sábado, 8 de fevereiro de 2014

Orelha

Orelha

Estado de Minas: 08/02/2014


Allen Ginsberg, Richard e Jeannette Seaver, Jean Genet e William Burroughs (Editora Globo/Reprodução)
Allen Ginsberg, Richard e Jeannette Seaver, Jean Genet e William Burroughs
Homem de letras

O editor Richard Seaver, como se pode ver pela foto acima, estava sempre bem acompanhado. Sem querer aparecer – virtude pouco comum no mercado de vaidade humana –, seu negócio era fazer os outros brilharem. O livro A hora terna do crepúsculo, que está sendo lançado no Brasil pela Globo Livros, é um passeio por Nova York e Paris do pós-guerra, tendo como personagens principais os escritores que revolucionaram a sensibilidade moderna. Richard Seaver apresentou Paris aos americanos e depois desvendou Nova York para os franceses. Como editor de casas como Grove Press, Viking e Holt, editou autores como Samuel Beckett, Ionesco, Henry Miller, William Burroughs, Jean Genet e D. H. Lawrence, enfrentando muitas vezes a censura e os tribunais. Defensor da liberdade de expressão e sensível aos novos valores estéticos, tendo ajudado a dar feição à literatura contemporânea, Richard Seaver foi também o cronista do tempo em que Paris era uma festa. E, na verdade, em boa parte por causa dele, com sua antena para publicar novos autores e desafiar as convenções e moralismo. A hora terna do crepúsculo mostra, ainda, que o exigente editor era um escritor de classe, que tinha o que dizer.


Mais ditadura

Dois livros chegam em breve às livrarias tendo como tema os 50 anos do golpe militar brasileiro. Pela Editora da Universidade de São Carlos o período é retratado no livro  O golpe de 1964 e o regime militar, coletânea de artigos organizados por João Roberto Martins Filho, que teve a primeira edição em 2006. Outra publicação, esta inédita, é Ditadura à brasileira – 1964-1985 – A democracia golpeada à esquerda e à direita, do historiador Marco Antonio Villa, que sai pela Leya ainda este mês.


Prosa de praia

A Edições Chão da Feira vem criando uma ponte delicada e sutil entre Portugal e o Brasil. Além dos livros de seu catálogo enxuto, ela divulga de tempos em tempos seu Caderno de leituras  pela internet, com textos preciosos. O mais recente, de número 23, é dedicado a um ensaio da poeta mineira Ana Martins Marques, “A praia, a pele, a página”, sobre o romance A vida descalço, do argentino Alan Pauls. O endereço é: www.chaodafeira.com.

 (Camila Rodrigues/Divulgação)

Memória da infância

Cronista, poeta e um dos mais animados agitadores da literatura brasileira, Fabrício Carpinejar (foto), aos 41 anos, resolveu escrever suas memórias da infância e adolescência. O resultado são os quatro volumes da coleção Vida em Pedaços. Os dois primeiros volumes da autobiografia, Te pego na saída e Não atravesso a rua sozinho, estão sendo lançados pela Editora Edelbra, com ilustrações de Eloar Guazzelli. Na sequência, Carpinejar completa suas memórias juvenis em mais quatro livros, que vão integrar a série Pedaços da Vida.


Lobo em livros

Na linha “veja o filme, leia o livro”, a Editora Planeta traz para as livrarias os dois volumes de Jordan Belfort que deram origem à produção O lobo de Wall Street, dirigido por Martin Scorsese, com Leonardo DiCaprio no papel principal. O primeiro livro, com o mesmo título do filme, descreve a história de ascensão, excessos e queda de Belfort. Já o segundo volume, A caçada do lobo de Wall Street, revela os bastidores da prisão e do acordo de delação premiada que permitiu que o escroque, depois de entregar quase 100 amigos, se livrasse de três décadas de prisão.


Lição de vida

O mundo se emocionou – o Brasil incluído – com o romance A culpa é das estrelas, de John Green, um dos maiores best-sellers dos últimos tempos. Chega agora ao país, em lançamento simultâneo com os EUA, A estrela que nunca vai se apagar (Editora Intrínseca), um diário com ilustrações e fotos, escrito por Esther Earl, inspiradora do romance, e completado por seus pais, Lory e Wayne. O final, como se sabe, é muito triste, mas o livro ajuda a conhecer a menina diagnosticada com câncer de tireoide aos 12 anos, que dá uma lição de vida tocante. O prefácio é de John Green.

 (Record/Reprodução)

Jackie no batente

Uma das mulheres mais destacadas de seu tempo, Jacqueline Onassis Kennedy não era propriamente uma trabalhadora, tendo pouco tempo para se dedicar a algo além de ser a primeira-dama dos EUA ou mulher do magnata Onassis. No entanto, aos 46 anos, ela começou a trabalhar no ramo editorial, tendo desenvolvido uma carreira de respeito. É o que garante Greg Lawrence no livro Jackie editora (Record). Representando grandes editoras, Jackie publicou nomes como Louis Auchincloss Nagib Mahfuz, Diana Vreeland e até mesmo Michael J

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