Portrait de Jane Austen, do pintor inglês Ozias Humphry: a maior escritora inglesa |
Jane quando jovem
Se você acha que já leu tudo de Jane Austen, a Editora Landmark chega com um presente: uma edição bilíngue do pouco conhecido Lady Susan, escrito entre 1793 e 1794, quando a escritora era uma jovem promissora. Como sempre, a personagem da novela está em busca de um casamento vantajoso. Desta vez, a protagonista Susan, de 30 anos, espera encontrar um marido para si e, ao mesmo tempo, para a filha. Para isso, ela preenche sua agenda de compromissos com convites para visitas estendidas a parentes de seu falecido marido e conhecidos, por meio de uma série de manobras astuciosas. Utilizando a forma do romance espistolar, Jane Austen já mostra domínio da linguagem, inteligência para revelar as maquinações sociais e o humor elegante que caracterizariam a escritora na maturidade. Ainda inédita no cinema, Lady Susan já ganhou adaptações para a TV e para os palcos britânicos. Para quem se interessar ainda mais pela jovem Jane Austen, vale a pena procurar Juvenília, recém-lançado pela Penguin/Companhia, que reúne textos das moças Austen e Charlotte Brontë.
Ponto e vírgula
Compositor e escritor, o gaúcho Vitor Ramil (foto) está lançando seu terceiro romance, A primavera da pontuação. Os personagens são elementos do mundo da língua portuguesa, que interagem numa trama meio pop, meio farsesca: uma palavra-caminhão trafega carregada de letras garrafais, atropela um ponto numa esquina de frases e foge sem ser identificada. Um romance sobre a linguagem. A edição da Cosac Naify mimetiza a ação, com projeto gráfico que destaca os pontos, vírgulas e outro sinais.
Abba está vivo
A primeira letra dos nomes de Agnetha, Bjorn, Benny e Anni-Frid formam o nome de uma das mais conhecidas bandas da história do pop, o quarteto sueco Abba, que vive na memória do público 30 anos depois da separação. E é a trajetória do grupo que chega agora aos leitores com Abba – A biografia, de Carl Magnus Palm, que está sendo lançada no Brasil pela Editora Best Seller. A narrativa começa em 2005, na noite de estreia do musical Mamma mia! em Estocolmo, voltando no tempo para mostrar as várias fases do quarteto, com direito a brigas e conflitos, além da tentativa de carreira solo de cada integrante.
Crime brutal
Mais um título policial do selo Vestígio chega às livrarias. Seguindo a tradição violenta da literatura nórdica contemporânea, Indesejadas, de Kristina Ohlsson, narra um caso de sequestro ocorrido num trem lotado na Suécia. A menina desaparecida é encontrada morta com a palavra “indesejada” escrita na testa, num caso que será investigado por Frederika Bergman. A autora é cientista policial e trabalha como agente contra o terrorismo na polícia sueca.
História vegetal
Usos e circulação de plantas no Brasil, séculos XVI a XIX, volume coletivo organizado por Lorelai Kury reúne ensaios sobre a história do Brasil, tendo as plantas por protagonistas. Os historiadores que participam do projeto voltaram seus olhares para o reino das plantas, tão complexo quanto o império dos homens. Os capítulos abordam a troca de vegetais no império português, as grandes rotas marítimas do Renascimento, o uso das plantas medicinais pelos padres da Companhia de Jesus e o universo da medicina holística dos séculos 17 e 18, entre outros temas. O lançamento é da Estúdio Editorial.
Cortázar de volta
Dois livros de Julio Cortázar (foto) que estavam fora de catálogo no Brasil ganham novas edições pela Civilização Brasileira. Final de jogo é uma coletânea de 18 contos, divididos em três níveis de dificuldade, medidos pelo esforço que o leitor deve fazer para entender as histórias. O outro livro, Um tal Lucas, reúne contos surrealistas em torno de um mesmo personagem. Entre o fim de agosto e começo de setembro, será relançado A fascinação das palavras, obra escrita a quatro mãos por Cortázar e o uruguaio Omar Prego, que desvenda o mundo íntimo do escritor. O centenário de Cortázar será celebrado em agosto.
Real em HQ
Tungstênio é o nome do novo álbum de Marcelo Quintanilha, que sai pela Editora Veneta. Um recorte da vida do subúrbio das grandes cidades, narrado de forma cinematográfica, que revela as mazelas sociais do país. Nascido em Niterói e radicado em Barcelona, Quintanilha teve seu primeiro trabalho publicado em 1988 e desde então colaborou nas revistas General e Heavy Metal, além dos jornais espanhóis La Vanguardia e El País.
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