Estado de Minas: 13/07/2013
Foi muito antes das manifestações nas ruas, mas é assunto sempre atual. Eduardo Paes, prefeito do Rio, jantava com sua mulher e um grupo de amigos num restaurante japonês do Jardim Botânico, quando foi xingado de bosta e vagabundo por um casal de namorados. Resultado: o alcaide saiu no braço com o cidadão que o xingava, o escritor (sic) e músico Bernardo Botkay, conhecido como Botika Botkay, até que os seguranças do estabelecimento e do prefeito apartassem os brigões.
Imediatamente, o escritor e filósofo Francisco Bosco, filho de João Bosco, que estava na mesa do prefeito, deu notícia da briga no Facebook, pancadaria que também foi relatada pelo doutor Botika, através do mesmíssimo Facebook, ensejando o mais alto philosophar.
Em primeiro lugar, quem é João Bosco? Consultei nosso editor-geral, João Bosco Martins Salles, e soube que ele não tem um filho chamado Francisco. A partir dessa informação, fui ao Google para descobrir que o pai do escritor Francisco deve ser a noted Brazilian singer-songwriter with a distinctive style as a guitarrist João Bosco de Freitas Mucci, better known as João Bosco, born July 13, 1946, Ponte Nova, Minas Gerais, considerando que João Melchior Bosco, aliás Giovanni Melchiorre Bosco, morreu em Turim, no ano de 1888, como sacerdote católico italiano fundador da Pia Sociedade São Francisco de Sales e foi canonizado em 1934.
A partir daí ficou fácil descobrir que o escritor Francisco Bosco é um carioca nascido em 1976 e se chama Francisco de Castro Mucci, formou-se em jornalismo pela Facha em 1997, é mestre em teoria literária pela UFRJ, desde 2003, com a dissertação “Texto, Crítica e Leitor: testamento moderno e desafios contemporâneos”. No mesmo ano, ingressou no programa de doutorado em teoria literária na UFRJ. Transcorridos 10 anos, deve ser doutor. É parceiro do pai em diversas músicas e tem perfil no Facebook, o que não chega a ser vantagem a partir do momento em que Botika Botkay também é perfilado.
Que se pode esperar de um sujeito apelidado Botika? Que se pode esperar de outro sujeito que, até aqui, escreveu 343 palavras sobre tolices e brigas idiotas em restaurantes, além de demorar séculos para publicar este belo comentário? Sim, há tanta coisa para publicar “em antes”, que certos comentários ficam atrasados. Não conheço o prefeito Eduardo da Costa Paes, nascido no Rio em novembro de 1969, nem quero conhecer, mas acho que fez muito bem quando plantou a mão no focinho do doutor Botika.
Divórcio
Roberto Luiz Justus is a Brazilian television personality. Justus was born in São Paulo, Brazil to a Hungarian immigrant family. He is best known for O Aprendiz, which is the Brazilian version of The Apprentice.
No feriado de Corpus Christi, o provedor Terra publicou: “Roberto Justus e Ticiane Pinheiro não formam mais um casal. Os rumores sobre a separação começaram na manhã desta quinta-feira, por causa de uma nota publicada pela colunista Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo. De acordo com ela, o fim da união seria anunciado em breve”.
Disse mais: “Flashland procurou a assessoria de imprensa de Ticiane Pinheiro nesta manhã e confirmou a informação. Na sequência, a equipe do casal enviou uma nota em que a dupla diz que decidiu se separar: ‘Decidimos, em comum acordo, nos separar, mas continuaremos unidos pelo amor a nossa filha Rafaella e pela amizade e respeito que nutrimos um pelo outro’ afirma o comunicado assinado pelos dois”.
Ressalvados “formam mais” e “se separar”, que soam mal à beça, vamos aos fatos. Ticiane Andréa Pinheiro Justus, agora ex-Justus, Rio de Janeiro, 16 de maio de 1976, é modelo, atriz, apresentadora e socialite brasileira. Tem assessoria de imprensa. E você, caro, preclaro e pacientíssimo leitor: tem assessoria de imprensa? Penitencio-me de nunca ter contratado os serviços de uma assessoria, mas ainda é tempo.
Vejo no Google que Justus “spouse: Adriane Galisteu (1998-1999)” e mais: “He married Ticiane Pinheiro who is the daughter of the Garota de Ipanema (Girl from Ipanema) Helô Pinheiro, a Brazilian socialite”.
Sendo daughter é filha de Helô, aliás Heloísa Eneida Menezes Paes Pinto Pinheiro. No século e no milênio passados, num posto de gasolina – pois é, já existiam postos de combustível naquele tempo – um amigo comum me apresentou ao general Juarez Paes Pinto, sujeito simpático e bem-apessoado, pai de Helô, avô de Ticiane, bisavô de Rafaella. O mundo é pequeno.
O mundo é uma bola
13 de julho de 1793: a monarquista Charlotte Corday entra na casa do líder revolucionário Jean-Paul Marat e o mata na banheira. Deve datar desse homicídio a aversão dos franceses pelos banhos, com raras e honrosas exceções. Não entrando na banheira e resolvendo o problema com um perfume, obviamente francês, o gaulês escapa da morte a facadas.
Em 1917, ocorre a terceira das seis aparições da Virgem Maria às três crianças de Fátima, Portugal. Em 1939, Frank Sinatra grava seu primeiro disco.
Hoje é o Dia do Cantor e o Dia do Engenheiro de Saneamento.
Ruminanças
“Há homens tão loucos ou néscios, que qualificam de progresso a libertinagem e desmoralização nos povos e pessoas” (Marquês de Maricá, 1773-1848).
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