ANÁLISE LOGÍSTICA FERROVIÁRIA
País precisa aproveitar este momento para definir técnicas e equipamentos
GUILHERME SEGALLA DE MELLO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Esse potencial, contudo, só se tornará realidade se governo e iniciativa privada intensificarem a atuação para eliminar os gargalos logísticos que, em última instância, podem impor barreiras ao crescimento da economia e à rentabilidade de mercados estratégicos, como mineração, siderurgia e metalurgia.
Um passo para ampliar a malha ferroviária foi dado em agosto, quando o governo anunciou o Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI) -um pacote de R$ 133 bilhões na reforma e na construção de rodovias e ferrovias.
Com esse investimento, o governo busca interligar toda a malha ferroviária, bem como ampliar a conexão com portos e aeroportos.
O modelo de concessões adotado há 15 anos para a operação das ferrovias possivelmente se somará às parcerias público-privadas. Isso também permitirá que fabricantes e prestadores de serviço compartilhem com o governo experiência e capacidade técnica no segmento.
Será importante, por exemplo, definir quais são as locomotivas e os equipamentos mais indicados para cada tipo de ferrovia ou carga.
Independentemente do PNLI, em 2011, foram produzidas 110 locomotivas no país. Tradicionalmente exportadas para a América do Sul e África, agora também concentram parte significativa de oferta no mercado interno.
O momento do mercado logístico ferroviário é de investimento, trabalho e expansão, o que abrange todos os atores da cadeia produtiva. É preciso aproveitar a oportunidade para oferecer ao país locomotivas modernas e robustas, que consigam transportar cargas cada vez maiores com eficiência e produzidas localmente. Esse percentual torna viável a aquisição de locomotivas por linhas de financiamento do BNDES.
O trabalho será intenso para que, nas próximas décadas, todos colhamos os frutos do investimento.
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