PM acha túnel usado para levar droga à USP
Passagem de 15 metros de extensão ligava casa de traficante a 'boca de fumo' utilizada por alunos, segundo a polícia
Lugar foi descoberto em favela da zona oeste durante operação que prendeu dois suspeitos de matar PM da Rota
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
A casa do chefe do tráfico, um imóvel onde funcionava uma refinaria de cocaína e um ponto de venda de drogas: os três locais, na favela São Remo (Butantã, zona oeste), eram interligados por um túnel de 15 metros de extensão que chega perto dos limites da Cidade Universitária.
O lugar foi descoberto ontem, sem querer, por policiais que cumpriam sete mandados de prisão contra suspeitos de matarem um policial militar da Rota em setembro.
Uma das extremidades do túnel fica a cerca de 50 metros de um muro que divide a favela da Cidade Universitária. Nesse muro, havia um buraco por onde era possível vender drogas para estudantes e frequentadores da USP.
"A pessoa não precisava nem entrar na favela. Só chegava no muro, dava o dinheiro para o 'aviãozinho' e ele voltava com a droga que ela quisesse", afirmou o coronel César Augusto Morelli, comandante do Policiamento de Choque de São Paulo.
Além de servir para transportar a droga até o usuário, o túnel era utilizado como rota de fuga pelos criminosos.
Nesses três locais, os policiais apreenderam 75 tijolos e 403 trouxinhas de maconha, 146 pinos de cocaína, 11 cartelas de LSD, 92 vidros de lança-perfume, quatro armas, dois coletes à prova de balas e rádios portáteis.
No banheiro de um dos imóveis, os traficantes instalaram uma banheira de hidromassagem aos pés de uma TV de tela plana. "É normal o traficante querer demonstrar um requinte, uma riqueza, que a população da comunidade não tem", diz Morelli.
Jaime de Oliveira, 28, suspeito de tráfico, foi preso. Com ele, a PM achou R$ 10 mil, um carro Audi, uma pistola, relógios e telefones roubados. Segundo a polícia, ele era gerente da "boca de fumo" e subordinado ao chefe do tráfico, Vanderlei Gouveia do Nascimento, o Madu, 30.
Nascimento não foi encontrado. Ele era um dos alvos dos sete mandados de prisão contra suspeitos de matarem o policial da Rota André Peres de Carvalho, 40, a tiros de fuzil no dia 27 de setembro.
A operação de ontem resultou na prisão de Filizanio dos Santos Pacheco, 23, o Fefê, e Antonio Pereira Soares, 32, o Tonhão. O primeiro é acusado de clonar dois carros que foram usados na fuga dos assassinos. O outro é suspeito de investigar para os demais membros do bando qual era a rotina do policial da Rota.
Até ontem à noite, a polícia ainda não tinha prendido outros quatro suspeitos do assassinato do PM: Marcelo dos Santos de Oliveira, 37, Cláudio Francisco de Oliveira, 39, Daniel dos Santos, 30, e Mauro dos Santos de Oliveira.
A Folha não localizou os advogados dos sete homens que estão sendo investigados.
O lugar foi descoberto ontem, sem querer, por policiais que cumpriam sete mandados de prisão contra suspeitos de matarem um policial militar da Rota em setembro.
Uma das extremidades do túnel fica a cerca de 50 metros de um muro que divide a favela da Cidade Universitária. Nesse muro, havia um buraco por onde era possível vender drogas para estudantes e frequentadores da USP.
"A pessoa não precisava nem entrar na favela. Só chegava no muro, dava o dinheiro para o 'aviãozinho' e ele voltava com a droga que ela quisesse", afirmou o coronel César Augusto Morelli, comandante do Policiamento de Choque de São Paulo.
Além de servir para transportar a droga até o usuário, o túnel era utilizado como rota de fuga pelos criminosos.
Nesses três locais, os policiais apreenderam 75 tijolos e 403 trouxinhas de maconha, 146 pinos de cocaína, 11 cartelas de LSD, 92 vidros de lança-perfume, quatro armas, dois coletes à prova de balas e rádios portáteis.
No banheiro de um dos imóveis, os traficantes instalaram uma banheira de hidromassagem aos pés de uma TV de tela plana. "É normal o traficante querer demonstrar um requinte, uma riqueza, que a população da comunidade não tem", diz Morelli.
Jaime de Oliveira, 28, suspeito de tráfico, foi preso. Com ele, a PM achou R$ 10 mil, um carro Audi, uma pistola, relógios e telefones roubados. Segundo a polícia, ele era gerente da "boca de fumo" e subordinado ao chefe do tráfico, Vanderlei Gouveia do Nascimento, o Madu, 30.
Nascimento não foi encontrado. Ele era um dos alvos dos sete mandados de prisão contra suspeitos de matarem o policial da Rota André Peres de Carvalho, 40, a tiros de fuzil no dia 27 de setembro.
A operação de ontem resultou na prisão de Filizanio dos Santos Pacheco, 23, o Fefê, e Antonio Pereira Soares, 32, o Tonhão. O primeiro é acusado de clonar dois carros que foram usados na fuga dos assassinos. O outro é suspeito de investigar para os demais membros do bando qual era a rotina do policial da Rota.
Até ontem à noite, a polícia ainda não tinha prendido outros quatro suspeitos do assassinato do PM: Marcelo dos Santos de Oliveira, 37, Cláudio Francisco de Oliveira, 39, Daniel dos Santos, 30, e Mauro dos Santos de Oliveira.
A Folha não localizou os advogados dos sete homens que estão sendo investigados.
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