Estado de Minas: 29/03/2013
“Mulher de amigo meu é
homem”, repetem os bocós esquecidos de que, insistindo na tolice, só
fazem destacar o seu lado bi. Alfim e ao cabo, é da essência do
bissexualismo o amor amplo, geral e irrestrito. Nada mais claro, lógico e
evidente do que o entusiasmo do homem sério pelas mulheres dos melhores
amigos, desde que apetecíveis. Sim, porque todos temos amigos casados
com verdadeiros breves contra a luxúria, por motivos que não nos dizem
respeito.
Admirando o amigo por suas inúmeras virtudes, sem as quais não seria seu amigo, você o prestigia admirando (e desejando) a mulher dele. Difícil é cobiçar a mulher de um inimigo. Sendo inimigo, você não tem acesso à casa dele, nem ele ao seu lar, doce lar. Portanto, o caro e preclaro amigo só pode conhecer de foto ou de longe a idiota que se casou com o seu inimigo.
Vou mais longe: desejar a mulher do próximo, sendo mesmo próximo e muito seu amigo, é uma forma de homenageá-lo e de homenagear a mulher dele. Compete somente a ela decidir se você vale a pena e o risco. Na maioria dos casos, esmagadora maioria, ela se convence de que é tudo a mesma coisa. Maridão e Ricardão se equivalem nos defeitos e na falta de virtudes, mas há casos em que um complementa o outro e o ménage à trois, desde sempre, tem funcionado.
Ménage à trois, minha gente: locução substantiva que significa arranjo segundo o qual três pessoas (por exemplo, um casal mais um ou uma amante) compartilham relações sexuais e/ou amorosas, especialmente morando juntas (num só ménage). Se o paciente leitor de Tiro&Queda anda afinzão de um susto, não deve deixar de ler as biografias de Gala e Salvador Dalí, dois malucos para ninguém botar defeito.
Melhor idade?
Senhor de 85 anos foi preso em flagrante fazendo arte com dois menores, um menino e uma menina de 14 anos, em Salto (SP), a 70 quilômetros da capital. Como sempre e apesar da prisão em flagrante, a imprensa disse que ele é suspeito. Consta que é pai de um ex-prefeito daquele município de 105 mil habitantes e IDH elevado. Os meninos disseram à polícia que recebiam R$ 30 per capita pelo programa e foram encaminhados aos seus responsáveis, enquanto o idoso foi para a cadeia de Pilar do Sul, onde ficam os acusados de crimes sexuais.
Salvo melhor juízo, é cidadão inimputável. Inflacionou o mercado, que costuma pagar R$ 10 em atividades do gênero, mas, em vez de ser preso, deve ser examinado por equipe de geriatras e psiquiatras, a ver se descobrem o segredo de tamanho entusiasmo cívico.
Em Sampa, tive notícia de um pedreiro de origem italiana, pai de um amigo nosso, que aos 76 anos atropelava diariamente a santa mãe dos seus filhos, motivo pelo qual ela vivia se queixando à família e à vizinhança. Nas horas vagas, ainda aos 76 aninhos, o pedreiro se dedicava a construir casas para alugar e já era dono de meio bairro periférico.
Se aos 76 o entusiasmo já é um fenômeno, aos 85 é algo digno do Livro dos Recordes e não da cadeia de Pilar do Sul. Contudo, a última palavra cabe, como sempre, ao caro e preclaro leitor de Tiro&Queda.
Leitores
Tive e tenho amigos e amigas que, depois de certa idade e com problemas de visão, contratam leitores em voz alta para deixá-los a par do noticiário dos jornais, das revistas e do conteúdo de livros que precisam ler ou reler. Venho pensando seriamente numa contratação do gênero, com a só condição de que o contratado leia em sua casa e me faça um resumo resumidíssimo dos livros que recebo. Em rigor, não posso deixar de ler nenhum deles, mas me falta tempo. E a pilha cresce numa velocidade espantosa.
