Estado de Minas: 14/11/2012
O PSDB precisa aprender com seu passado.
Ou, como reza a sabedoria popular, não conseguirá evitar a repetição de antigos erros.
Está reagindo a outra eleição complicada como fez em relação à anterior. O que sugere que não tirou daquela experiência as lições necessárias.
Seu primeiro equívoco é tentar tapar o sol com a peneira. E acreditar que, assim fazendo, apaga a luz.
Nas eleições municipais de outubro, o partido se saiu mal. Encolheu no número de prefeituras, perdeu vereadores, reduziu sua participação no comando dos principais municípios.
Valorizar vitórias no Norte e em capitais menores do Nordeste é uma parca compensação para o desempenho medíocre nas grandes metrópoles. Nas capitais do Sul e do Sudeste em que teve candidato próprio, perdeu em todas – em algumas, ficando do tamanho de nanicos.
A derrota em São Paulo é do porte da maior cidade do país.
Ninguém gosta de admitir fracassos, mas fingir que não existem é péssimo. Com limões azedos, só se fazem limonadas amargas.
Uma das coisas que mais atrapalham a auto-crítica dos tucanos são os amigos. De tanto querer confortá-los, os comentaristas e analistas da “grande imprensa” acabam por dificultar a reflexão que deveriam fazer.
(Logo após a eleição, ainda sob o impacto dos números de Fernando Haddad, um jornal conservador carioca estampou em manchete que os resultados em Manaus e Belém “enchiam de ânimo” o PSDB. Para o bem do partido, tomara que não seja verdade.)
O fato é que o ano termina, para ele, com a perspectiva de um mau desempenho na próxima eleição legislativa. Pior que o da última, que tinha sido ruim.
Também como em 2010, o PSDB sai da eleição falando em “renovação”. Seus principais líderes, a começar por Fernando Henrique Cardoso, dizem-se convictos de que o partido precisa “sangue novo”.
O problema é que os tucanos, pelo menos de uns anos para cá, revelam acreditar mais na conversa de renovação que na sua prática. Gostam de defendê-la, mas, na hora H, refugam.
Há maior exemplo que o ocorrido em São Paulo, quando o partido abortou um processo de prévias partidárias – cujo conteúdo fundamental era a renovação pela base –, para insistir no que de mais antigo tinha a oferecer à cidade?
Pensando bem, foi igualmente por não confiar na renovação que Serra tinha sido candidato a presidente em 2010. De tanto temer o risco de perder com algo novo – como seria a candidatura de Aécio –, o PSDB preferiu a falsa segurança do conhecido.
Assim fazendo, deixou escapar a chance de construir um nome nacional para 2014. Que ainda não tem – pois o senador por Minas Gerais continua a ter pouca visibilidade junto à grande maioria do eleitorado.
Enganam-se os mal informados que creditam o sucesso do PT ao que seria seu maquiavelismo. Os que, por ingenuidade ou má fé, dizem que o “lulopetismo” dá certo às custas de complôs bem tramados.
A dificuldade do PSDB enfrentar seus dilemas é uma das razões do PT ser o que é.
Ou, como reza a sabedoria popular, não conseguirá evitar a repetição de antigos erros.
Está reagindo a outra eleição complicada como fez em relação à anterior. O que sugere que não tirou daquela experiência as lições necessárias.
Seu primeiro equívoco é tentar tapar o sol com a peneira. E acreditar que, assim fazendo, apaga a luz.
Nas eleições municipais de outubro, o partido se saiu mal. Encolheu no número de prefeituras, perdeu vereadores, reduziu sua participação no comando dos principais municípios.
Valorizar vitórias no Norte e em capitais menores do Nordeste é uma parca compensação para o desempenho medíocre nas grandes metrópoles. Nas capitais do Sul e do Sudeste em que teve candidato próprio, perdeu em todas – em algumas, ficando do tamanho de nanicos.
A derrota em São Paulo é do porte da maior cidade do país.
Ninguém gosta de admitir fracassos, mas fingir que não existem é péssimo. Com limões azedos, só se fazem limonadas amargas.
Uma das coisas que mais atrapalham a auto-crítica dos tucanos são os amigos. De tanto querer confortá-los, os comentaristas e analistas da “grande imprensa” acabam por dificultar a reflexão que deveriam fazer.
(Logo após a eleição, ainda sob o impacto dos números de Fernando Haddad, um jornal conservador carioca estampou em manchete que os resultados em Manaus e Belém “enchiam de ânimo” o PSDB. Para o bem do partido, tomara que não seja verdade.)
O fato é que o ano termina, para ele, com a perspectiva de um mau desempenho na próxima eleição legislativa. Pior que o da última, que tinha sido ruim.
Também como em 2010, o PSDB sai da eleição falando em “renovação”. Seus principais líderes, a começar por Fernando Henrique Cardoso, dizem-se convictos de que o partido precisa “sangue novo”.
O problema é que os tucanos, pelo menos de uns anos para cá, revelam acreditar mais na conversa de renovação que na sua prática. Gostam de defendê-la, mas, na hora H, refugam.
Há maior exemplo que o ocorrido em São Paulo, quando o partido abortou um processo de prévias partidárias – cujo conteúdo fundamental era a renovação pela base –, para insistir no que de mais antigo tinha a oferecer à cidade?
Pensando bem, foi igualmente por não confiar na renovação que Serra tinha sido candidato a presidente em 2010. De tanto temer o risco de perder com algo novo – como seria a candidatura de Aécio –, o PSDB preferiu a falsa segurança do conhecido.
Assim fazendo, deixou escapar a chance de construir um nome nacional para 2014. Que ainda não tem – pois o senador por Minas Gerais continua a ter pouca visibilidade junto à grande maioria do eleitorado.
Enganam-se os mal informados que creditam o sucesso do PT ao que seria seu maquiavelismo. Os que, por ingenuidade ou má fé, dizem que o “lulopetismo” dá certo às custas de complôs bem tramados.
A dificuldade do PSDB enfrentar seus dilemas é uma das razões do PT ser o que é.
Nenhum comentário:
Postar um comentário