Estado de Minas - 27/02/2013
Foi
na plateia de Eros, o Deus do amor, de Walter Hugo Khouri que o
cinéfilo Adilson Marcelino viu o que mais tarde se tornaria sua paixão.
“Era um trailer só com atrizes. Um desfile de várias mulheres, muitas
delas eu nunca tinha visto na vida. Aquilo me fascinou e inquietou”,
lembra sobre a experiência de 1981. A curiosidade foi aguçada de tal
forma que, mais de 30 anos depois, continua despertando interesse do
jornalista em pesquisar a vida e a obra de atrizes que povoam as telas
nacionais. O lançamento hoje da segunda versão do site Mulheres do
cinema brasileiro ( http://www.mulheresdocinemabrasileiro.com/ ) reforça a vocação
histórica do projeto lançado há 10 anos.
Adilson http://youtu.be/e7-KT89c1xg catalogou
cerca de 500 atrizes, produtoras, pesquisadoras envolvidas de alguma
maneira com a produção de filmes no Brasil. Primeiro publicou em
fotolog, depois em site e percebeu que o conteúdo valioso se perdia em
navegação limitada. Contemplado no edital do projeto Filme em Minas, ele
pôde dar uma repaginada no endereço da internet, organizar o conteúdo e
ainda se preparar para alcançar a meta de 700 perfis até o meio do ano.
“Acho que o número de visitantes vai aumentar. Não é um site factual, é
de perfil histórico, daí sua dinâmica diferenciada”, ressalta.
Na
nova versão o site é organizado como complexo de cinema. Salas
temáticas carregam nomes de atrizes como Sandra Bréa, Isabel Ribeiro,
Zezé Motta, Darlene Glória e outras. Além dos perfis, o conteúdo é
complementado com entrevistas, homenagens e pequenos comentários sobre
alguns filmes. A repaginação será inaugurada com homenagem às mineiras.
“São eantrevistas; a primeira com Wilma Henriques, primeira dama do
teatro mineiro, que fez cinema, caso, por exemplo, de O menino e o
vento, de 1967, de Carlos Hugo Christensen”, conta.
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