quinta-feira, 18 de julho de 2013

Painel - Vera Magalhães

folha de são paulo
Serviço indiscreto
A superexposição da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) anteontem, ao divulgar sua preocupação com a segurança do papa Francisco no Brasil, contrariou o Palácio do Planalto. A agência abriu os alertas de risco sem ordem da presidente Dilma Rousseff. A falta de controle sobre a agência fez com que fosse retomado um desenho da reforma ministerial, que pode ocorrer em janeiro, em que a Abin deixaria o Planalto e ficaria sob comando do Ministério da Defesa.
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Pra galera Emissários do governo tentaram demover o papa da ideia de circular em papamóveis sem blindagem. Não tiveram sucesso.
Aleluia Na gravação de boas-vindas de Dilma aos peregrinos, que vai ao ar semana que vem, ela diz que a Jornada Mundial da Juventude é o encontro da "energia" das ruas do Brasil com a mensagem da fraternidade católica.
Clínico geral Aloizio Mercadante, que não estava entre os oradores anunciados previamente na reunião do Conselhão, resolveu fazer uma apresentação. O tema: saúde. Exibiu todos os gráficos que Alexandre Padilha iria usar logo em seguida.
Sem palavras Na sua vez de falar, Padilha brincou: "Eu ia fazer uma apresentação aqui, mas meu colega Mercadante já falou quase tudo no quesito saúde".
Estratégia Líderes do PT de São Paulo vão conversar com o ex-presidente Lula sobre os cenários para a eleição do ano que vem. O encontro aconteceria esta semana, mas precisou ser cancelado.
Habitué Em sua passagem por Brasília, José Serra pediu para participar do próximo jantar mensal dos independentes'', grupo suprapartidário de 14 senadores.
Tempo Em encontro com dois aliados do PSDB, Serra se mostrou disposto a esperar até o limite do prazo para decidir se trocará o partido pelo PPS. Apostou que a imagem de Dilma pode se deteriorar mais com protestos na visita do papa e no 7 de Setembro.
Enquanto isso O ex-governador dará palestra para jovens empreendedores hoje, às 18h30, no Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Bauru.
Via... Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu implantar um sistema de RDC (Regime Diferenciado de Contratação) para acelerar as obras do governo paulista. O tucano cobrou de secretários e dirigentes de empresas públicas a aplicação do modelo, que flexibiliza prazos e reduz exigências nos processos de licitação.
...rápida O governo formou um grupo de trabalho para redigir decretos, editais e contratos que permitam a aplicação do modelo no Estado, a exemplo do que faz o governo federal com obras do PAC e da Copa do Mundo.
Sem parar A lentidão de investimentos do governo volta a irritar Alckmin. Ele reclama que os secretários captam empréstimos para obras mas não tocam os projetos. Enquanto isso, o dinheiro fica parado e acumula juros.
Boletim Todas as noites, os secretários de Alckmin precisam enviar à Casa Civil uma lista de entrevistas concedidas e outras aparições na mídia. O governador cobra dos auxiliares maior divulgação das ações de sua gestão.
Supersimples Em época de campanha pela redução de cargos, o governo federal criou mais um: contratou um "diretor do Departamento de Racionalização das Exigências Estatais da Secretaria de Racionalização e Simplificação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República".
Sem brecha Passou ontem, em comissão especial do Senado, regra do novo Código de Processo Civil que impede que escritórios em que trabalham parentes de juízes assumam causas nos tribunais em que esses magistrados atuam. Hoje, só o advogado ligado à família do magistrado não pode assumir o processo depois de iniciado.
com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN
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TIROTEIO
"Já que estamos falando tanto em médicos, está na hora de trocar a equipe que cuida da economia, pois o paciente só piora a cada dia."
DO LÍDER DO PSB NA CÂMARA, BETO ALBUQUERQUE (RS), sobre os números da economia e a pressão pela mudança no comando do Ministério da Fazenda.
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CONTRAPONTO
Fora do baralho
"Na saída da reunião do Conselhão, ontem, o pré-candidato ao governo de São Paulo e presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), foi cumprimentado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também cotado para a disputa.
--Meu governador! --disse o ministro.
Diante da surpresa de Skaf, o petista emendou:
--O senhor é meu governador, agora que estou preocupado em contratar mais médicos.

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