Reconhecimento internacional ocorreu em cerimônia ontem, em Paris, com presença da ministra da Cultura
Na capital francesa, Marta Suplicy anunciou intercâmbio entre Escola do Louvre e entidade brasileira
A decisão, anunciada ontem durante sessão do Comitê Intergovernamental do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, foi recebida com euforia pela delegação brasileira em Paris. Passistas pernambucanos, carregando os tradicionais guarda-chuvas coloridos, dançaram em pleno auditório.
A ministra brasileira da Cultura, Marta Suplicy, que está na capital francesa, disse que a inclusão do frevo à lista da Unesco é de grande importância. "Para nós, o frevo junta várias áreas : dança, capoeira, música, artesanato. O reconhecimento em nível internacional ajuda a manter essa riqueza, que é nossa, por muitos séculos."
O reconhecimento de uma prática como patrimônio imaterial não determina aporte financeiro, mas serve, segundo a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado, como meio de promoção e visibilidade. "Abre possibilidades para medidas de salvaguarda."
A noção de patrimônio imaterial inclui práticas e expressões que contribuem para a identidade de uma comunidade. O frevo, originário de Pernambuco, foi o terceiro elemento brasileiro reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
Em 2003, a Unesco havia incluído à lista a pintura corporal dos índios Wajãpi, do Amapá, e, em 2005, o samba de roda do recôncavo baiano.
MARTA SUPLICY
Em encontro com a diretora geral da Unesco, Irina Bokova, ontem em Paris, a ministra brasileira anunciou o repasse de US$ 220 mil para financiar de um estudo preliminar de proteção e promoção de museus e coleções.
Um acordo firmado com a ministra francesa da Cultura, Aurélie Filippetti, ontem, criará intercâmbio de profissionais da área museológica entre o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e a Escola do Louvre, a partir de 2013.
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