Seria serviço ideal para os que gostam de ler e têm tempo de sobra. Além do livro de graça, receberiam uns cobres que não fazem mal a ninguém. Indispensável, também, que tivessem certa afinidade de gostos com o philosopho e bela dose de tolerância para não viver esculhambando os textos recebidos para leitura, resumo e análise.
Admirando o amigo por suas inúmeras virtudes, sem as quais não seria seu amigo, você o prestigia admirando (e desejando) a mulher dele. Difícil é cobiçar a mulher de um inimigo. Sendo inimigo, você não tem acesso à casa dele, nem ele ao seu lar, doce lar. Portanto, o caro e preclaro amigo só pode conhecer de foto ou de longe a idiota que se casou com o seu inimigo.
Vou mais longe: desejar a mulher do próximo, sendo mesmo próximo e muito seu amigo, é uma forma de homenageá-lo e de homenagear a mulher dele. Compete somente a ela decidir se você vale a pena e o risco. Na maioria dos casos, esmagadora maioria, ela se convence de que é tudo a mesma coisa. Maridão e Ricardão se equivalem nos defeitos e na falta de virtudes, mas há casos em que um complementa o outro e o ménage à trois, desde sempre, tem funcionado.
Ménage à trois, minha gente: locução substantiva que significa arranjo segundo o qual três pessoas (por exemplo, um casal mais um ou uma amante) compartilham relações sexuais e/ou amorosas, especialmente morando juntas (num só ménage). Se o paciente leitor de Tiro&Queda anda afinzão de um susto, não deve deixar de ler as biografias de Gala e Salvador Dalí, dois malucos para ninguém botar defeito.
Melhor idade?
Senhor de 85 anos foi preso em flagrante fazendo arte com dois menores, um menino e uma menina de 14 anos, em Salto (SP), a 70 quilômetros da capital. Como sempre e apesar da prisão em flagrante, a imprensa disse que ele é suspeito. Consta que é pai de um ex-prefeito daquele município de 105 mil habitantes e IDH elevado. Os meninos disseram à polícia que recebiam R$ 30 per capita pelo programa e foram encaminhados aos seus responsáveis, enquanto o idoso foi para a cadeia de Pilar do Sul, onde ficam os acusados de crimes sexuais.
Salvo melhor juízo, é cidadão inimputável. Inflacionou o mercado, que costuma pagar R$ 10 em atividades do gênero, mas, em vez de ser preso, deve ser examinado por equipe de geriatras e psiquiatras, a ver se descobrem o segredo de tamanho entusiasmo cívico.
Em Sampa, tive notícia de um pedreiro de origem italiana, pai de um amigo nosso, que aos 76 anos atropelava diariamente a santa mãe dos seus filhos, motivo pelo qual ela vivia se queixando à família e à vizinhança. Nas horas vagas, ainda aos 76 aninhos, o pedreiro se dedicava a construir casas para alugar e já era dono de meio bairro periférico.
Se aos 76 o entusiasmo já é um fenômeno, aos 85 é algo digno do Livro dos Recordes e não da cadeia de Pilar do Sul. Contudo, a última palavra cabe, como sempre, ao caro e preclaro leitor de Tiro&Queda.
Leitores
Tive e tenho amigos e amigas que, depois de certa idade e com problemas de visão, contratam leitores em voz alta para deixá-los a par do noticiário dos jornais, das revistas e do conteúdo de livros que precisam ler ou reler. Venho pensando seriamente numa contratação do gênero, com a só condição de que o contratado leia em sua casa e me faça um resumo resumidíssimo dos livros que recebo. Em rigor, não posso deixar de ler nenhum deles, mas me falta tempo. E a pilha cresce numa velocidade espantosa.
Seria serviço ideal para os que gostam de ler e têm tempo de sobra. Além do livro de graça, receberiam uns cobres que não fazem mal a ninguém. Indispensável, também, que tivessem certa afinidade de gostos com o philosopho e bela dose de tolerância para não viver esculhambando os textos recebidos para leitura, resumo e análise.
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