Assim como Tulipa Ruiz e Karina Buhr, cantora paulistana filha de Itamar cativou público no Carnaval do Recife
Latino-americanos também dominaram festival, que chegou à décima edição com a marca da diversidade
Com uma de suas programações mais variadas até hoje, o palco se consolida como o espaço do Carnaval do Recife que mescla rock, pop, world music e ritmos brasileiros.
Na edição que seria encerrada ontem à noite, o público teve a oportunidade de ser testemunha de um encontro da América Latina a partir de sua produção musical mais interessante.
Sotaques da Venezuela, México, Colômbia e Argentina fazem parte da paisagem sonora que é reforçada ainda por artistas de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Pará.
Na primeira noite do festival, que apresenta cinco atrações por dia, já se estabeleceu a sintonia com um público disposto a novidades.
Foi o combustível principal do show do venezuelano McKlopedia, vencedor há cinco anos de batalhas de MC's em seu país.
Sua música tem um pouco de rap com new age, hip hop e soul, conseguindo ilustrar incrivelmente o encontro de ritmos que marcou a noite.
O Rec-Beat foi palco para a consagração do bom momento de Tulipa Ruiz e Karina Buhr. A julgar pela reação do público, que ultrapassava as 20 mil pessoas, ambas já podem entrar no panteão de novas divas da música popular brasileira.
Tulipa apresentou o seu álbum "Tudo Tanto", e Karina mostrou o disco "Longe de Onde", ambos lançados em 2012, mas já com todas as músicas cantadas em coro pela multidão.
Os shows serviram de "esquenta" para a apresentação de mais uma forte candidata ao hall de grandes cantoras do país, a paulista Anelis Assumpção.
As músicas do disco "Sou Suspeita, Estou Sujeita, Não Sou Santa" têm um passo um pouco mais tranquilo do que se espera ouvir durante um Carnaval de rua.
Mas Anelis, filha de Itamar Assumpção (1949-2003), ganhou o público, encantado pelo carisma da cantora.
Se os festivais se propõem a apresentar novidades musicais a suas cidades -e esta é uma das intenções primordiais do Rec-Beat-, o show de Anelis foi então o grande trunfo desta décima edição.
Na última noite, ontem, após a conclusão desta edição, o festival traria shows do paraguaio Celso Duarte e a volta de dois ícones da música independente nacional das décadas de 1980 e 1990, o duo paulista Os Mulheres Negras e os pernambucanos do Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis.
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