, que encarna o solteirão Paulo de Oliveira na “cozinha de guerrilha”, nunca esteve tão requisitado na televisão e no cinema. No auge da carreira, ele chamou a atenção em suas duas atuações na TV ano passado, Suburbia (Globo) e fdp (HBO), estará em dois filmes a serem lançados este ano (Trinta e Lobo atrás da porta) e, no segundo semestre, viverá seu primeiro protagonista num longa-metragem. Será em Dolores e a taça, sobre o roubo da taça Jules Rimet, em 1983, na sede da CBF, no Rio de Janeiro.
Tudo isso sem falar nos convites para voltar ao teatro (que começou a fazer nos anos 1990) e os projetos pessoais, entre eles Aplique de carne, ousada instalação multimídia que será montada pela primeira vez dia 7 do mês que vem no galpão 5 da Funarte, em Belo Horizonte. Desenvolvido em parceria com o artista plástico Alexandre Vogler e o escritor e músico Botika, reúne diferentes linguagens (escultura, body art, música, show e videoarte) em performance sobre menina que fugiu da barriga da mãe, foi criada por arraias na Amazônia e sonha se tornar uma artista de sucesso como as que vê na televisão.
“Essa é minha primeira grande experiência em arte contemporânea, arte multimídia. É uma aberração, uma lenda amazônico-carioca, totalmente experimental. Alugamos um loft no Rio de Janeiro para trabalhar nesse projeto e colocamos até uma banda lá dentro. Já gravamos um vinil com sete músicas e narrações”, conta Paulo, que assina roteiro, vídeo, foto e trilha sonora. Aplique de carne foi classificado em primeiro lugar no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012 e está cadastrado para financiamento coletivo de R$ 30 mil no site www.benfeitoria.com (com cotas a partir de R$ 10).
Por estar aproveitando ao máximo as oportunidades que lhe aparecem, Paulo talvez não grave a quarta temporada de Larica total. “Meu foco hoje é abrir, quebrar. Quero que as pessoas saibam e acompanhem tudo isso. Quero trazer o público do Larica comigo, mas é muito difícil, pois o grande público dele só quer ver o programa. Tem gente que chega perto de mim na rua e quer conversar com o personagem. Meu foco é ser um ator e o que me interessa agora é diversificar. Muita gente viu em mim um ator, mais do que apenas um tipo”, afirma ele.
Telas e palcos
Confiante, Paulo garante que o carisma do hilariante e muito bem construído protagonista de Larica total é algo anterior ao programa. “Quero levar esse jeito anárquico de falar e de ser a outros personagens. Não quero carreira de um personagem só”, diz. Depois de Aplique..., que vai ocupar o galpão da Funarte até 21 de abril, ele mergulhará no personagem principal do longa Dolores e a taça, que tem direção de Caíto Ortiz. Paralelamente, estará nos cinemas este ano com papeis em Lobo atrás da porta, dirigido por Fernando Coimbra, e Trinta, de Paulo Machline – este último sobre o carnavalesco Joãosinho Trinta.
Ele também foi convidado para integrar o elenco de Isso é Calypso, com direção de Caco Souza, sobre a história da cantora Joelma e do guitarrista Chimbinha, casal que fundou o famoso grupo paraense. Paulo será o empresário que explorou a Banda Calypso no início de carreira. O papel de Joelma está a cargo de Deborah Secco e o de Chimbinha está em aberto, depois de serem cotados para ele Bruno Mazzeo e Bruno Gagliasso. “Matheus Nachtergaele ficaria muito bem como Chimbinha”, arrisca Paulo.
Aos 44 anos, o ator está com fôlego de sobra, pois também quer voltar aos palcos. “Minha vibração hoje é o teatro e preciso voltar para ele”, confessa. Paulo, que nos anos 1990 atuou em peças como A alma boa de Setsuan (direção de Domingos de Oliveira) e O homem proibido (direção de Antônio Abujamra), tentou retornar ao teatro antes de Larica total, mas sem sucesso. “Sempre fui vidrado em cinema, apesar de ter estudado mais teatro. Acreditava que o teatro me levaria ao cinema. Gosto de papéis dramáticos e acho que todo mundo que é bom de comédia pode fazer bem o drama, mas não o contrário”, diz.
Conta própria
“Estou abarrotado de trabalho”, conta. Ele não se refere exclusivamente aos convites que vem recebendo para teatro, cinema e televisão, mas também aos projetos que desenvolve por sua própria conta, geralmente de forma coletiva. Por esse motivo, abrirá uma produtora para administrá-los. Entre as ideias que não saem da sua cabeça estão duas para televisão: um talk show e um programa chamado Atacadão dos filmes, que será gravado no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Sua intenção é colocar segundo no ar ano que vem.
Com atuação expressiva na área de curtas, Paulo se orgulha de trabalhos como ator e diretor neles, como o documentário de 13 minutos Jorjão (2004), sobre Jorge Oliveira, um dos principais mestres cariocas de bateria de escola de samba – ele assina roteiro, direção, edição e câmera. Como ator de curtas, seu nome aparece em produções como Trópico das cabras (2008), Plantador de quiabos (2010) e Novela vaga (2007). Em breve, estreará no Canal Brasil Claudio Cunha no Snooker Bar em SP, documentário de 24 minutos dirigido por ele, com foco no cineasta.
