quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Sinal amarelo no ar - Eliane Catanhêde


ELIANE CANTANHÊDE

Sinal amarelo no ar

BRASÍLIA - Um jato da FAB teve de escoltar um Boeing da TAM que perdeu contato com o sistema de radares e isso acende um sinal amarelo.
Só neste ano, um avião da companhia apresentou problemas na rota Guarulhos-Londres e teve de retornar; outro que vinha de Paris para o Rio também voltou com falha num motor; um terceiro acaba de fazer um pouso de emergência em Nova York. E teve ainda a pane num voo que decolara de Natal e foi obrigado a fazer meia-volta.
Sem falar nos problemas de check-in na TAM e na Gol que, com um intervalo de dias, deixaram milhares de usuários sofrendo em filas enormes, com voos cancelados e atrasados, uma bagunça típica do caos aéreo do governo Lula.
Não é preciso ser nenhum gênio nem ter acesso a informações de inteligência para saber que algo está errado. E, quando está errado a milhares de pés de altura, é bom acordar e fazer alguma coisa.
Alô, alô, governo! Cadê a Anac, que é a Agência Nacional de Aviação Civil? Cadê a nova Secretaria de Aviação Civil, que ninguém sabe exatamente a que veio? Cadê o Palácio do Planalto, que não vê, não ouve, não fala nada?
A presidente Dilma Rousseff se elegeu com a imagem de eficiência, daquelas que bate na mesa, dá gritos e foi aplaudida por enfrentar bancos, planos de saúde, companhia de telefone. Sempre é melhor prevenir do que remediar, especialmente no caso de aviões.
Além da imobilidade literalmente assustadora diante do setor aéreo, ela também precisa fazer mais do que uma reunião atrás da outra a cada apagão. Ops! Essa palavra está banida de Brasília. No atual governo é só "apaguinho" -mesmo quando se repete de forma "anormal", como reconheceu o ministro interino, e mesmo quando afeta uma região inteira.
A Copa e a Olimpíada vêm aí, mas, antes, tem férias, Natal, Ano-Novo...

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