Estado de Minas: 28/09/2013 
Sem usar as redes 
sociais desde 13 dezembro de 2010, a presidente Dilma Rousseff retomou 
ontem sua conta no microblog Twitter e mandou um aviso: “Eu voltei, 
voltei para ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar”. Dilma anunciou 
ainda a abertura de uma página no Facebook e no Instagram (usada para 
postagem de fotos), fez propaganda do novo portal do governo federal, 
que, segundo ela, vai oferecer cerca de 600 serviços on-line. Também fez
 piada com seu recente passeio de moto e rebateu críticas à política 
econômica. 
A presidente voltou ao mundo virtual em um bate-papo 
com o perfil Dilma Bolada, criado pelo blogueiro Jeferson Santos. Ele se
 encontrou com a presidente ontem à tarde, no Palácio do Planalto, para 
uma entrevista exclusiva, postada na conta da Bolada. O retorno de Dilma
 às redes sociais, faltando menos de um ano para o começo da campanha 
eleitoral, é uma jogada de marketing que, somente ontem, rendeu à 
presidente cerca de 10 mil seguidores em poucas horas. 
A 
presidente aproveitou o espaço para responder à revista britânica The 
Economist, que, em sua última edição, atacou a política econômica 
brasileira, e defender a contratação de médicos estrangeiros para atuar 
em cidades onde faltam esses profissionais. Provocada por Dilma Bolada, a
 presidente disse que os editores da revista estão desinformados. “O 
dólar estabilizou, a inflação está sob controle e somos o único grande 
país com pleno emprego. (…) Quem aposta contra o Brasil sempre perde”, 
tuitou. Sobre os médicos estrangeiros, Dilma disse respeitar muitos os 
brasileiros, mas que a intenção é trazer médico de onde puder. “O 
importante é atender melhor a população. Isso é o Mais Médicos.” 
A
 espionagem dos EUA a autoridades brasileiras foi assunto da conversa. 
“Países amigos não podem viver sob desconfiança”, disse Dilma. A 
presidente se despediu do Twitter dizendo ter se divertido para valer e 
brincou com seu perfil falso. “Será que você tem carteira para dirigir 
moto? Se tiver, da próxima vez, podemos atuar no 8º Velozes e Furiosas”.
 
Espionagem 
O chanceler brasileiro,
 Luiz Alberto Figueiredo, reuniu-se ontem com o secretário de Estado 
americano, John Kerry, em Nova York. O encontro foi solicitado pelos 
EUA, numa tentativa de aplacar a crise desencadeada após a revelação de 
que Agência de Segurança Nacional americana rastreou comunicações da 
presidente Dilma. A audiência, reservada,  durou cerca de 20 minutos. Na
 saída, os dois não deram declarações à imprensa. Fontes diplomáticas 
americanas confirmaram que eles trataram do escândalo da espionagem, 
entre outros assuntos.
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