Estado de Minas: 26/06/2013
As ruas se enchem
de jovens e todos pensávamos que eles estavam nos shoppings, nos bares e
nas baladas, de costas para a vida real. Meus olhos estão molhados e
minha alma canta: estarei mesmo vendo o que eles me revelam? A vida nas
cidades anda tão difícil, desgastante e perigosa. E os jornais e as
tevês insistindo em nos dizer que estamos no melhor dos mundos e tudo
vai pelo melhor.
Tudo o que vivi já não vale nada, a sabedoria está é nas pesquisas escritas e faladas por jornalistas e por cientistas políticos?
Diante de qualquer problema real e fundamental para o dia a dia dos brasileiros, chame-se o marqueteiro oficial e ele doura a pílula, transformando fel em mel, enganando com imagens bonitas e palavras vãs os incautos.
Até quando abusariam de nossa paciência?
O que o povo está dizendo nas ruas nesses dias me traz à lembrança fatos que ocorreram há muitos anos, em 1977. Vivíamos uma ditadura violenta e há muito tempo não se ouvia a voz do brasileiro, só sussurros ao pé do ouvido, todos desconfiados e amedrontados pela repressão que se anunciava a cada esquina e entrara sorrateiramente no íntimo de cada um.
Sinais de esgotamento do regime militar se evidenciaram nas vitórias da oposição nas eleições de 1974 para o Senado. O pacote de abril foi a resposta pesada dos ditadores, mas as manifestações diante do corpo de Vladimir Herzog reabriram as veias do povo no rumo da reconquista da liberdade.
Foi aí que a juventude saiu às ruas, ela que estava calada pelas baionetas.
As ruas voltaram a anunciar um novo tempo. Comovido, fiz com Milton Nascimento uma canção de esperança e alegria pelo reencontro com a cidadania. A partir das passeatas era inevitável que a ditadura se dissolvesse. Em homenagem aos jovens de hoje, recito o nosso Credo:
“Caminhando pelas ruas de nossa cidade
Acendendo a esperança e apagando a escuridão.
Vamos, caminhando pelas ruas de nossa cidade
Viver derramando a juventude pelos corações.
Tenha fé no nosso povo que ele resiste
Tenha fé no nosso povo que ele insiste.
E acorda novo, forte, alegre, cheio de paixão
Vamos, caminhando de mãos dadas com a alma nova
Viver semeando a liberdade em cada coração
Tenha fé no nosso povo que ele acorda
Tenha fé em nosso povo que ele assusta.
Caminhando e vivendo com a alma aberta Aquecidos pelo sol que vem depois do temporal
Vamos, companheiros pelas ruas de nossa cidade
Cantar
Semeando um sonho que vai ter de ser real.
Caminhemos pela noite com a esperança
Caminhemos pela noite com a juventude.”
Tudo o que vivi já não vale nada, a sabedoria está é nas pesquisas escritas e faladas por jornalistas e por cientistas políticos?
Diante de qualquer problema real e fundamental para o dia a dia dos brasileiros, chame-se o marqueteiro oficial e ele doura a pílula, transformando fel em mel, enganando com imagens bonitas e palavras vãs os incautos.
Até quando abusariam de nossa paciência?
O que o povo está dizendo nas ruas nesses dias me traz à lembrança fatos que ocorreram há muitos anos, em 1977. Vivíamos uma ditadura violenta e há muito tempo não se ouvia a voz do brasileiro, só sussurros ao pé do ouvido, todos desconfiados e amedrontados pela repressão que se anunciava a cada esquina e entrara sorrateiramente no íntimo de cada um.
Sinais de esgotamento do regime militar se evidenciaram nas vitórias da oposição nas eleições de 1974 para o Senado. O pacote de abril foi a resposta pesada dos ditadores, mas as manifestações diante do corpo de Vladimir Herzog reabriram as veias do povo no rumo da reconquista da liberdade.
Foi aí que a juventude saiu às ruas, ela que estava calada pelas baionetas.
As ruas voltaram a anunciar um novo tempo. Comovido, fiz com Milton Nascimento uma canção de esperança e alegria pelo reencontro com a cidadania. A partir das passeatas era inevitável que a ditadura se dissolvesse. Em homenagem aos jovens de hoje, recito o nosso Credo:
“Caminhando pelas ruas de nossa cidade
Acendendo a esperança e apagando a escuridão.
Vamos, caminhando pelas ruas de nossa cidade
Viver derramando a juventude pelos corações.
Tenha fé no nosso povo que ele resiste
Tenha fé no nosso povo que ele insiste.
E acorda novo, forte, alegre, cheio de paixão
Vamos, caminhando de mãos dadas com a alma nova
Viver semeando a liberdade em cada coração
Tenha fé no nosso povo que ele acorda
Tenha fé em nosso povo que ele assusta.
Caminhando e vivendo com a alma aberta Aquecidos pelo sol que vem depois do temporal
Vamos, companheiros pelas ruas de nossa cidade
Cantar
Semeando um sonho que vai ter de ser real.
Caminhemos pela noite com a esperança
Caminhemos pela noite com a juventude.”
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