Ana Clara Brant
Estado de Minas: 06/02/2013
Na sexta-feira completa-se um ano da morte do cantor e compositor Wando. No entanto, devido a questões burocráticas e disputas judiciais, pouca coisa vai ser feita para lembrar o artista criador de um estilo romântico popular e responsável por sucessos como a canção Fogo e paixão. “Seria até o momento para lançar alguma coisa, mas ainda não tivemos tempo e nem cabeça para isso. Tem muito material, mas como as coisas ainda estão emboladas e tem questões judiciais envolvidas, infelizmente não dá para fazer as homenagens que deveriam ser feitas”, lamenta a viúva de Wando, a psicóloga Renata Costa Lana e Souza, de 42 anos.
O imbróglio ainda deve se arrastar por mais um tempo e, enquanto isso, o patrimônio do cantor está indisponível pela Justiça. A psicóloga – que tem uma filha com Wando, a pequena Maria Sabrina, de 6 anos – espera que tudo se resolva da melhor forma possível. Renata revela que desde a morte do cantor nunca mais teve coragem de escutar nenhuma música dele, apesar dos constantes apelos da menina. A viúva – que luta na Justiça para provar que foi mulher do artista durante sete anos – destaca a importância do companheiro no cenário musical do país, além de afirmar que ele faz muita falta não só para ela e para a família como também para a música. “Sinto muita saudade, porque era apaixonada por ele. Sempre fui, primeiro como fã e depois como mulher. Wando era único e tinha uma maneira singular de fazer show, de se comunicar com o público. E apesar de ser associado com músicas ousadas, ele fazia isso de uma maneira nada vulgar e extremamente elegante e delicada”, opina.
A psicóloga conta que assim que tudo estiver resolvido judicialmente pretende criar um memorial para o cantor e compositor, já que ela própria – que sempre foi admiradora de Wando – guarda um acervo pessoal de discos, vídeos, fotos e reportagens sobre ele. “Tenho um material grande de coisas que colecionei e que ele me deu também e, um dia, gostaria de compartilhar isso com os fãs. Acho que se encontrar um espaço bacana que tenha a ver com essa proposta, a gente pode fazer um lugar para lembrar sua memória aqui mesmo em Belo Horizonte, já que ele era mineiro, morou e está enterrado aqui. O Wando foi um marido, um pai e sobretudo um artista excepcional”, frisa Renata.
SAMBA-ROCK
Enquanto a família não pode prestar grandes homenagens, o jornalista, pesquisador, escritor e produtor musical Rodrigo Faour deve lançar ainda ainda neste semestre uma caixa que traz o seis primeiros discos da carreira de Wando. O box, que está sendo produzido pela Microservice, do Rio de Janeiro, é inédito no formato CD e traz faixas bônus raras. “Tem muita coisa que ninguém conhece e retrata uma fase do Wando que não é essa que ele ficou mais conhecido, do romântico, sem- vergonha, mas mostra um repertório mais eclético, com muito samba, samba-rock”, revela Rodrigo.
O produtor diz que, ao longo dos anos, o artistas que eternizou clássicos como Moça e Gosto de maçã, foi amadurecendo artisticamente e se consagrou realmente na década de 1980. No entanto, ressalta a importância e a qualidade da música produzida nos anos 1970. “Pelo menos 80% do que foi gravado na década de 1970 era muito bom, porque o processo de gravação era bem legal, as gravadoras tinham dinheiro para colocar os melhores profissionais em estúdio. Acho até que os discos daquela época têm um som melhor dos que os de hoje, mesmo com toda a tecnologia empregada atualmente. Além disso, a MPB estava numa fase mágica, todo mundo estava muito bem e inspirado” acredita.
Para o produtor, um artista como Wando não será esquecido jamais, porque sempre foi muito querido pelo público e teve canções que marcaram a vida das pessoas. Rodrigo Faour diz que o mito que Wando criou em torno de si e seu pioneirismo ajudam a perpetuar sua memória. “Ele é muito forte na alma popular e é a cara do Brasil. Sou superfã do Wando e acho que ele era artista até o último fio de cabelo cacheado dele. Fazia um trabalho que visava sacudir e provocar as pessoas. Por isso ele vai ficar”, defende.