Doce lar
Todos os episódios da terceira temporada de Larica total – a mais recente – já foram exibidos e continuarão em reprise no Canal Brasil, TV paga, até abril. No total, foram gravados 74 episódios desde 2008, todos no apartamento de Paulo Tiefenthaler, no Bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro. Se houver quarta temporada, adianta ele, não será mais gravada lá. “Estou reformando minha casa para que volte a ser um lar. Quero minha casa de volta”, afirma.
Tudo isso sem falar nos convites para voltar ao teatro (que começou a fazer nos anos 1990) e os projetos pessoais, entre eles Aplique de carne, ousada instalação multimídia que será montada pela primeira vez dia 7 do mês que vem no galpão 5 da Funarte, em Belo Horizonte. Desenvolvido em parceria com o artista plástico Alexandre Vogler e o escritor e músico Botika, reúne diferentes linguagens (escultura, body art, música, show e videoarte) em performance sobre menina que fugiu da barriga da mãe, foi criada por arraias na Amazônia e sonha se tornar uma artista de sucesso como as que vê na televisão.
“Essa é minha primeira grande experiência em arte contemporânea, arte multimídia. É uma aberração, uma lenda amazônico-carioca, totalmente experimental. Alugamos um loft no Rio de Janeiro para trabalhar nesse projeto e colocamos até uma banda lá dentro. Já gravamos um vinil com sete músicas e narrações”, conta Paulo, que assina roteiro, vídeo, foto e trilha sonora. Aplique de carne foi classificado em primeiro lugar no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012 e está cadastrado para financiamento coletivo de R$ 30 mil no site www.benfeitoria.com (com cotas a partir de R$ 10).
Por estar aproveitando ao máximo as oportunidades que lhe aparecem, Paulo talvez não grave a quarta temporada de Larica total. “Meu foco hoje é abrir, quebrar. Quero que as pessoas saibam e acompanhem tudo isso. Quero trazer o público do Larica comigo, mas é muito difícil, pois o grande público dele só quer ver o programa. Tem gente que chega perto de mim na rua e quer conversar com o personagem. Meu foco é ser um ator e o que me interessa agora é diversificar. Muita gente viu em mim um ator, mais do que apenas um tipo”, afirma ele.
Telas e palcos
Confiante, Paulo garante que o carisma do hilariante e muito bem construído protagonista de Larica total é algo anterior ao programa. “Quero levar esse jeito anárquico de falar e de ser a outros personagens. Não quero carreira de um personagem só”, diz. Depois de Aplique..., que vai ocupar o galpão da Funarte até 21 de abril, ele mergulhará no personagem principal do longa Dolores e a taça, que tem direção de Caíto Ortiz. Paralelamente, estará nos cinemas este ano com papeis em Lobo atrás da porta, dirigido por Fernando Coimbra, e Trinta, de Paulo Machline – este último sobre o carnavalesco Joãosinho Trinta.
Ele também foi convidado para integrar o elenco de Isso é Calypso, com direção de Caco Souza, sobre a história da cantora Joelma e do guitarrista Chimbinha, casal que fundou o famoso grupo paraense. Paulo será o empresário que explorou a Banda Calypso no início de carreira. O papel de Joelma está a cargo de Deborah Secco e o de Chimbinha está em aberto, depois de serem cotados para ele Bruno Mazzeo e Bruno Gagliasso. “Matheus Nachtergaele ficaria muito bem como Chimbinha”, arrisca Paulo.
Aos 44 anos, o ator está com fôlego de sobra, pois também quer voltar aos palcos. “Minha vibração hoje é o teatro e preciso voltar para ele”, confessa. Paulo, que nos anos 1990 atuou em peças como A alma boa de Setsuan (direção de Domingos de Oliveira) e O homem proibido (direção de Antônio Abujamra), tentou retornar ao teatro antes de Larica total, mas sem sucesso. “Sempre fui vidrado em cinema, apesar de ter estudado mais teatro. Acreditava que o teatro me levaria ao cinema. Gosto de papéis dramáticos e acho que todo mundo que é bom de comédia pode fazer bem o drama, mas não o contrário”, diz.
Conta própria
“Estou abarrotado de trabalho”, conta. Ele não se refere exclusivamente aos convites que vem recebendo para teatro, cinema e televisão, mas também aos projetos que desenvolve por sua própria conta, geralmente de forma coletiva. Por esse motivo, abrirá uma produtora para administrá-los. Entre as ideias que não saem da sua cabeça estão duas para televisão: um talk show e um programa chamado Atacadão dos filmes, que será gravado no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Sua intenção é colocar segundo no ar ano que vem.
Com atuação expressiva na área de curtas, Paulo se orgulha de trabalhos como ator e diretor neles, como o documentário de 13 minutos Jorjão (2004), sobre Jorge Oliveira, um dos principais mestres cariocas de bateria de escola de samba – ele assina roteiro, direção, edição e câmera. Como ator de curtas, seu nome aparece em produções como Trópico das cabras (2008), Plantador de quiabos (2010) e Novela vaga (2007). Em breve, estreará no Canal Brasil Claudio Cunha no Snooker Bar em SP, documentário de 24 minutos dirigido por ele, com foco no cineasta.
Doce lar
Todos os episódios da terceira temporada de Larica total – a mais recente – já foram exibidos e continuarão em reprise no Canal Brasil, TV paga, até abril. No total, foram gravados 74 episódios desde 2008, todos no apartamento de Paulo Tiefenthaler, no Bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro. Se houver quarta temporada, adianta ele, não será mais gravada lá. “Estou reformando minha casa para que volte a ser um lar. Quero minha casa de volta”, afirma.
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