Gilberto Gil faz noite de lançamento de sua biografia, escrita pela jornalista Regina Zappa
A fila já está grande na
Travessa de Ipanema
quando Gilberto Gil
chega para autografar “Gilberto
bem perto”, ao lado da autora,
a jornalista Regina Zappa.
O compositor sai do Fusca azul
último modelo que ganhou de
presente da mulher, Flora (“ele
amou, ficou louco com esse
carro”), e passa os olhos nos livros
que estão empilhados na
entrada da livraria.
Debruça sobre “Malcolm X —
Uma vida de reinvenções” por
alguns minutos e segue. Ele
não é muito chegado a biografias.
“Prefiro ensaios filosóficos”,
conta. Foi justamente o
pensamento filosófico de Gil
que fez com que ele se desse
bem com Caetano assim que
se conheceram, em 1965, segundo
Regina. “Caetano estudava
filosofia e eles se identificaram
no ato”, conta ela.
Eis que mano Caetano chega à
livraria. "Eita, que presença
maravilhosa! E aí, meu velho,
como foi o show no Planalto?",
pergunta Gil. “Era um lugar
meio precário”, responde. Uma
repórter quer saber sobre a dedicatória
de Gil ao amigo. “É
normal, simples e pessoal”, define
Caetano.
Do lado da mesa de autógrafos,
Flora recebia os convidados,
batia papo. Todo mundo
puxava assunto sobre o Ecad.
Chega Celso Fonseca, parceiro
de Ronaldo Bastos.
Ronaldo criticou a turma do
“Procure saber”, grupo de artistas
que pede um sistema de fiscalização
sobre o Ecad.
“O Ronaldo tá sozinho nessa, é
ele contra todo mundo”, diz
Celso. E Flora: “Está sozinho
porque quer. Ele foi chamado
várias vezes e nunca apareceu
nem respondeu e-mail.”
Chega então Nicole Bahls, a repórter
gostosona do “Pânico”.
Gilda Midani lembra do entrevero
dela com Gerald Thomas.
“É aquela que o Gerald passou a
mão, lembra?” Gil trata Nicole
superbem e não se chateia nem
quando lhe perguntam sobre
Lobão. “Se fosse só de mim eu
até me manifestaria, mas ele fala
mal de todo mundo.”
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