ALBERTO GOLDMAN
TENDÊNCIAS/DEBATES
O ASSUNTO DE HOJE: RUMOS PARTIDÁRIOS
PSDB mais forte, vitória da democracia
Fomos muito bem nas eleições, contrapondo o projeto petista de hegemonia. Saímos fortes como alternativa ao desafio arrogante do PT ao STF, ao aparelhamento
As instituições estão funcionando. O Judiciário, independente, processa e condena figurões da República transgressores da lei. O povo vai às urnas. Tudo dentro da normalidade. A democracia se consolida.
Nas eleições municipais deste ano, o PT, venceu em 635 municípios, enquanto o PSDB elegeu 701 prefeitos. Os dois foram ultrapassados pelo PMDB, com 1026 prefeituras.
Quanto ao número de vereadores, o PSDB só ficou abaixo do PMDB. Porém, no chamado G85, as 26 capitais e 59 cidades com mais de 200 mil eleitores, o PT elegeu 16 prefeitos (seis a menos que em 2008). O PSDB, 15 (seis a mais que em 2008).
No segundo turno, o PSDB elegeu prefeitos em 9 das 17 disputas. Interessante ressaltar que no Nordeste, onde Lula e Dilma tiveram votações altíssimas, o PSDB, junto ao DEM, venceu em 7 das 15 maiores cidades. No Norte, o PSDB venceu nas duas maiores capitais, Manaus e Belém.
A presença física nas campanhas, quase desesperada, de Lula e Dilma, não trouxe qualquer resultado.
A conclusão é que o PSDB, há dez anos longe do poder federal, obteve um excelente resultado. Avançou muito nas capitais e nas grandes cidades, retomou seu ímpeto no Norte e Nordeste e acumula forças para se contrapor ao projeto de hegemonia do PT. Renova, assim, o seu mandato de oposição e de alternativa de poder, essencial para a democracia.
O crescimento modesto do PT, mesmo contando São Paulo, onde usaram durante a campanha antigos costumes da política brasileira, como o loteamento de cargos federais (Maluf e Marta Suplicy), tornou mais distante o sonho lulopetista.
A campanha também serviu para comprovar o viés antidemocrático desse projeto. O desafio arrogante ao STF, como a reação aos votos dos magistrados e as declarações que chegavam a falar em golpe das "elites" e da mídia às instituições, mostram a recusa em admitir os erros do passado e a disposição de repeti-los.
A presença da presidente Dilma nas manifestações eleitorais, procurando transmitir a ideia de que, eleitos os seus preferidos, os eleitores teriam um melhor atendimento, agrediu os princípios constitucionais da igualdade dos cidadãos e de liberdade de expressão de suas vontades. Mostrou a verdadeira face da presidente, que sucumbiu às pressões políticas de seu criador e de seus companheiros de partido.
Além disso, há a percepção, ainda que tênue, de que a economia tem um desempenho medíocre.
A máquina estatal, dominada e aparelhada pelo PT e seus aliados de ocasião, não presta os serviços demandados pela população nem consegue realizar os investimentos necessários ao desenvolvimento.
No drama do ser ou não ser, Dilma não consegue definir um modelo de desenvolvimento que supere o fisiologismo e os velhos preconceitos ideológicos do seu partido contra a participação de capitais privados no desenvolvimento da nossa infraestrutura. Os apagões de energia elétrica, nas rodovias, nas ferrovias, nos portos e nos aeroportos estão aí para comprovar.
A confiança renovada no PSDB de parte expressiva do eleitorado aumenta a sua responsabilidade de oferecer uma alternativa progressista e democrática de desenvolvimento do país. Temos valores que julgamos essenciais para uma vida em sociedade e uma visão do mundo e do país que julgamos mais democrática, articulada e contemporânea do que a dos nossos adversários.
O PSDB precisa reforçar a sua estrutura partidária, trabalhar junto à sociedade, captar os seus anseios e suas demandas, construir propostas que possam se traduzir em melhoria das condições de vida do nosso povo, daqueles que verdadeiramente necessitam do poder público para enfrentar as dificuldades.
Nas eleições municipais deste ano, o PT, venceu em 635 municípios, enquanto o PSDB elegeu 701 prefeitos. Os dois foram ultrapassados pelo PMDB, com 1026 prefeituras.
Quanto ao número de vereadores, o PSDB só ficou abaixo do PMDB. Porém, no chamado G85, as 26 capitais e 59 cidades com mais de 200 mil eleitores, o PT elegeu 16 prefeitos (seis a menos que em 2008). O PSDB, 15 (seis a mais que em 2008).
No segundo turno, o PSDB elegeu prefeitos em 9 das 17 disputas. Interessante ressaltar que no Nordeste, onde Lula e Dilma tiveram votações altíssimas, o PSDB, junto ao DEM, venceu em 7 das 15 maiores cidades. No Norte, o PSDB venceu nas duas maiores capitais, Manaus e Belém.
A presença física nas campanhas, quase desesperada, de Lula e Dilma, não trouxe qualquer resultado.
A conclusão é que o PSDB, há dez anos longe do poder federal, obteve um excelente resultado. Avançou muito nas capitais e nas grandes cidades, retomou seu ímpeto no Norte e Nordeste e acumula forças para se contrapor ao projeto de hegemonia do PT. Renova, assim, o seu mandato de oposição e de alternativa de poder, essencial para a democracia.
O crescimento modesto do PT, mesmo contando São Paulo, onde usaram durante a campanha antigos costumes da política brasileira, como o loteamento de cargos federais (Maluf e Marta Suplicy), tornou mais distante o sonho lulopetista.
A campanha também serviu para comprovar o viés antidemocrático desse projeto. O desafio arrogante ao STF, como a reação aos votos dos magistrados e as declarações que chegavam a falar em golpe das "elites" e da mídia às instituições, mostram a recusa em admitir os erros do passado e a disposição de repeti-los.
A presença da presidente Dilma nas manifestações eleitorais, procurando transmitir a ideia de que, eleitos os seus preferidos, os eleitores teriam um melhor atendimento, agrediu os princípios constitucionais da igualdade dos cidadãos e de liberdade de expressão de suas vontades. Mostrou a verdadeira face da presidente, que sucumbiu às pressões políticas de seu criador e de seus companheiros de partido.
Além disso, há a percepção, ainda que tênue, de que a economia tem um desempenho medíocre.
A máquina estatal, dominada e aparelhada pelo PT e seus aliados de ocasião, não presta os serviços demandados pela população nem consegue realizar os investimentos necessários ao desenvolvimento.
No drama do ser ou não ser, Dilma não consegue definir um modelo de desenvolvimento que supere o fisiologismo e os velhos preconceitos ideológicos do seu partido contra a participação de capitais privados no desenvolvimento da nossa infraestrutura. Os apagões de energia elétrica, nas rodovias, nas ferrovias, nos portos e nos aeroportos estão aí para comprovar.
A confiança renovada no PSDB de parte expressiva do eleitorado aumenta a sua responsabilidade de oferecer uma alternativa progressista e democrática de desenvolvimento do país. Temos valores que julgamos essenciais para uma vida em sociedade e uma visão do mundo e do país que julgamos mais democrática, articulada e contemporânea do que a dos nossos adversários.
O PSDB precisa reforçar a sua estrutura partidária, trabalhar junto à sociedade, captar os seus anseios e suas demandas, construir propostas que possam se traduzir em melhoria das condições de vida do nosso povo, daqueles que verdadeiramente necessitam do poder público para enfrentar as dificuldades.
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