Instituto Inhotim http://www.inhotim.org.br/ aproveita o carnaval para lembrar Hélio Oiticica, o artista plástico da Mangueira que conquistou o mundo. Público será convidado a recriar os parangolés
Estado de Minas: 09/02/2013
Mangueirense da gema, Hélio Oiticica (1937-1980) ganha homenagem especial no Inhotim neste carnaval. O público está convidado a participar da intervenção Arte e educação em bloco, produzindo estandartes, capas e parangolés que relacionam ações ambientais às ideias e à experiência do artista plástico carioca nas favelas do Rio de Janeiro.
Pintor, escultor e artista performático, Oiticica é nome emblemático da arte contemporânea. Sua obra Tropicália batizou o movimento com que Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes e Tom Zé, entre outros, revolucionaram a MPB nos anos 1960.
Os parangolés de Hélio – hoje peças cultuadas em museus e galerias de todo o mundo – serviram de “armadura lúdica” durante protesto do artista plástico, nos anos 1960, pelo fato de sambistas da Mangueira terem sido impedidos de entrar na exposição Opinião 65, em cartaz no Museu de Arte Moderna (MAM) carioca.
Em manifestação em frente ao MAM, Oiticica, escorraçado depois de reclamar do tratamento conferido aos mangueirenses, e seus amigos usaram capas coloridas. Em plena ditadura militar, eles se vestiram de arte para questionar o preconceito e as regras impostas pelo sistema. Dessa maneira, Hélio fez do corpo uma escultura móvel – e militante.
Em Inhotim, há vários trabalhos de Hélio Oiticica, alguns em parceria com o mineiro Neville de Almeida, conhecido cineasta. Eles podem ser conferidos no pavilhão especialmente projetado para receber a série Cosmococas, que reúne Trashiscapes, Onobject, Maileryn, Nocagions e Hendrix-War. O penetrável Magic square # 5 De luxe interage com os jardins.
Máscaras As crianças ganharam programação especial de carnaval: no Espaço Tamboril, oficina vai ensiná-las a criar máscaras inspiradas na fauna local.
Melhor de tudo: o Instituto Inhotim vai funcionar durante todo o feriado. Hoje, amanhã e terça-feira, o espaço estará aberto das 9h30 às 17h30. Na segunda e na quarta-feira, o horário muda para 9h30 às 16h30. A inteira custa R$ 28 (hoje e amanhã) e R$ 20 (segunda-feira). Na terça-feira a entrada é franca. Menores de 6 anos não pagam. Informações: www.inhotim.org.br e (31) 3571-9700. Inhotim fica na Rua B, 20, em Brumadinho, a 60 quilômetros de Belo Horizonte.
SAIBA MAIS
Ele era o samba
De acordo com a Enciclopédia Itaú Cultural/Artes visuais, a colaboração de Hélio Oiticica com a famosa escola de samba verde-e-rosa se deve a dois escultores: o mineiro Amilcar de Castro e o paraibano Jackson Ribeiro. Foi essa dupla quem levou o colega carioca ao Morro da Mangueira no fim da década de 1960. Hélio se tornou amigo de sambistas, passistas e moradores da comunidade. Dessa experiência surgiram os parangolés – tendas, estandartes, bandeiras e capas de vestir que fundem cor, dança, poesia e música, convidando à manifestação cultural coletiva. “Parangolé é a antiarte por excelência. Pretendo estender o sentido de ‘apropriação’ às coisas do mundo com que deparo nas ruas, terrenos baldios e campos – o mundo ambiente, enfim”, resumiu Hélio Oiticica.
Pintor, escultor e artista performático, Oiticica é nome emblemático da arte contemporânea. Sua obra Tropicália batizou o movimento com que Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes e Tom Zé, entre outros, revolucionaram a MPB nos anos 1960.
Os parangolés de Hélio – hoje peças cultuadas em museus e galerias de todo o mundo – serviram de “armadura lúdica” durante protesto do artista plástico, nos anos 1960, pelo fato de sambistas da Mangueira terem sido impedidos de entrar na exposição Opinião 65, em cartaz no Museu de Arte Moderna (MAM) carioca.
Em manifestação em frente ao MAM, Oiticica, escorraçado depois de reclamar do tratamento conferido aos mangueirenses, e seus amigos usaram capas coloridas. Em plena ditadura militar, eles se vestiram de arte para questionar o preconceito e as regras impostas pelo sistema. Dessa maneira, Hélio fez do corpo uma escultura móvel – e militante.
Em Inhotim, há vários trabalhos de Hélio Oiticica, alguns em parceria com o mineiro Neville de Almeida, conhecido cineasta. Eles podem ser conferidos no pavilhão especialmente projetado para receber a série Cosmococas, que reúne Trashiscapes, Onobject, Maileryn, Nocagions e Hendrix-War. O penetrável Magic square # 5 De luxe interage com os jardins.
Máscaras As crianças ganharam programação especial de carnaval: no Espaço Tamboril, oficina vai ensiná-las a criar máscaras inspiradas na fauna local.
Melhor de tudo: o Instituto Inhotim vai funcionar durante todo o feriado. Hoje, amanhã e terça-feira, o espaço estará aberto das 9h30 às 17h30. Na segunda e na quarta-feira, o horário muda para 9h30 às 16h30. A inteira custa R$ 28 (hoje e amanhã) e R$ 20 (segunda-feira). Na terça-feira a entrada é franca. Menores de 6 anos não pagam. Informações: www.inhotim.org.br e (31) 3571-9700. Inhotim fica na Rua B, 20, em Brumadinho, a 60 quilômetros de Belo Horizonte.
SAIBA MAIS
Ele era o samba
De acordo com a Enciclopédia Itaú Cultural/Artes visuais, a colaboração de Hélio Oiticica com a famosa escola de samba verde-e-rosa se deve a dois escultores: o mineiro Amilcar de Castro e o paraibano Jackson Ribeiro. Foi essa dupla quem levou o colega carioca ao Morro da Mangueira no fim da década de 1960. Hélio se tornou amigo de sambistas, passistas e moradores da comunidade. Dessa experiência surgiram os parangolés – tendas, estandartes, bandeiras e capas de vestir que fundem cor, dança, poesia e música, convidando à manifestação cultural coletiva. “Parangolé é a antiarte por excelência. Pretendo estender o sentido de ‘apropriação’ às coisas do mundo com que deparo nas ruas, terrenos baldios e campos – o mundo ambiente, enfim”, resumiu Hélio Oiticica.
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