DE BRASÍLIASem citar escândalos ou fazer qualquer referência ao mensalão, a mensagem da presidente Dilma Rousseff encaminhada ontem ao Congresso afirma que a "atividade política" vem sendo "vilipendiada."
No texto entregue pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Dilma afirmou que, mesmo diante do rebaixamento das ações políticas, o trabalho do Congresso é imprescindível e digno de reconhecimento.
A mensagem foi lida num momento em que os novos presidentes da Câmara e do Senado enfrentam suspeitas e petistas históricos podem ir para a prisão por conta do mensalão.
A mensagem assinada por Dilma defendeu também a importância da técnica associada à política para governar o Brasil.
A presidente definiu o Congresso como "parceiro crítico" do governo.
Também pediu consenso para tirar do papel as reformas tributária e política, garantir mais recursos para a educação, definir novas regras para o Fundo de Participação dos Estados e aprimorar marcos regulatórios.
Dilma classificou a política econômica como ousada e prometeu continuar a política de desoneração para manter emprego e renda.
Na mensagem, o governo admite, contudo, que o desempenho negativo da economia internacionalmente afetou a economia brasileira.
No texto entregue pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Dilma afirmou que, mesmo diante do rebaixamento das ações políticas, o trabalho do Congresso é imprescindível e digno de reconhecimento.
A mensagem foi lida num momento em que os novos presidentes da Câmara e do Senado enfrentam suspeitas e petistas históricos podem ir para a prisão por conta do mensalão.
A mensagem assinada por Dilma defendeu também a importância da técnica associada à política para governar o Brasil.
A presidente definiu o Congresso como "parceiro crítico" do governo.
Também pediu consenso para tirar do papel as reformas tributária e política, garantir mais recursos para a educação, definir novas regras para o Fundo de Participação dos Estados e aprimorar marcos regulatórios.
Dilma classificou a política econômica como ousada e prometeu continuar a política de desoneração para manter emprego e renda.
Na mensagem, o governo admite, contudo, que o desempenho negativo da economia internacionalmente afetou a economia brasileira.
FRASES
HENRIQUE EDUARDO ALVES (PMDB-RN), novo presidente da Câmara dos Deputados
"No Brasil, qualquer assunto que tenha natureza constitucional, uma vez judicializado, a palavra final é do Supremo Tribunal Federal"
JOAQUIM BARBOSA
presidente do STF"É uma atitude muito preocupante, que segue exigindo postura enérgica e intransigente por parte do Legislativo"
MARCO MAIA (PT-RS)
ex-presidente da Câmara, sobre decisão do STF de que a Casa deve cassar automaticamente o mandato dos condenados
Cúpula da Câmara ameaça não cumprir ordem do STF
Palavra final sobre deputados condenados no mensalão é da Casa, diz nova direção
Eleito para comandar a Câmara, Henrique Alves (PMDB) reafirma que cassação de réus não será automática
Henrique Eduardo Alves, 64, que após 42 anos de Legislativo ganhou a corrida e se tornou presidente da Casa, reafirmou ontem que a palavra final sobre a perda dos mandatos é da Câmara.
Quatro dos outros seis membros da Mesa Diretora foram na mesma linha.
Com apoio de 20 partidos, o peemedebista foi eleito com 271 votos, contra 165 de Júlio Delgado (PSB-MG).
Em janeiro, o peemedebista já havia dito que a palavra final era da Câmara. "Não [abro mão de decidir], nem o Judiciário vai querer que isso aconteça", disse à época. Ontem reforçou: "Essa é a lógica da Câmara, não é? Vai ser finalizado aqui".
Quatro parlamentares foram afetados pela decisão do Supremo: João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP), José Genoino (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT).
A maioria dos ministros da corte entendeu que cabe à Câmara só formalizar a perda dos mandatos. Isso só ocorrerá quando o o julgamento transitar em julgado (não ser mais passível de recursos). Não há data para isso.
Do novo comando da Casa, só o primeiro-secretário, Márcio Bittar (PSDB-AC), e o terceiro, Maurício Quintella (PR-AL), defenderam o cumprimento da decisão do STF.
Vice-presidente da Casa e secretário de Comunicação do PT, André Vargas (RS), afirmou que o caso precisa passar pela Corregedoria, pelo Conselho de Ética e pelo plenário, onde a votação para cassar o mandato é secreta.
"É natural que passe pelos órgãos da Casa. O que eu estou dizendo é o que está no Regimento. Fora isso, é cassação sumária", disse.
O segundo-secretário, Simão Sessim (PP-RJ), reforçou o discurso. "É difícil tirar a decisão do Congresso". Mesma posição foi adotada por Carlos Biffi (PT-MS), quarto-secretário, e Fábio Faria (PSD-RN), segundo vice-presidente.
A desobediência à ordem do Supremo criaria um impasse institucional.
Ontem, em seu discurso de despedida da presidência, Marco Maia (PT-RS) voltou a cobrar uma reação do Congresso ao STF. "É uma atitude muito preocupante, que segue exigindo postura enérgica e intransigente por parte do Legislativo".
Ao chegar para a abertura do ano do Legislativo, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, rebateu. "No Brasil, qualquer assunto que tenha natureza constitucional, uma vez judicializado, a palavra final é do Supremo."
Uma opção discutida por Alves e pela nova cúpula da Câmara é a criação de uma Corregedoria independente da Mesa Diretora.
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