NA TV
Rodrigo Four adianta que está prevista nova temporada do seu programa História sexual da MPB, que voltará à grade ainda este semestre, no Canal Brasil. “Vamos exibir um programa inteiro em homenagem ao Wando, com trechos inéditos de uma entrevista que fiz com ele no fim de 2009, em que rebobina fatos diferentes de sua carreira”, lembra.
O imbróglio ainda deve se arrastar por mais um tempo e, enquanto isso, o patrimônio do cantor está indisponível pela Justiça. A psicóloga – que tem uma filha com Wando, a pequena Maria Sabrina, de 6 anos – espera que tudo se resolva da melhor forma possível. Renata revela que desde a morte do cantor nunca mais teve coragem de escutar nenhuma música dele, apesar dos constantes apelos da menina. A viúva – que luta na Justiça para provar que foi mulher do artista durante sete anos – destaca a importância do companheiro no cenário musical do país, além de afirmar que ele faz muita falta não só para ela e para a família como também para a música. “Sinto muita saudade, porque era apaixonada por ele. Sempre fui, primeiro como fã e depois como mulher. Wando era único e tinha uma maneira singular de fazer show, de se comunicar com o público. E apesar de ser associado com músicas ousadas, ele fazia isso de uma maneira nada vulgar e extremamente elegante e delicada”, opina.
A psicóloga conta que assim que tudo estiver resolvido judicialmente pretende criar um memorial para o cantor e compositor, já que ela própria – que sempre foi admiradora de Wando – guarda um acervo pessoal de discos, vídeos, fotos e reportagens sobre ele. “Tenho um material grande de coisas que colecionei e que ele me deu também e, um dia, gostaria de compartilhar isso com os fãs. Acho que se encontrar um espaço bacana que tenha a ver com essa proposta, a gente pode fazer um lugar para lembrar sua memória aqui mesmo em Belo Horizonte, já que ele era mineiro, morou e está enterrado aqui. O Wando foi um marido, um pai e sobretudo um artista excepcional”, frisa Renata.
SAMBA-ROCK
Enquanto a família não pode prestar grandes homenagens, o jornalista, pesquisador, escritor e produtor musical Rodrigo Faour deve lançar ainda ainda neste semestre uma caixa que traz o seis primeiros discos da carreira de Wando. O box, que está sendo produzido pela Microservice, do Rio de Janeiro, é inédito no formato CD e traz faixas bônus raras. “Tem muita coisa que ninguém conhece e retrata uma fase do Wando que não é essa que ele ficou mais conhecido, do romântico, sem- vergonha, mas mostra um repertório mais eclético, com muito samba, samba-rock”, revela Rodrigo.
O produtor diz que, ao longo dos anos, o artistas que eternizou clássicos como Moça e Gosto de maçã, foi amadurecendo artisticamente e se consagrou realmente na década de 1980. No entanto, ressalta a importância e a qualidade da música produzida nos anos 1970. “Pelo menos 80% do que foi gravado na década de 1970 era muito bom, porque o processo de gravação era bem legal, as gravadoras tinham dinheiro para colocar os melhores profissionais em estúdio. Acho até que os discos daquela época têm um som melhor dos que os de hoje, mesmo com toda a tecnologia empregada atualmente. Além disso, a MPB estava numa fase mágica, todo mundo estava muito bem e inspirado” acredita.
Para o produtor, um artista como Wando não será esquecido jamais, porque sempre foi muito querido pelo público e teve canções que marcaram a vida das pessoas. Rodrigo Faour diz que o mito que Wando criou em torno de si e seu pioneirismo ajudam a perpetuar sua memória. “Ele é muito forte na alma popular e é a cara do Brasil. Sou superfã do Wando e acho que ele era artista até o último fio de cabelo cacheado dele. Fazia um trabalho que visava sacudir e provocar as pessoas. Por isso ele vai ficar”, defende.
NA TV
Rodrigo Four adianta que está prevista nova temporada do seu programa História sexual da MPB, que voltará à grade ainda este semestre, no Canal Brasil. “Vamos exibir um programa inteiro em homenagem ao Wando, com trechos inéditos de uma entrevista que fiz com ele no fim de 2009, em que rebobina fatos diferentes de sua carreira”, lembra.
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