Governos decidiram ontem elaborar uma estratégia conjunta para conter criminalidade em SP
União deverá propor a ocupação de áreas críticas como a favela Paraisópolis e oferecer vagas em presídios
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
Após intensa troca de farpas, iniciada com a escalada dos assassinatos em São Paulo neste mês, os governos Dilma Rousseff (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) começaram a negociar ontem estratégia conjunta para conter o avanço da violência no Estado.
Por telefone, Dilma sugeriu a Alckmin que fosse traçado um plano integrado de segurança pública. Segundo a ministra Helena Chagas (Comunicação Social), o governador aceitou a oferta.
Detalhes da ação conjunta serão definidos na próxima semana, quando o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) vai se reunir com representantes do governo de SP.
Entre as ações que serão tratadas está a ocupação de áreas críticas como a favela Paraisópolis pelo Exército e Força Nacional de Segurança. Ontem, ao jornal "O Estado de S. Paulo" a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, defendeu a ideia de que forças federais ocupem a maior favela de SP da mesma forma que fez no Complexo do Alemão, no Rio.
Inicialmente, o governo está disposto a oferecer vagas em quatro presídios federais e a formar força-tarefa com as polícias federais e estaduais.
Um dos primeiros bandidos que devem ser transferidos é Francisco Antonio Cesário da Silva, o Piauí, chefe da facção PCC em Paraisópolis e acusado de mandar matar ao menos seis policiais.
A preocupação do governo Dilma é desmobilizar a organização criminosa PCC, que tem ramificações fora de SP.
BATE-BOCA
A elaboração de um plano integrado já havia sido anunciada pelo ministro da Justiça, que disse, porém, que o governo paulista estava interessado só em verba para financiar projetos pontuais.
O tema virou motivo de bate-boca entre os dois governos. Ferreira Pinto disse que a União não sabia nada de facção criminosa e que o Estado não precisava dos presídios nem de tropas federais.
Ele acusou, ainda, Cardozo de "faltar com a verdade" ao dizer que havia oferecido ajuda ao governo de SP.
Em nota, o Ministério da Justiça disse que ofereceu apoio "em diversas oportunidades" e rebateu a tese defendida por Ferreira Pinto e Alckmin de que a violência em São Paulo decorria da entrada de armas e drogas no Estado por falta de fiscalização nas fronteiras. "É inaceitável, além de inverídica", disse.
Ontem, Alckmin disse a Dilma que desaprovou a atitude de Cardozo, mas que reconheceu também "excesso" por parte de Ferreira Pinto.
Por telefone, Dilma sugeriu a Alckmin que fosse traçado um plano integrado de segurança pública. Segundo a ministra Helena Chagas (Comunicação Social), o governador aceitou a oferta.
Detalhes da ação conjunta serão definidos na próxima semana, quando o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) vai se reunir com representantes do governo de SP.
Entre as ações que serão tratadas está a ocupação de áreas críticas como a favela Paraisópolis pelo Exército e Força Nacional de Segurança. Ontem, ao jornal "O Estado de S. Paulo" a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, defendeu a ideia de que forças federais ocupem a maior favela de SP da mesma forma que fez no Complexo do Alemão, no Rio.
Inicialmente, o governo está disposto a oferecer vagas em quatro presídios federais e a formar força-tarefa com as polícias federais e estaduais.
Um dos primeiros bandidos que devem ser transferidos é Francisco Antonio Cesário da Silva, o Piauí, chefe da facção PCC em Paraisópolis e acusado de mandar matar ao menos seis policiais.
A preocupação do governo Dilma é desmobilizar a organização criminosa PCC, que tem ramificações fora de SP.
BATE-BOCA
A elaboração de um plano integrado já havia sido anunciada pelo ministro da Justiça, que disse, porém, que o governo paulista estava interessado só em verba para financiar projetos pontuais.
O tema virou motivo de bate-boca entre os dois governos. Ferreira Pinto disse que a União não sabia nada de facção criminosa e que o Estado não precisava dos presídios nem de tropas federais.
Ele acusou, ainda, Cardozo de "faltar com a verdade" ao dizer que havia oferecido ajuda ao governo de SP.
Em nota, o Ministério da Justiça disse que ofereceu apoio "em diversas oportunidades" e rebateu a tese defendida por Ferreira Pinto e Alckmin de que a violência em São Paulo decorria da entrada de armas e drogas no Estado por falta de fiscalização nas fronteiras. "É inaceitável, além de inverídica", disse.
Ontem, Alckmin disse a Dilma que desaprovou a atitude de Cardozo, mas que reconheceu também "excesso" por parte de Ferreira Pinto.
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