INTERNETS
Ronaldo lemos
@lemos_ronaldo
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Folha de São Paulo
Semana passada algo improvável aconteceu. O Google ficou "fora do ar" por uma hora afetando vários usuários. Durante todo o tempo não era possível acessar os serviços da empresa. Nada de Gmail, YouTube, ou mesmo de buscas. Muitos usuários se viram "sem chão".Quando não tem Google, o que fazer? A resposta é simples: ir para outros sites.
Hordas de órfãos lotaram o Facebook e o Twitter. Muitos reclamando, outros fazendo piada (teve gente comparando o Google ao Palmeiras, outros dizendo que era o fim do mundo). Quem precisou fazer buscas foi para o Bing (os mais antenados, para oDuckDuckGo.com).
Até agora não se sabe as causas do problema. O Google disse que não houve problema do seu lado.
A razão estaria em outra ponta. Independente das causas, a queda é um exemplo do que seria a internet sem a chamada "neutralidade da internet". O assunto é debatido hoje no Brasil e será tema de conferência da ONU em dezembro.
Hoje, todos os sites rodam na mesma velocidade. Sem neutralidade, provedores poderiam decidir que alguns têm de rodar mais devagar, ou mesmo ficar "fora do ar".
O efeito é parecido com a queda do Google: quem acessa um site "piorado" fica irritado e vai para outro lugar. Isso permitiria aos provedores decidir o que vai ou não dar certo na rede.
A queda do Google não foi o fim do mundo. Mas mostrou um flash do fim da internet como a conhecemos.
READER
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